sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


Mais uma vez aqui estou eu, depois de uma demora inesperada, por fatores que não são alheios, dessa vez a culpa foi minha, puramente minha.

Esta edição era pra sair numa versão impressa, alem da online, mas por culpa do meu vício em discos, ela teve que ser adiada, pois vou tentar fazer uma coisa legal, graficamente falando, com uma qualidade bacana, sem ser fotocópia... enfim, essa porra de atualização demora, mas sempre chega.

Sei que esta demora é foda, mas tentem ver isso como uma edição de um zine, e não como um blog qualquer, que é atualizado com um link, uma imagem ou um texto, faço questão de deixar ele parecido com um zine, mesmo sendo um blog, e não tenho tanta pressa, pois fazer coisas por serem feitas, já tem muita gente fazendo, prefiro fazer com propriedade, por isso me divirto, e sem diversão não há como ser feito.

Não tem quase nada por aí que fale de grindcore de uma forma mais precisa, e o Vom.It.Yourself é basicamente uma “coisa” que tem no seu líquido cefalorraquidiano o grindcore, suas variações e terminações não importam tanto, claro que todos os “metais” e os “cores” que eu escuto aparecem com freqüência, mas o grindcore na sua essência é o que faz o Vom.It.Yourself existir.

A maioria do que é escrito tem uma conotação pessoal, as palavras não são a verdade, talvez a minha que pode ser mudada de instante em instante, então agradeço o interesse das pessoas que lêem isso aqui, e espero que cada um crie a sua própria verdade, mutativa ou não.

E mais uma vez gostaria de agradecer a todos que me ajudam, que cobram, que perguntam, que mandam discos pra resenha, que me esculhambam, porra, toda essa rede de amizades e contatos gera um prazer inigualável, é tão viciante quanto esperar um pacote de 7”eps.

Então seus canalhas, se divirtam, saboreiem sem moderação, espalhem o vírus, contaminem tudo e a todos, faça do underground algo realmente proveitoso. Não dá pra salvar o que não pode ser salvo, mas dá pra destruir o que pode ser destruído. Faça sua escolha, mas tenha consciência que no fundo no fundo... é só pelo seu bel prazer pessoal (ou vai me dizer que você não curte tocar e ouvir rock brutal, não gosta muito dos discos, e de participar das cenas... só está inserido nisso porque quer um mundo mais justo...tá e eu sou Jesus, o Mussum não bebia e o Anakin Skywalker é do bem).

Cheers
Up the Grindcore Lovers and Weed Worshippers!

Grind is Protest!

Acho esse termo uma redundância. Porque? Porque pra mim é a mesma coisa de dizer que o Death Metal fala de morte.

Queria levantar uma questão meio cabulosa, muita gente vai ficar com raiva... mas não ligo. Se o protesto na música barulhenta é o mais importante, será que essa é uma forma contraditória de se protestar ou de querer mudar alguma coisa???

Vamos aos fatos:
Um dia (faz muiiito tempo) mostrei Start at Least do Agathocles (letra posteriormente o som) pra um colega (mais chegado que os outros claro) de trabalho... reposta dele: Um bocó desse, gritando desse jeito, num entendo porra nem uma, se ele pensa que vai fazer eu parar de comer no McDonalds...ele vai perder a voz e eu não paro, prefiro o Gabriel pensador!

Realmente é estranho, porque 99% das pessoas que comem no McDonalds não sabem nem que porra é Discharge... imagina outras coisas. Aí eu penso... ta bom mas nós que temos acesso a informações diversas dentro do underground musical, poderíamos mostrar as bandas, letras e principalmente as ideias pras pessoas que nos cercam. E fiz isso algumas vezes no auge da minha ingenuidade mundana , e em todas elas simplesmente disseram pra parar que ninguém tava entendendo nada... e quando um assunto qualquer (relacionado a uma questão social qualquer) era abordado, independente da música, logo um diz: “esses drogados adolescentes lá sabem de porra nem uma”, mesmo que você tente argumentar em qualquer ponto, não da certo, nunca dá.

Então eu pergunto: Até que ponto este protesto realmente é um protesto eficaz?

Até que ponto uma banda de grind ou hc ou metal trás mudanças significativas em uma sociedade repleta de vícios falidos?

Até que ponto o prazer pessoal, o amor pela música, pelo underground, pelo universo contra cultural de uma forma geral, camufla esse lance todo mais engajado e político?

Várias perguntas... já respostas... são poucas. A única coisa que eu sei, e isso é fato, pelo menos ao meu redor, é que eu NUNCA vi mudança significativa nem uma causada por nem uma banda, cena ou pessoas politicamente engajadas ligadas ao hc.

Mas já vi inúmeras vezes o descontento, o desconforto, o repúdio, o asco, o nojo e o terror nos olhos da sociedade quando os mesmos tentavam olhar essa sub cultura, independente de todo o teor político.

O underground na sua essência é uma forma de resistência, isso é inegável, mas até essa resistência trazer alguma mudança significativa qualquer, por menor que seja (como ruas sem buracos por exemplo) acho realmente um sonho, por máximo que seja prazeroso e que uma infinidade de “coisas humanas” como ego, status, intelecto, posição, inveja, ingenuidade ajudem a influenciar este modelo de “ativista dentro das cenas”...é um sonho.

Na boa mesmo, se alguém realmente quisesse fazer algo, se infiltraria na política, nas embaixadas, nos consulados, nos parlamentos, nas empresas de comunicação, nos bancos, nas operadoras de crédito... estudaria MUITO, MUITO, MUITO e viveria uma vida dupla até dar o bote... é coisa de filme né, cinema... deve da um trabalho da porra...então é muito mais fácil parar de comer carne, tocar um som porrada e viver uma ilusão extremamente PRAZEROSA, num circulo fechado que não chega nem no vizinho as vezes.

Tentem ver a coisa de uma forma maior, lembrem-se, estou falando estritamente de música barulhenta que por ventura seja política e tenha mensagens de protesto e que essas mensagens e protestos são praticamente mudos, pelo menos se alguém esperar alguma mudança significativa.

Então lá vai mais uma pergunta, e se as pessoas que dão a alma pela revolução, pelas mudanças, por um mundo mais justo, que vivem isso intensamente, seja em coletivos ou bandas, alguma outra manifestação artística ligada a música, será que se realmente o protesto ou a mensagem for o carro chefe, não seria muito mais viável tentar chegar nas pessoas que realmente precisam? Porque não sei qual a vantagem de dizer “não coma carne” numa verdurada ou que “jesus está podre, jesus está morto” em um show de black metal.

Já imaginou a Beyonce ou a Lady Gaga ou algumas dessas garotas gostosas, falando em derrubar o sistema, em queimar policiais ou nos direitos dos animais?

Já passou pela sua cabeça o Robinho da seleção de futebol montando um grupo de pagode chamado “Pandeiros, Foices e Martelos” ?

