segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O acidente... Uma alucinação... O terror

6 Músicas

1 – Razors Edge – No Pain No Gain
2 – Skitsystem - Lepra
3 – Nasty Savage – Metal Knights
4 – Nunslaughter - Titan
5 – Mangled Torsos – Unsuspecting Sacrifice

6 – Carcass – Reek of Putrefaction na integra 3 vezes ao dia acompanhando todas as letras. Mesmo que muitos não queiram o Carcass foi mais revolucionário do que um monte de banda com A no logo.

6 coisas que atentaram minha visão.

1 – A arte do Reek of Putrefaction... sempre tem algo novo.
2 – Vitórias do Ceará Sporting Clube no certame 2009
3 - Algumas doideiras de lost

4 – Te Pego Lá fora

http://br.youtube.com/watch?v=ICwSVd1nH-0&feature=PlayList&p=A8F490CB41682ED9&playnext=1&index=131


5 – Heavy Traps... isso é mais do que clássico, é na verdade o supra sumo do rock nacional.

http://br.youtube.com/watch?v=4rLDrw3nDDw


6 – 13 days of dirt

http://13daysofdirt.blogspot.com/

6 coisas odiosas

1 – Milhares de pessoas me chamando ao mesmo tempo.
2 – Não poder apr
oveitar a preguiça.
3 – Minha conexão a rádio.
4 – Campain
ha em horas impróprias.
5 – Um cara que fica mostrando os 58 jogos do cel super moderno.
6 – Evangélicos que insistem em mostrar sua técnica vocal pra quem não quer ouvir.

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Queria que fosse enterrado vivo:

Todos os líderes, generais, comandantes e subalternos do exército israelense. Principalmente os engravatados que mandam neles (militares) e os homens por trás da industria bélica, sem eles a guerra não seria esse sucesso.

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Queria compartilhar esse beck:

Com o cara que teve coragem de fazer sexo com a vovó Mafalda, ele certamente não era alérgico a aracnídeos.

Queria compartilhar outro beck:

Com o Joe Higashi, Terry Bogard e Sie Kensou por me proporcionar boas horas de diversão e algumas moedas extras pros cigarros.

Queria Compartilhar o ultimo beck:

Com O Jeff, Bill e Ken por terem feito o melhor disco barulhento dos anos 80... na verdade o melhor disco barulhento de todos os tempos. Você pode encarar o Carcass apenas como uma banda de letras nojentas e capas repulsivas, mas pode ter certeza que existe muito mais criticismo ali do que em uma mensagem panfletária, basta analisar por outro prisma.

Você sabia? Que os membros do Carcass eram vegetas, e isso reflete em parte nas suas capas e letras, talvez você agora entenderá o porque de uma vaca no meio de um monte de pústulas, tumores, fistulas, vísceras, e restos humanos.

P.S – O Carcass que me refiro é somente até o ano de 1993, depois, é uma outra banda, com o mesmo nome, mas esqueça, aquilo não é Carcass, é um produto qualquer.


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Nunca vou me esquecer daquela assombrosa quinta-feira. Eram 11 e alguma coisa da noite, fechei tarde porque estavam fazendo apostas, mas depois de brigar com o perdedor, argumentando que já passavam das 11 e eu estava mais faminto do que Harold & Kumar, fechei e me mandei. Estava seguindo meu caminho diário do trampo pra casa, não levaria mais do que 10 minutos a passos lentos se o que vou contar não tivesse acontecido. Aqui a cidade já é deserta por natureza imagina quase meia noite, não tinha mais nem gato no lixo. Aqui não existe criminalidade, as mortes existentes são causadas por acidente, é quase impossível um assalto ou latrocínio, então estava calmo como de costume. Continuei meu trajeto, sossegado com o phone atolado no ouvido, nesta hora estava tocando uma pérola chamada “Vomited Anal Tract”, estava meditando sobre esse som - como é que a mais de 20 anos atrás alguém fez uma musica desse jeito mermão, caralho é algo muito assustador, imagina a mãe daqueles caras naquela época – pensei eu com meu cigarro e continuei seguindo meus lesados passos iluminados por postes tortos. Depois de caminhar alguns minutos, entrei em uma ruela estreitinha, que vai dar numa praça, dessas típicas de interior, com uma igrejinha ao centro, bancos de cimento em toda sua circunferência e árvores e mais árvores. Notei que no lado oposto ao meu, do outro lado da praça vinha um vulto, nesta hora eu perdi a concentração no vulto porque adentrava nos meus ouvidos “Fermenting Innards”, voltando meus olhos para o vulto, não dei muita atenção parecia ser uma senhora qualquer, desviei o olhar, até que escutei um som de freio e em uma fração de segundos vi um carro bater no corpo e o arremessar a uma distância considerada, não tive outra ação se não a de correr em direção ao ocorrido. Estava um clima de tensão pra lá de latente, o motorista (que dirigia um Santana Quantum 1989 preto) desceu meio despreocupadamente, até que notou minha presença e ficou agitado. O corpo era de uma mulher bem mais jovem do que eu imaginava, aparentava ter umas 40 e poucos anos, muito conservados diga-se de passagem. O motorista era um cara boa pinta, cabelos grisalhos, bem vestido, uma calça de linho branca e uma camisa de botão bem passada também branca e sapatos brancos.