E se o Nxzero ou o Fresno montassem um coletivo anarcoterrorista chamado “Sim a Revolução armada... com MUITO AMOR e sangue!

E se a nova novela das 8 se chamasse: “O Enterro do Universo dos Cifrões”

Pois é velhinho, estranho né, absurdo até, mas é tão absurdo quanto pensar que uma banda de grind/hc vai fazer algo que não seja ficar bem com sigo mesma (estou desconsiderando uma banda que use táticas de guerrilha armada, bio-terrorismo, terror cybernético e coisas assim...)

Ações isoladas não estão neste contexto que estou tentando explorar, claro que se alguém fundar um ONG, arrecadar mantimentos, brinquedos e se fizer presente em algum voluntariado, algumas vidas serão modificadas momentaneamente, alguns “instantes” serão refeitos e reconstruídos, por menores que sejam estes atos, o MOMENTO será diferente, e isso eu acho realmente tão prazeroso quanto a música que protesta, mas no fundo no fundo, é só uma forma diferente de dar esmola, é só um futebol da vida, um carnaval com fantasia distinta. Na prática mesmo não muda muita coisa, não estou falando no lado pessoal de ninguém(nem os que fazem algo, nem os que recebem essas ações), falo no "modelo" de uma forma geral.

Grind is Protest... concordo em gênero, número e grau... mas o protesto pra mim soa mais como um espasmo. Não da para resolver nada, nem salvar nada, eu até acho que precisa é destruir e esculhambar, tacar fogo e terror, e acabar com tudo... pra depois tentar construir algo novo. Não dá pra transformar um tumor numa flor... mas da pra extrair o tumor e plantar algumas coisas, inclusive erva daninha... ah e não é tocando músicas de 30 segundos com urros e berros que esse tumor vai ser extraído, só se for nas capas dos discos.

O grind na sua essência já é “anti” já é um “protesto”...mas existem inúmeras formas de se protestar. A resistência na música é linda, é extremamente prazerosa, e eu a ADORO DE VERDADE, se não houver todo esse caráter combativo, não faz sentido pra mim, mas é completamente ineficaz, pelo menos na prática. Eu não quero resolver nada com o “rock”, eu quero é esculhambar o coral.

Ahhh e se você desistir de alguma coisa, sonho ou ficar balançado por causa dessas palavras, você realmente não merece fazer parte da resistência.

6 músicas

1 – Hepatic Tissue Fermentation – Carcass (ouvir a versão do 7” Pathologic, vendo o vinilzinho rodando é emocionante, e nem meu é, mas um dia consigo minha cópia) http://www.youtube.com/watch?v=kHwAvHf4Jl4

2 – Kommandant – Stormlegion ( vendo os raios caindo, os trovões ressonando e a tempestade que parecia anunciar o tão esperado colapso, e ao lado de um grande irmão sem esperanças, assim como eu) http://www.youtube.com/watch?v=P0MzeC6dy94

3 – Ghost – Ritual (fui relutante quando me apresentaram esta banda, escutando com mais calma, fiquei infectado com a sutileza que o mal as vezes é apregoado) http://www.youtube.com/watch?v=B-HBqwFf8mk

4 – Tombstones – Re-Organ-Ized (essa é uma banda nova, não sei se um projeto, enfim, esse som é perfeito, preciso pegar o original pra fazer a resenha. O time aqui é de peso, quem quiser conhecer, vai atrás)

5 – Incantation – Unholy Massacre ( Tenho ouvido muito este disco ultimamente, percebi que ele é um dos 10 melhores discos de death metal do mundo, esse som é perfeito, denso, macabro e poderoso) http://www.youtube.com/watch?v=zVOePtO2Q1g

6 – Verminous – Chanting of Ghouls ( mermão, eu preciso desse disco, na verdade muito, se alguém souber e tal...enfim eu preciso) http://www.youtube.com/watch?v=CcZcGt09WiA

6 coisas que atentaram minha visão

1 – Vozão destruindo tudo e todos...a irracionalidade impera. http://www.youtube.com/watch?v=V8-o3dzUpOU

2 – Ganhar uma festa de terror no dia do meu aniversário, com direito a maquiagem gore, um cemitério improvisado e o From Beyond do Massacre rolando de fundo.


3 – Leaves of Grass (Edward Norton destruindo como sempre. Caralho foi uma das poucas vezes que fiquei babando pela erva daninha do filme e não a minha) http://www.youtube.com/watch?v=P3HFX_gXPnY

4 – Onde vivem os Monstros ( triste e divertido, estranho e bobo... mas é emocionante ) http://www.youtube.com/watch?v=AZlIvjXPav0

5 – Dismember – isso sim é que é um vídeo fudido... extra palco, extra pose, extra qualquer merda. Não importa... falem o que quiser, isso é essência, então como o cara disse: Be a Retard! e mande o resto, todo ele, se fuder, quem vive isso, essa merda de verdade sabe do que to falando... sem sntindo??? Eu não quero um! http://www.youtube.com/watch?v=uFWmxrkLB18

6 – Um universo azul, triste e alegre...mas encantador até o dia do colapso. Minha base, meu alicerce.

6 coisas odiosas
1 – Tosse interminável... com direito a dor de ouvido e pus na garganta.

2 – A voz da mãe do Howard Wolowitz ( http://www.youtube.com/watch?v=06NMh01Rg-k ) é engraçado... mas quando a mãe não é do Howard, e você escuta essa voz de perto... o pavor é certo.

3 – Saber que deus não existe, que a política não existe, que sua vontade não existe... a única coisa que existe é a propaganda.

4 – Pagar multa, se prejudicar e até mesmo deixar de viajar porque eu não fui votar na propaganda que não me agradou.

5 – Saudades...

6 – O descaso dos correios com as supostas encomendas... é incrível, Sedex você manda e chega, mas PAC, Carta Registrada, e outros serviços mais baratos, é arriscado. “Sedex, mandou, Chegou”, já os outros, “Mandou e... pode ser aberto, roubado, extraviado, perdido, esculhambado e o caralho”. É lastimável depender do nosso sistema postal. Ahh e não estou reclamando, porque todo mundo reclama, um pacote meu com 2 Lps foi extraviado, conheço pessoas que receberam pacotes com os discos quebrados e até pacotes vazios.


Primeiramente:
Com todos aqueles que de alguma forma contribuem para que o mundo seja menos mentiroso. Com os que mantêm veículos de informação livres e independentes. Que não se vendem ou não entram no esquema midiático. Com os que não dizem o que você quer ouvir, mas o que você não quer.

Segundamente:
Com todos que se mantêm na resistência, que apesar dos fatores alheios, estão firmes e fortes, acreditando no que querem acreditar, sendo ingênuos ou não, meio retardados, mas mantendo a postura e a coerência de ideias e atitudes. É por isso, que mesmo o mundo sendo feio e eu já tendo perdido todas as esperanças, os adendos da vida a transformam numa vitrola, basta você escolher o disco que mais te agradar, esperar a música ser entoada e a história da sua vida escrita, mas lembre-se, o disco, é você quem escolhe.


Queria que fosse enterrado vivo:

Os que ganham com a exploração da desgraça. Entra ano e sai ano, e as noticias são as mesmas, os entrevistados são os mesmos (os que morrem são diferentes) e as lágrimas incontáveis. E os governos camuflam, enrolam, disfarçam... até declararem estado de calamidade pública, aí podem contatar “O Que” e “Quem” quiserem, sem licitação, daí você já viu a novela... pois é a mesma do ano passado, que já era repetida.

É incrível e chocante ver o poder da natureza, é triste sim, inegável, mas quem disser que não solta nem um “caraaalho” quando vê um morro vindo abaixo e levando pessoas, carros e casas acho que está mentindo.

É incrível ver a decadência da nossa espécie, como nem na hora mais brutal e difícil, pessoas comuns e sem gravata, são tão vagabundas e inescrupulosas quanto os engravatados.
Fazer o quê, se a ignorância da nossa espécie é seu próprio câncer, claro que alguns fatos são alheios a isso tudo, lugares que foram castigados por uma simples coincidência (será???), pois não estão em áreas de risco nem nada similar.

De qualquer forma, o planeta está todo asfaltado, todo cheio de concreto, tudo cinza, tudo escuro... sim, isso é o reflexo do conforto é do progresso... mas é o NOSSO conforto e o NOSSO progresso, esquecemos um detalhe principal, que é a porra do planeta, que não é NOSSO.

Quando o colapso chegar, não importa sua educação ou sua formação. Mas enquanto o colapso não vem, TODOS deveriam se preparar para os erros de TODOS, pois essas pequenas demonstrações de revoltas climáticas, pra MIM, são só o planeta piscando o olho, imagina quando ele bocejar e se espreguiçar?

Não tenho como ficar indiferente vendo tanta desgraça junta, mesmo sabendo que a culpa da morte de um ser da espécie humana, na maioria das vezes, o responsável é outro ser da mesma espécie.

Tem tanta coisa que fala disso, e há tanto tempo... e nada foi feito, nunca vai ser feito, alias, no dia que der dinheiro, vão tentar fazer algo, um programa de educação ambiental que funcione, leis que funcionem, punições que funcionem... mas como juntar tanta coisa que funciona num sistema que não funciona?

Continuo afirmando... o mundo só se livrará de tudo que não presta depois de um suicídio coletivo massivo, sem fronteiras, sem barreiras e sem escolhas. Se o evolucionismo se fará presente logo, aí eu não sei, não estarei vivo pra ver creio eu, mas o próximo passo, talvez seja resistência a radiação.

O Colapso é real e iminente! Ligue a tv, abra a janela, vasculhe na Internet, leia os jornais. Você vê o que quer ver, se procurar o colapso, ele estará lá.

Desta vez meu camarada Laerte "Leitim" Guedes, vocalista do fudido Rancid Flesh.

DEATH METAL:

Brutal Truth - extreme conditions demand extreme responses: este primeiro full do Brutal Truth é simplesmente um arregaço death grind!! Começa pelos vocais brutais de Kevin Sharp que aqui berra feito um animal, riffs de guitarra com um peso absurdo, o baixo distorcido do Danny Lilker estalando direto em meus ouvidos miseráveis contando ainda com a ajuda dos blasts beats do Scott Lewis. Todos os sons deste disco são matadores, death grind em seu estado mais bruto. Eu também gosto muito da fase posterior da banda que adiciona outros elementos no som, acho que muita coisa veio das viagens adquiridas com o consumo em excesso de maconha e afins.

Cannibal Corpse – tomb of the mutilated: em minha opinião o melhor e mais brutal disco do Cannibal, conta com o maior clássico da banda e um dos maiores clássicos do death metal Hammer Smashed Face, além dos demais sons que não deixam pedra sobre pedra. As letras altamente perversas de Chris Barnes são de assustar qualquer um, a capa é tão grotesca quanto os sons deste disco, simplesmente perturbador e maravilhoso.

Autopsy – severed survival: outra perversidade em forma de música é este disco do Autopsy, alguns dos melhores sons da banda estão aqui, e o que o Chris Reifert consegue fazer aqui tocando bateria e vomitando é algo de outro mundo, simplesmente absurdo! Sem falar que na gravação ainda tem Steve Di Giorgio e Eric Cutler. Destaque para Charred Remains, Gasping for air, Ridden with disease e Severed survival.

Sinister – diabolical summoning: escolhi este disco pois tem as melhores músicas do Sinister em minha opinião, mas com certeza discos como cross of the styx, hate, ou bastard saints poderiam estar aqui tendo meu comentário. Primeiro som que escutei deste material foi Leviathan vendo o vídeo clip em uma velha fita VHS, depois consegui a gravação deste material em k7. Aqui o Sinister coloca tudo que uma banda de death metal pode ter, morbidez, peso, blasts beats, partes lentas, riffs matadores, solos... enfim um disco que representa muito bem um país que possui inúmeras pérolas do death metal como Pestilence, Asphyx, Gorefest e muitas outras que surgiram e continuam brotando pela Holanda.

Dismember – indescent and obscene: o que falei acima com o disco do Sinister é bem parecido com este aqui, eu poderia falar do Like a n ever flowing stream, do pieces ou massive killing capacity já que o Dismember desde o início mantém o padrão do seu som e de lançar bons discos. Primeiro som da banda que escutei foi skinfather, fiquei pirado com o riff inicial desse som a batera um por um incessante, simplesmente brutal. Eu adoro o death metal sueco e o grande responsável por isso é o Dismember!!

THRASH METAL:

Sepultura – beneath the remains: este foi o primeiro material que escutei do Sepultura e eu
o acho o melhor deles, também foi o primeiro lançado pela roadrunner, produzido pelo Scott Burns, gosto do disco por inteiro começando pela capa!

Metallica – ride the lightning: pra mim este é o melhor disco do Metallica, acho a gravação melhor do que a do kill em all, e aqui não tem um som ruim sequer, só clássico!! Quando comprei este cd acho que ele tocou 5 vezes seguidas e Fade to Black arrepia qualquer pessoa!!

Exodus – boonded by blood: já ouvi algumas pessoas falarem que este é o melhor disco thrash metal que foi feito, e eu concordo que este disco junto com reign in blood são os discos mais thrash que surgiram! O disco começa logo o som título do disco que é a melhor música do Exodus (E eu cheguei 5 minutos depois de ter começado o show do Exodus na primeira e única apresentação que a banda fez em Fortaleza em 2009, e eu perdi justamente a bonded by blood, quase chorei no dia!!), na metade do disco tem uma trinca de matar qualquer um no mosh, A lesson in violence, Metal command e Piranha. Uma das melhores formações do thrash metal em minha opinião está aqui...clássico!!