- Eu sou médico pode ficar tranqüilo que eu cuido do ocorrido – disse o homem num tom extremamente pausado e tranqüilo.

- Caralho! O senhor matou essa mulher – disse eu aos gritos e desesperado por ver o corpo na minha frente com hemorragias saltando pelos orifícios da cabeça.

- Tenha calma moleque, fala baixo – retrucou o médico, pensando que eu deveria ter uns 20 anos... bobinho.

- Fique tranqüilo que eu a levarei para meu ambulatório, lá é uma clínica de traumatismos e ela será bem cuidada, ela deve ter sofrido algum trauma, mas não morreu.

- Pois eu irei com o senhor, quero ajudar de alguma forma – disse eu sério e mostrando mais tranqüilidade.

- Isso é inviável rapazinho – disse ele.

- Inviável é o Sr. Há uma hora dessas, quase meia noite querer levar esta mulher que você atropelou, sozinho, acho melhor eu chamar alguém – e fiz um gesto pegando o cel no bolso.

- Não precisa, não precisa, me ajude a colocá-la no carro – disse ele mais apressado e apreensivo.

Estranhei os procedimentos seguidos, pois eu apesar de um leigo no assunto já li deveras sobre uma variedade de assuntos que rodeiam o universo médico / forense, e estava meio incomodado. O interior do carro exalava um forte odor de algo parecido com éter, era como se o carro tivesse sido assepsiado.

- Onde é sua clínica Dr. – perguntei eu quebrando o gelo

- Fique tranqüilo logo estaremos lá. – respondeu ele colocando um tape de alguma musica clássica chata pra dedel.

Logo chegamos em uma casa afastada, parecia uma chácara, a arquitetura era clássica, mas extremamente agradável, o jardim era enorme, muito bem cuidado, grama aparada, não identifiquei a maioria das plantas, pois estava escuro demais, mas notei pequenas plantas rasteiras que iam seguindo os caminhos de pedra até a entrada. Ele levou o carro até a garagem, dessas que o portão abre para cima, descemos do carro, e eu pude ver um local espaçoso com um carro grande como uma van sendo que coberto por uma lona e mais um carro luxuoso de passeio que eu não sei a marca muito menos o nome, ele se dirigiu até um interfone que havia do lado de uma porta interna.

- Estou precisando de você agora – Disse ele num tom autoritário.

- E então Dr. Como é seu nome – tentei eu me notar presente.

- Leopoldo, mais conhecido como Dr. Tonico Leopoldo – Disse ele olhando para uma porta dentro da garagem.

- Ah só, e onde está sua equipe Dr. Leopoldo – perguntei eu pensando que Leopoldo era nome de mordomo.

A porta dento da garagem se abre, era uma porta larga e grande com duas dobradiças, ela tinha aquele sistema de abre e fecha, tipo uma porta de hospital, e no meio da porta tinha uma janelinha de vidro com mais ou menos 15 x 30 cm de espessura.

Da porta saiu uma senhora, uma velhinha, toda vestida de branco, com uma espécie de bata cirúrgica, com um grande óculos redondo com lentes escurecidas, cabelos brancos como bright e presos por um véu também branco. Ela pareceu ter tomado um susto ao me ver, o Dr. notando a situação falou mais alto.