Slayer – reign in blood: não tem muito o que comentar deste material, acho que tudo já foi dito por milhares de pessoas, é escutar e tirar suas conclusões, com menos de meia hora o Slayer entrou para história do metal! Segundo meu camarada Eduardo Vomitorium o Slayer é a primeira banda gore do mundo, basta ler algumas letras que estão neste disco!! Matador!!

Kreator – Endless Pain: da trinca mais famosa do thrash metal alemão o Kreator sempre foi a banda que mais me agradou, coloco aqui o primeiro disco, mas eu gosto em igual dos quatro primeiros materiais da banda. Clássicos como Tormentor, Flag of Hate, Total death estão aqui na forma mais bruta de tocar thrash metal.

GRINDCORE:

Napalm Death – From enslavement to obliteration: melhor disco do Napalm e talvez do grindcore junto com o World downfall do Terrorizer, a gravação e os sons deste disco é melhor que a do scum, aqui é o simples e brutal grindcore como deve ser feito. A arte é uma fudição e sons como Lucid Fairytale (toquei muito ela com o scatologic madness possession), Unchallenged Hate, Blind to the truth, From enslavemente to obliteration falam por si só, clássico eterno do grindcore!!

Terrorizer – world downfall: Este aqui é outro clássico imortal do grindcore, item mais do que obrigatório na coleção de qualquer apreciador do estilo, uma das melhores formações que uma banda poderia ter, um dos discos mais influentes do grindcore, uma obra prima do caos sonoro!

Agathocles – razor sharp daggers: os pais do mincecore (que pra mim é grindcore mesmo), banda conhecida também por ter uma das discografias mais extensas do mundo, talvez nem o próprio Jan deva ter todos os materiais lançados pelo Agathocles. O razor Sharp daggers é um disco brutal, grindcore old school do jeito que tem que ser cheio de riffs que vão e vem que são um absurdo de bom, grindcore com sons simples, rápidos e brutais!!

Rot – sociopathic behaviour: Nosso melhor e mais reconhecido representante do velho grindcore não poderia ficar de fora na minha lista de 5 mais do grind. Recentemente consegui este material em LP (valeu Fábio!!), os melhores sons que o Rot fez (pelo menos pra mim) estão aqui neste material, no fear to sin, russian roulette, what a joke, e muitos outros fazem deste material único e item obrigatório para qualquer grinder.

Cripple Bastards – your lies in check: Cripple Bastards é uma das bandas que mais gosto e este disco que é meio que um apanhado dos melhores sons feitos pela banda na sua fase mais odiosa e barulhenta que foram regravados. A melhor formação da banda está aqui, os riffs do Alberto são sensacionais, Giulio é um dos frontman mais insanos do grindcore. Being ripped off, Images of war/images of pain, Italia di merda, Stimmung, Grimcorpses e outras são verdadeiras pérolas do barulho.

SPLATTER/GOREGRIND:

Haemorrhage – emetic cult: a mais doentia banda espanhola amedrontou todos os patologistas com este disco, simplesmente essencial para o qualquer apreciador do splatter goregrind, músicas como excavating the iliac fossa e anatomized fazem deste disco clássico e obrigatório.

Dead infection - surgical disembowelment: Cyjan e companhia deram ao mundo este aborto splatter, o destaque do disco pra mim é o som de abertura maggot in your flesh com uma brutalidade sem fim e com carne podre saindo dos auto falantes!! Neste disco não conta do o vocal do Jaro que pra mim foi o melhor vocalista que o Dead Infection já teve, mas não chega a comprometer o material pois os vocais do Kelner são igualmente doentios. Ainda bem que a banda retornou a ativa e continua lançando materiais.

Carcass – reek of putrefaction: não vou falar muita coisa sobre este material, pois o dono do blog já falou e fala dele com mais propriedade do que eu. Simplesmente foi o começo de tudo que é chamado de splatter e goregrind, um disco feio, sujo, podre e tosco, mas que é inovador, essencial e clássico na música extrema.

Rotting Flesh - submandible linphatic muscles + infanticious monstrosities : confesso que escutei tarde essa banda, já tinha ouvido falar mas nunca tinha ido atrás de pegar nenhum material, porém quando li a resenha que o Eduardo Vomitorium fez do ep infanticious monstrosities em uma das sessões no finado demência zine, resolvi ir atrás de algo do Rotting Flesh e por sorte consegui pegar os dois materiais que a banda tinha lançado, ep e o cd mesmo depois de anos esgotados. Quando escutei os discos do Rotting Flesh notei que o que eu li no demência zine sobre esta banda era a pura verdade, “é o mais aterrador de todos os lançamentos da cena splatter nacional...”

Regurgitate – effortless regurgitation...the torture sessions: esta maravilha compila o clássico effortless regurgitation of bright red blood, a demo concrete human torture e alguns sons de splits. Este disco influênciou e influencia inúmeras bandas ao redor do mundo, com certeza os melhores sons feitos pelo regurgitate estão aqui como: disgorging foetus, bollous impetigo, vulva fermentation, vomit breath e tantos outros. Este disco do regurgitate é tão cult para os apreciadores do goregrind ao redor o planeta que basta você pegar o set list do comeback of goregods – tribute to regurgitate para verificar o que esse disco representa para o goregrind europeu e mundial, a maioria dos sons coverizados são do effotless. A gravação é suja, grosseira, mas os sons tem a verdadeira essência goreGRIND. ps: isso ficou muito mais fudido na versão que foi lançada em LP duplo.

AO VIVO:

Ratos de Porão – ao vivo: este é o melhor disco ao vivo que já escutei na minha vida, tem a melhor formação do Ratos em minha opinião, gravação fudida, só clássicos, maravilhoso!

SOD – live at budokan: primeira vez que eu escutei isso aqui foi em uma fitinha velha e mal gravada, mesmo assim fiquei impressionado com o que eu ouvi, crossoverzão fudido, guitarra com uma palhetada foda, baixo do Danny estalando direto, batera incessante e sem falar no Billy Milano que é muito louco! Só alguns anos depois é que consegui assistir o VHS desse show, insano, um os melhores projetos paralelos que foram criados.

Cannibal Corpse – live cannibalism: Teve uma época que eu escutava esse cd todo dia, os melhores sons do Cannibal estão aqui, só não tem a melhor formação (Chris Barnes rules!). Depois desse ao vivo eu acho que o Cannibal caiu um pouco. Ainda bem que o DVD foi lançado aqui no Brasil, minha fita VHS já estava estragada.

Obituary – dead: Mais um que eu escutei pela primeira vez em uma fitinha mal gravada. Uma das melhores bandas death metal, com um set list matador, em uma performance brutal, com certeza fica entre os 5 mais na minha lista!! Os vocais de John Tardy são sem comentários, pouca gente faz o que ele faz, colocam a maioria desses pig vocals no chinelo!! O solo de batera do Donald nesse cd é um arregaço.

Slayer – decade of agression: a melhor fase do Slayer se encerrando com um discão ao vivo duplo com todos os clássicos, essencial!!


* Expurgo – Burial Ground – Black Hole prod


Santos pelos pubianos de N.S do Perpétuo do Socorro, que coisa linda, agradável e deliciosa chegou em minhas mãos. O Expurgo vem de BH, e já vinha há muito tempo mostrando do que é capaz, mas mermão, este cd veio pra espancar qualquer coisa, maltratar tudo e mutilar até reflexo de vampiro. Vai se lascar bixo, que coisa boa da porra, é por isso que adoro essa porra de underground, as fontes são inesgotáveis, quem bebe realmente, vai ter coisa pra se embriagar até o dia do colapso. Grindcore muito FUDIDO, escroto, com a velha alma, mas numa produção foda demais, tudo redondinho, na medida, sem nada exagerado, nem para um lado, nem pro outro. Peso, sujeira e definição, união assustadoramente magnífica que fazem deste debut do Expurgo um disco realmente muito bom. Temos uma mixaria de 29 lâminas mortais como as do Hattori Hanzo, que picarão seus tímpanos com a sutileza do Chico Picadinho, que torturarão sua alma com a maestria do milionário Frank Wyler. Já falei isso muitas vezes, mas velho, na boa mesmo, eu agüentei sentado até a faixa 5, chamada Trapped, depois me rendi ao clima, me levantei e me senti no melhor estilo Scum, ahhh se tivesse umas biritas aqui eu beberia as fuck (mesmo estando sequelado e não está mais no pique de outrora). Iterruptions Request é a faixa 11, nessa altura eu já tava bangueando e moshando feito um doido, e logicamente despertei risos de minha companheira, mas é normal, quando você escutar este disco, os riffs, os andamentos, as linhas de composição... se você ficar parado é porque tem Poliomelite ou não gosta de Grindcore, ou então tem a mente fechada demais e não consegue mais se divertir e se arrepiar com o que é feito musicalmente e ideologicamente, então vá dançar as danças do Faustão ou se fantasie de urso panda, cruze os braços, e fique olhando pro chão se imaginando numa montanha de neve. Mermão, sem mais, vou aproveitar este cd ao sugo, pois as letras são foda, a arte está foda, o encarte está grandão, muito caprichado, um material de primeira em todos os aspectos. Ahh e ainda tem um som cantado pelo meu amigo André do Lymphatic Phlegm / Offal, chamado Purging the Phlegm, e porra é um dos melhores, lembrei de uma pá de coisa clássica do splatter GRINDCORE, eita que me arrepiei. Discão foda pra caralho, grindcore feito da forma antiga, mas com uma pegada assustadora, uma precisão na execução brutal, enfim velhinho, comecei 2011 escutando este disco, espero que o ano seja tão bom quanto o cd. Ahhh e não custa nada pensar neste disco num vinilzão 12”, seria uma beleza sem fim. Grindcoreheads & brutality lovers... este material foi feito para vocês, acabou de sair, falem com o Sr. Camacho, é questão de honra ter isso em mãos.
http://www.blackholeprods.com/

* Offal – Macabre Rampages and Splatter Savages – Black Hole Prod.

Vai uma dica preciosa. Antes de você colocar este cd pra rolar, vá dar uma olhadela na sua velha coleção de filmes de horror, sim estou supondo que você, assim como eu, como os caras da banda e como um pessoal perdido por aí, ainda tenham em casa, seus VHS’s comprados no Putrescine ou copiados de locadoras, e logicamente relançamentos em DVDs, o porque disso? Bom meu chapa, o Offal simplesmente presta uma sincera, fudida e maravilhosa homenagem ao velho cinema de horror, então nas letras você verá referências diversas, se você for um aficionado, vai poder aproveitar este cd na sua plenitude. Ritual dos filmes feito, é hora de ascender um cigarro de ervas radioativas e colocar o cd no velho player de guerra da Philips. Imediatamente uma sensação de bem estar e satisfação cercam o ambiente, e não é por conta da fumaça radioativa. Death metal, daquele jeito que era feito 20 anos atrás, com peso, cadência e velocidade na medida certa, densidade e morbidez, climas apocalípticos. Simples sim, mas porra mermão, essa é a prova viva de que as emoções e climas são transmitidos feito uma bactéria alojada na gengiva de alguma criatura, não é preciso muita coisa, apenas conhecimento por parte de quem faz, e esse conhecimento ultrapassa aptidões musicais, a essência conta muito mais do que qualquer técnica demasiada, mesmo os caras tocando pra caralho aqui, e isso é percebido em vários momentos. Porra velho, se você gosta dos outros materiais, vai adorar este, tem apenas um diferencial, os vocais estão sem efeito, e eu gostei pra caralho, na verdade eu gostei porque o disco é bom pra caralho, acho até que eles encontraram uma linha mais própria sonoramente falando, mas o disco está bom em todos os aspectos, da produção, passando pelas músicas, chegando no conceito e na arte. O Offal é uma das poucas bandas que conseguem me levar para lugares realmente obscuros e longínquos, se tratando de climas e melodias mórbidas, puta que pariu, escuta The Cold Grips of Death ou a perturbadora Mortuary Waste, dê um trago, segure a fumaça, feche o olho e se veja num mundo aterrador, repleto de coisas bizarras, doentias e paralisantes (tá... a erva radioativa tem uma certa culpa hehe) mas porra, é uma sensação única, só para dar uma direção aos mais descerebrados, lembra daquela partezinha de Left Hand Path que fica um clima denso, lento, mórbido... lembra daquelas partes do Mental Funeral que são tão lentas feito a agonia no leito de morte de algum enfermo... pois é, aqui você encontrará isso aos montes. Este segundo disco, está tão bom quanto o primeiro, mantém a mesma linha, com algumas poucas diferenças é claro, mas tudo feito da mesma forma, com a mesma alma... e mermão, ta bom pra caralho, vai se fuder, músicas pra banguear e musicas pra viajar, como era feito antigamente. No total temos 12 perfurações, das mais diversas formas, furadeiras, picaretas, dentes, balas, lâminas, unhas, ossos... seu corpo será despedaçado, sua mente se perderá no limbo, tente aproveitar tudo que este cd tem a oferecer, todas as letras, intros, referências musicais e claro todo o teor cinematográfico que o Offal carrega no seu saco de restos humanos, pois se eu fosse me prender aos detalhes aqui, escreveria umas 3 páginas só sobre as letras. A arte foi feita pelo Putrid, tem uma resenha do livro dele mais embaixo... então espere mais um pouco, basta dizer que ficou fudida demais. Ótimo lançamento, ótima banda... gostei demais de tudo, agora é voltar para a camisa de força e esperar o próximo susto ou surto.
http://www.blackholeprods.com/

*Roger Moore / The Mad Thrashsers / Fatal Nunchaku / KoKo Boys – 4 way split cd – Inhuman Homicide Rec.