- Este rapaz me ajudou mamãe, ele viu o ocorrido e me ajudou com a senhora – e apontou para o banco traseiro já melado de sangue.

Eu continuava a estranhar a lentidão do atendimento, quando a velhinha empurrou uma maca a passos de lesma e a posicionou próxima a porta, o Dr. abriu a porta traseira e pediu minha ajuda.

Colocamos o corpo daquela mulher na maca, senti uma pena enorme, pois estava vendo uma MILF cremosa coberta de sangue e com respiração ofegante.

- E agora? - Perguntei eu

- Agora você vai pra casa que tomaremos todas as providências cabíveis – disse o Dr. enfático.

- Se o Sr. Não se incomodar eu prefiro esperar e ter alguma notícia, afinal nem sabemos quem é esta senhora, nem quem é a família dela, temos que manter contato com a família... – fui interrompido bruscamente.

- Não se preocupe rapaz, cuidaremos de tudo, mamãe leve-o para a recepção. – disse o Dr. empurrando a maca em direção à porta interna da garagem.

Contornamos a casa, a velhinha ia na frente parecendo o mestre do Shiryu andando de costas, eu estava impaciente, então chegamos na frente da casa, uma espécie de porta de vidro com bonitos jarros laterais, com camélias bem cuidadas, ela abriu a porta e ascendeu as luzes, então eu pude ver uma espécie de recepção, me senti como em um filme dos anos 60, os móveis a decoração, tudo tinha cara de coisa velha e antiga, mas de uma conservação impecável, foi inevitável sentir o forte cheiro de éter (ou algo semelhante) assim que adentramos.

Me sentei em uma poltrona extremamente confortável e fiquei saboreando com os olhos tudo que aquele momento tinha a me oferecer. A sala era uma espécie de sala de recepção, mas era notavelmente parte de uma residência comum, a não ser pelo fato da decoração ser antiga. O telefone no balcão toca, a senhora atende e fala somente um ok, então como se ela carregasse um peso de 46 madimbus’s nas costas se dirige a mim e pergunta se eu quero algo, perguntei se teria um café, ela somente concordou com a cabeça. Após vários minutos (pela sua lentidão) ela reaparece vindo de um portal em forma de arco, com as laterais de madeira polida, vinha trazendo uma bandeja com uma enorme caneca, era uma caneca marrom sem desenho algum, mas bem grande para se tomar café, bom como eu sou um cafezeiro de primeira, aceitei mais do que contente, perguntei se ali poderia fumar, ela já estava voltando pelo arco, se virou e apontou seu dedo torto e enrugado para cima de um móvel colonial, vi 5 cinzeiros dourados com uns desenhos estranhos, cada um com tamanho diferente, parecia coisa de colecionador.

Comecei a degustar o café e a nicotina, parceiros inseparáveis, e como não podia fazer nada alem de esperar, fiquei observando os detalhes da sala e aos poucos fui percebendo que tudo ali parecia coisa de colecionador. Atrás do balcão 4 quadros de tamanhos distintos, mas com o mesmo estilo e assinatura, ao lado das poltronas 3 armários muito bonitos com portas de vidro e dentro de cada um coleções e mais coleções de porcelana, cristais e outros bibelôs estranhos. Continuei meu passeio pela sala, quando me senti um pouco tonto, achei normal, mas após um pedaço estava completamente torpe, fiquei indefeso, pois eu ali sozinho com uma velha que mal conseguia andar. Então eu me sentei e tentei deslizar meu olhar pela sala, procurando um ponto qualquer para eu prender minha atenção e recuperar o fôlego, estava completamente grog, muito tonto e com as percepções fálicas. Fixei o olhar no balcão e tomei um baita susto, vi um rato muito grande, em pé parado, como se fosse um vigia.