Fazia tempo que não recebia um 4 way... eu acho, na verdade não me lembro, pode até ter um resenhando nesta mesma edição, eita seqüela da porra. Quem abre o portão pra deixar os mortos entrarem são os Franceses do Roger Moore, e lá vem a desgraça em forma de grindcrust, fudido, bruto, pesado e sujo. Aqui as gravações são diferentes, as 6 primeiras faixas, foram gravadas para este material, depois tem uns covers, entre eles Rot, Ramones AC, umas faixas ao vivo e no final o som do AGTX. Grindcore na frma mais básica e esmagadora é o que o RxM toca, banda muito boa, ja ouvi outras coisa deles, e todas me agradaram pra caralho. A outra banda é o The Mad Thrashers, também da França, antes desse material já tinha ouvido umas coisas deles, sendo que o som era mais thraschore mesmo, meio powerviolence, neste material achei a banda mais seca e crua, tocando um grindcore redondionho, mas meio troncho em algumas partes(bem poucas), preservando as variações e loucuras de outrora, banda legal pra caralho e bem deconhecida, vale apena ir atrás de outros materiais. Puta que pariu, lá vem o morro descendo e levando sua audição embora, juro que eu esperava bem menos duma banda chamanda Fatal Nunchaku. O som é uma mescla de fastcore com esse grindcore mais trampado, só que muito curto meio raw em algumas partes, vozes desesperadas o tempo todo, parece alguém chorando com raiva, gostei bastante, parece banda japonesa rapidona e fudida, está pra sair um lp, espero consegui-lo. A ultima banda tem o nome de Koko Boys, dei uma olhada nos nomes dos sons, pensei logo que fosse uma bosta, mas que nada bixo, o som é um grindcore escroto, nos moldes que me agradam, com influências diversas, mas o jeitão velho é que comanda, junto com o Roger Moore esta é a melhor banda, fiquei impressionado. 4 way bem legal, com 2 bandas que valem cada lasca gasta, a arte é bem simples, legal mas bem simples.
http://www.myspace.com/inhumanhomicide

* Agathocles – Grind is Protest Lp – Psychocontrol records

Hummm... ok ok, vamos a este disco, depois de algum tempo, FINALMENTE consegui ele em vinil e agora sim posso fazer uma resenha. Queria deixar claro que acho o título do disco meio bobo, mas vou me atar apenas a parte sonora já que o Jan ta há tanto tempo protestando por aí contra tanta coisa, tanta gente... então deixa ele protestar, daqui a pouco ele vai protestar contra o protesto. Este é sei lá qual full álbum de studio da banda, o Agathocles é na minha opinião o mais autentico representante do grindcore mundial, vejamos as bandas do começo, que começaram na mesma época, ta o Napalm ta na ativa, mas fez tanta merda e laçou tanta coisa meia boca (lança ainda, os fans de Lock Up e dos últimos que me perdoem, mas não consigo gostar da banda desde o Fear, emptness..., que já é estranho) então o Agathocles é sim a banda mais velha e fiel, tanto sonoramente quanto ideologicamente, por tanto o Jan pode protestar até contra desenho animado que ele tem crédito. Este play é muito, mas muito bom, se tornou um dos meus preferidos. Pra começar temos 40 sons em pouco mais de meia hora creio eu, curtos, feios, simples e tão virulentos que você pode ficar surdo. É o velho Agtx, tocanco o velho grindcore de sempre, as velhas 3 notas indo e vindo, as vozes dobradas, a mesma raiva.Então meu chapa, deguste o velho grindcore como nunca, MUITO alto, leia as letras SIM, absorva da forma que preferir. Não vou falar de sons perdidos, pois todos são fodas demais, este Grind is Protest me soa como o Razor... ou o Thanks... músicas legais do começo ao fim, aquele contra peso em músicas de segundos, algumas mais hc, outras d-beat, outras mais arrastadas, mas todo o feeling, toda a atmosfera repleta de poluição sonora está indefectível. Este disco já é meio batido, a banda inclusive lançou outras coisas já, mas ainda não ouvi. De qualquer forma se você gosta de grindcore mais lascado e esporrento, sem tanto capricho ou invenções contemporâneas, o Grind is Protest é uma maraviha. A capa ta legal, a arte do lp também está massa, encarte com letras e infos gerais... enfim mermão, grindcore até o cú perder as pregas e o pau não subir mais.
http://www.myspace.com/psychocontrolrecords

* Putrid Goreart – Book Ilustration – Galeria De Muerte

Bom, este material não é sonoro, mas está ligado diretamente a alguns discos então ele está aqui. Muito tenho falado no tal de Putrid, os desenhos feitos por ele ilustram capas de várias bandas que gosto muito, os traços e a imaginação deste artista me surpreendem a cada material que vejo por aí. Este livro de ilustrações foi lançado no Japão pela Galeria de Muerte, que pra quem não sabe é do Naru do Butcher ABC, que era do CSSO, essa editora tem um outro lançamento, e é responsável por algumas exposições em galerias de arte e essas coisas todas ae, quem se interessar olha lá o site deles. Neste livro, o Putrid, que na verdade chama-se Mathhew Carr, faz um aparato da sua carreira, onde inclusive a maioria das ilustrações já estão por aí em capas de bandas diversas como Impetigo, Offal, Cianide, Nunslaughter, Revolting, Bloodfreak... enfim, aqui mesmo, já resenhei vários discos que o Putrid fez a capa, e é incrível o padrão de qualidade dos desenhos, seja em preto e branco ou em cores. È notável a maior influência do cara, os velhos filmes de terror.. lobisomens, vampiros, zumbis, monstros, criaturas, sangue, vísceras e uma imaginação pra lá de fértil são o alicerce deste americano que evidentemente também é um apreciador da música feia. Um livro muito bacana, da pra viajar por muito tempo olhando cada detalhe dos desenhos, e percebendo as analogias com os filmes, bandas e afins. Grande artista, e ainda bem que ele escorre pelo lado mais bizarro e doentio da arte.
http://www.galeriademuerte.com/
http://www.myspace.com/putridgoreart

* Intestinal Disgorge – Depravity – Carnificina Rec

Fazia muiiito tempo que não ouvia nada novo do Intestinal Disgorge, alias peguei um split ep com o LLL, mas de álbum mesmo o ultimo que eu ouvi foi o Whore Splattered Walls de 2001. Já tinham me falado que o som do IxD estava mais encorpado, que tava bem diferente dos primeiros discos, onde a deformidade sonora era realmente nauseante e desgostosa, poucos tinham ouvido praquilo. Este é o quinto disco desta banda americana, e achei o som com mais cara de death grind, achei algo levemente parecido com o Kill trend Suicide (comparação escrota né... mas eu achei) Que a banda evoluiu...isso é claro. Não ouvi os outros 2 cds antes desse, mas que este aqui ta bem diferente dos 2 primeiros, pode ter certeza. Não vou dizer que este ta melhor, até porque aquilo lá é diferente e feio demais, seria covardia. Mas este Depravity me surpreendeu, mesmo o som sendo mais palpável, ainda achei muito original, o trampo de guitarra, parece que o captador que o cara usa é da marca: Microfoniacs hehe... sempre tem ruídos, barulhos, zunidos... parece uma briga de inseto, com urros, gritos, berros, partes pesadas, uns blasts... e essas coisas todas, gostei bastante do timbre de guitarra, quando os insetos somem, da pra perceber o peso e sujeira. A arte é bem feita pacas, mas muito simples, não tem nada... mas também não sei até onde uma banda como o Intestinal Disgorge tem o que falar num encarte, tá eu sei que os maníacos de plantão queriam ler as letras bizarras e essas coisas, mas deixa pra próxima. Gostei deste cd, mais até do que pensava, se você conhece a banda dos primeiros trampos, consiga o seu, até porque ele acabou de sair, ta quentinho feito o pão do seu Manel. Se você busca algo escroto, estranho, barulhento e sádico... sai que é tua, se você quer entender o que é feito, se quer saborear uma musica agressiva e bem feita, esqueça.
http://carnificina.com/

* Vaginus / Fleichwald / Fecal regurgitation – 3 way split cd-r 3”

Quem abre este material é o Vaginus... e mermão, na boa, sem querer ser chato ou esculhambar o trampo de ninguém (mesmo que isso ocorra 100% das vezes) não gostei não, o som é muito estranho, não é reto, nem quebrado, tem muito efeito na voz, encobre a guitarra na maioria das vezes e o riff tocado não da nem pra ser ouvido, tem até ideias legais, achei o som velhas taradas legal, mas foi o único. No final é só mais uma banda que fala de xereca, com drum programing e efeito na voz até o cu virar uma flor, o que eu mais gostei aqui foram as intros. Dando continuidade, a melhor banda do material, alias quando escutei essa banda fiquei muito feliz. O Fleicshwald é uma one man band, o cara faz tudo e tal, só que investe no velho grindcore com pitadinhas de death metal, sons muito bacanas, vozes alternadas, e uma produção de dar gosto, sempre que escuto uma banda como essa tenho vontade de colocar um projeto fazendo tudo, mas sou tão preguiçoso que não conseguiria programar a bateria de um cover do SoreThroat hehe. Grande banda, gostei demais, leiam mais palavras sobre o Fleischwald nesta mesma edição. Pra fechar uma banda chamada Fecal Regurgitation...hummm, o som é chato demais, parece uma trilha sonora de vídeo game com um ronco contínuo, EU achei ruim pra caralho, que coisa sem graça da porra, não tem nem um riff que se aproveite. Se você gosta dessa coisa aí feita em computador... vai lá, eu acho um lixo. Material visualmente bacana, mas que pra mim só valeu pelo Flaschwald.
http://www.myspace.com/vaginus666

* Diorrhea – BXVI – Humanos Mortos

Caralho... que desgraça mermão. Porra, fiquei meio besta com este cd, demorei um certo tempo pra pegar ele, mas o dia chegou e o terremoto veio junto. Esta banda italiana mostra um grindcore furioso, cantado em sua língua natal, com sons realmente rápidos, curtos e uma energia viciante demais, escuta a faixa “10 prego spesso” caralho, é levantar da cadeira, do sofá, do chão e se movimentar, de qualquer forma, é foda demais. Só é foda porque eu não entendo nada cantado, até acompanhei a letra no encarte, mas sei lá que porra ele ta falando, mas lembrei de CxBastards, não pelo som em si, mas pelo idioma claro. Este cd tem 22 faixas, um verdadeiro atentado, gostei mesmo dessa banda, já to na espera de outro material... porra eu to escrevendo e uma faixa melhor do que a outra vai sendo ecoada da forma mais feia possível, que cd bom da porra. Agora vamos a minha chatice, este cd só não é perfeito por uma coisa, não gostei do som da caixa da bateria de leite em pó, e o batera toca muito, mas muito muito rápido, e se ouve tudo perfeitamente apesar de toda a sujeira, e o som da caixa de leite em pó me irrita, mas foda-se, o cd não da descanso, brutalidade emendada na outra, fudição interminável. A faixa 21 é uma espécie de jam dividida em 8 sons grind de fuder o coração do nego viciado nessa porra, e o total desses 8 sons dão 1:40... tem que voltar porque são poucos segundos de alegria. Só pra terminar, a ultima faixa chamada Birra Birra Rap, é um barulho denso, depois fica um rap falando isso Birra, Birra... que num sei que porra é, mas é imitando o rap das Tartarugas Ninja que o Vanila Ice cantava no final do filme, e o Mestre Splinter dizia: Adorei este Rap dos Ninjas, acho que é do Tartarugas Ninja 2 do comecinho de 91... eita que fui longe. A Arte é legal, tem as letras informações, tudo bem organizado e bem feito. Este material saiu por vários selos, inclusive um nacional, então é mais fácil., aproveite.
http://www.myspace.com/humanosmortosprod

* Flesh Grinder / Squash Bowels – First Time at Maggot Sessions - split cd – Rotten Foetus

Este split cd nada mais é do que as primeiras demos de ambas as bandas. Iniciando temos uma das mais clássicas demo tapes de splatter já lançadas em terras nacionais. Em 94 o Flesh Grinder excretou a Rotten Process, e o som é um death metal denso, com partes rápidas alguns solos, com uma gravação muito foda, tanto pro estilo quanto pra época. Este material já havia sido relançado em cd, num outro split com o Lymphatic Phlegm, não me lembro o ano, mas já foi no final dos 90, foi lançado pela Milleiun, que depois se tornou Mutilation rec. Mas como o tempo passa, novas cabeças adentram o underground, acho legal essa iniciativa, até porque Flesh Grinder, é um dos grandes nomes do splatter nacional. A melhor faixa de todas pra mim se chama Necrophagia, adoro, mas Crematorium é um clássico indiscutível. Ainda tem um som que não fez parte da demo original, o cover tocado no tributo ao RGTE, pra faixa Fleshmangler. Os poloneses do Squash Bowels vem com sua segunda demo, de 95 chamada Dead?. Gosto muito do som deles nessa época, goregrind na sua plenitude, sem influência de nada grooviado, nada dançante, nada mais polido, nada mais aceitável...só grindcore com vocais com pitch, urros, gritos, um peso absurdo, uma sujeira descomunal, umas parte hc (musicalmente) no meio, alguma coisa de Carcass bem lá por trás e músicas realmente maravilhosas. Esses sons já saíram em uma discografia em cd lançada pela Obscene e as ultimas faixas dessa demo também fizeram parte do maravilhoso, clássico e espetacular split com os japa do Catasexual Urge Motivation em 96 (me senti com 17 anos), e porra tem um som que me marcou demais nessa época e quando tava escutando, relembrei tudo, é um som chamado Medical Exhibition, eu queria tocar esse cover um dia. Boa iniciativa, pra mostrar pra galera que tem 17 anos hoje (como se a maioria dos caras que tem 17 anos hoje não tivessem baixado o ensaio do ensaio do ensaio da pré gravação dessas demos... êêêêêta coisa sem graça) duas bandas diferentes, mas de extrema importância. A arte é bem simples, sem nada demais, nem as capas originais das demos tem, mas não é feia, é legal pra caramba, só poderia ser bem mais aproveitada.
http://www.myspace.com/433916637