- Senhóóóra, por favor, tem alguém aí – gritei eu com um puta medo do rato que deveria medir uns 40 cm do cão até a orelha. E para meu espanto, o rato estava com um cigarro na mão, pata... sei lá que porra era aquela, pisquei os olhos, uma, duas, 3 vezes e o rato filho da puta ainda estava lá, e ele fumou, mermão eu entrei em estado de choque. Lembrei dos meus amigos phones, com a pouca coordenação que me restava, caralho eu acionei meu velho amigo Reek, e um turbilhão barulhento e dissonante invadiu e corroeu meus neurônios como ácido. E quando eu já estava entorpecido com Foetcide, Excreted Alive e muitas outras deformidades eu abri o olho e o rato estava lá, fumando e batendo o pé, porra velho, que merda era aquela, não tinha explicação, tive um lampejo, puta que pariu, a velha colocou algo brutal naquele café, que velha vagabunda do caralho, to fudido.

E do nada o rato começou a caminhar na minha direção, eu entrei em desespero, do jeito que eu estava ali não conseguiria me esquivar nem se eu tivesse 45 de destreza, fechei o olho e me concentrei, Burnt to a Crisp, esse som é realmente um dos melhores, desta vez abri só um olho e o rato estava mais ou menos a um metro de distância e eu sentia o cheiro da fumaça. Com toda a sinceridade que este vagabundo pai de 2 filhos tem, vos digo, mermão, quase caguei nas calças. Eu já estava entendendo aquilo como meu fim, o rato ia jogar a bituca do cigarro e ia pular no meu pescoço sugando meu sangue como um nosferato roedor, bom pelo menos estou ouvindo Oxidized Razor Masticator, e esperei o momento do bote pelo maldito rato, mas ele não veio. Eu já tomado pelo horror, soltei um grito.

- Vai logo ratazana desgraçada – supliquei eu numa voz cuspida e embolada.

- Ratazana é a tua mãe – sim o rato falou O.O

- Como é caralho??????????????????? – eu estava sem direção

- Ratazana é a tua mãe, e desgraçado é teu pai – eu juro que ele falou O.O

- Não sei o que você está fazendo neste inferno – Ele continuou falando O.O – mas provavelmente os velhos vão brincar com tuas partes internas como o de costume.

- Como é que é... pera ae porra, rato num fala... – disse eu num suspiro mais confiante.

Fechei os Olhos pela ultima vez “Malignat Defecation” o ultimo som, a ultima esperança, quando abri o rato não estava mais lá, e o desconforto da tontura começou a passar, comecei a lembrar da situação, estava numa espécie de frenesi da loucura e fui aos poucos me centrando, visualizei um bebedouro atrás do balcão, fui cambaleando até lá e bebi mais água do que beberia em 3 dias. Respirei fundo, fui atrás de informação, estava sem noção de tempo, olhei o relógio do cel e já passava de 1 da manha, fiquei espantado, durante mais de uma hora transitei entre a realidade e a loucura da alucinação.

Passei pelo arco, e vi um enorme corredor com 4 portas de cada lado, o teto era alto e as portas de madeira trabalhada. Escutei sons na ultima porta, fiquei apreensivo porque eram sons de motor, que porra de som é esse, pensei eu. Continuei apesar do medo não resisti, afinal eu estava numa espécie de casa dos horrores, o café, o rato, a velha que parece tartaruga ninja, minhas alucinações... por algum motivo me doparam, e não sei por que diabos eu queria descobrir.

CONTINUA... CONTINUA... CONTINUA... CONTINUA... CONTINUA...

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As vezes a realidade e a fantasia são tão parecidas que vemos fadas com as mãos meladas de sangue e assassinos com vozes suaves e encantadoras.

Tome suco de maracujá, não fale com ratos, assuma o Reek of Putrefaction que existe dentro de você, escute Iron Maiden depois de escutar Carcass e se dedique a fabricação de suas próprias armas brancas, é uma ótima terapia.

Este post foi Regurgitado, Carbonizado, Fermentado, Excretado, Supurado, Excruciado e Malignamente Defecado ao som da banda que mudou minha vida.

Cheers... All we need weed

Vomit



4 comentários:

  1. Pooooraaa!!!! Magavilhosooo!!!! Já tá nos meus favoritos essa porra!!!!

    Abraço demente!!

    E o link pro vídeo dos trapalhões também é magavilhoso!!!

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  2. no aguardo da continuação.
    ler os posts com a trilha sonora recomendada é uma ótima experiência.

    abração!
    Poney.

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  3. caralho ahahahhaha
    fudido !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    não esqueçe de por a historinha de maria e joão eheheh grande a graço !!!

    bebeto

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