* Naked Grinding Fear –SMG / Violent Gorge / Homicide / Pureza Genocida- 4 Way split Tape – Vários

Antes de mais nada, gostaria de agradecer imensamente ao camarada Bola vulgo Marcelo, por ter me presenteado com esta tape, valeu mesmo mermão, vamos ao tormento. Iniciando temos o SMG da Malásia com seu potente e ruidoso grindcore, como a maioria das gravações são “daquele” naipe da pra imaginar a maravilha né. O SMG toca 7 sons, grind lascado e feio. A outra banda é o Canadense Violent Gorge do cara que é lança estes 4 ways tape só com bandas de grindcore, numa capinha massa, a fitinha rosa... você já viu outras aqui. Acho com toda sinceridade que o VxG já merecia um lp, banda ta cada vez mais foda, grindcore como antigamente, cheio de reverb e ruídos, foda demais. A outra banda é de Santa Catarina, nunca tinha escutado, fiquei impressionado, a gravação está foda, as músicas são foda, gostei de verdade do grindcore executado aqui, pena que só temos 4 sons, estou na fissura pra ouvir mais. A ultima banda é do Bola, que já citei lá em cima. O Pureza Genocida é um extermínio sonoro vindo de Natal, que desgraça boa da porra. Pena que também só temos 4 sons, fica um gosto de quero mais, tipo aquela mini pizza que só tem uma na geladeira, aí você vai comer e a fome faz é aumentar... ou aquele fino que você inventa de fumar, a lombra não chega e você fica na fissura... pois é, aconteceu exatamente isso, tanto com o Pureza Genocida quanto com o Homicide, as melhores bandas deste tape são do Brasil, traduzindo, quando sair eps, lps e cds fica mais fácil de conseguir... espetáculo de grindcore este 4 way. Mais uma vez vale a pena ressaltar a iniciativa da galera envolvida nestes lançamentos (Agressive Valey, Zombie Fetus e LHDLB), fazem a mim e a muitos apreciadores do velho grindcore e todo seu dis-conceito pessoas mais felizes, nem que seja durantes os segundos do terror auditivo.
http://www.myspace.com/purezagenocida

* Jigsore Puzzle / Exit Wounds – Split 7”ep – TVG Rec

Splitzinho bacaninha, barulhento e legal pacas. Nunca tinha ouvido essa banda chamada Jigsore Puzzle, eles são da Alemanha, e mandam um fastcore, meio grind, com um monte de variação vocal, gritos, urros, berros e falas unidas a uma guitarra suja, mas não pesada, bem thrashcore europeu tipo ETA, eles tocam 13 sons, eu achei legal pra caralho, uma audição divertida e intensa, músicas muito curtas, foda mesmo. Já falei do debut do Exit Wounds, e bicho, não tem como eu não me lembrar, pra mim eles são um Yacopsae mais grindcore, só que a banda é polonesa. Neste material eles mandam 7 porradas, peso e sujeira, velocidade, um vocal rasgado demais e muita competência pra fazer sons, destaque para a capa do Exit Wounds que foi feita pelo Szymon Siech, figurinha bem conhecida da cena barulhenta, ele tinha um zine especializado em gore / grindcore e desenhos fudidos...porra não vou me lembrar porque é um nome em polonês, mas eu tenho umas edições e é muito foda, depois ele virou um webzine, enfim, ele já desenhou várias outras capas. Esta minha versão tem a capa em tons de preto e cinza e o vinil é preto, tem uma prensagem que tem capa vermelha e o vinil é vermelho.
http://www.t-v-g-a-x.de/

* Dead Infection – Corpses of the Universe Lp – Haunted Hotel Quando soube que o Jaro tinha saído do posto de urrador Javali Mor, fiquei muito apreensivo, pois pra mim ele tem um vocal fudido e foi o melhor que já passou pelo DxI. Primeiramente ouvi este material com um certo descrédito, o Tocha não era mais o guitarrista, só o velho Cyjan quebrando tudo. Depois de escutar este disco umas 10 vezes (no mesmo dia) eu comecei a achar ele tão fudido quanto os outros, claro que ele não se compara ao A Chapter of Accidents ou ao Brain Corrosion, mas a gravação tem a cara do Dead Infection, o timbre dos instrumentos, só é estranho porque a voz não é a do Jaro. O som ta mais death metal, mas nem tanto como no começo, acho que os novos integrantes trouxeram um “meio termo” bem acentuado, não é aquele deathão meio grind do começo, nem o goregrind esporrento do meio, é um deathgrind muito grind em umas partes e muito death em outras, todo mundo deve ta ficando confuso hehe, mas é basicamente isso. O Cyjan é um animal, o estilo dele é muito, mas muito fudido, um dos melhores bateras de grindcore de todos os tempos, e o timbre da batera é foda demais, os blasts são encorpados, as viradas precisas, o Cyjan comanda. Este material inicialmente era pra ter sido um split com o Mortician, mas não rolou e saiu num formato mcd e posteriormente este MLP com um som de bônus que é um cover do Mortician pra faixa Bloodcraving, e ficou muito boa, caralho escutei ela demais, só ela, fazia muito tempo que não ficava repetindo uma faixa no vinil, mas fiz isso com esse cover. Corpses of the Universe tem outra cara, mas eu gostei dessa nova roupagem do Dead Infection, gostei demais. A Arte é muito boa, a capa é foda, idéia realmente original. Este material já foi relançado em digipack com uns vídeos, em Lp e tem a prensagem original, então é fácil de conseguir, já vi em várias distros aqui no Brasil. http://www.hauntedhotelrecs.com/

* Haemorrhage / Dead Infection – Split 7” ep – Fat Ass rec

Uma das dobradinhas mais esperadas da musica nojenta de todos os tempos finalmente foi exumada. Desde a lendária Grind Over Europe de 96, muita gente esperava este split, não como que foi lançado na época em tape, com gravações ao vivo e incluindo o CSSO, mas um split com sons inéditos, qualidade fudida em todos os aspectos, enfim. A Espera foi grande, mas o prazer de ver, ouvir e pegar este 7” ep é muito maior. Os espanhóis atacam novamente, e eu nem sei por onde começar, realmente fico perdido, porque acho que tudo que poderia ser dito do Haemorrhage já foi. Odeio esse papo de fã de bandas, normalmente sou um fã assumido de discos... mas quando o assunto é o Haemorrhage, eu pago pau mesmo, foda-se. NUNCA nestes mais de 15 anos que eu acompanho a banda eles fizeram merda, mudaram, ou como eu gostava de dizer um tempão atrás: se tornaram traidores. E as músicas não são chatas, enjoativas... muito pelo contrário, tudo é basicamente (guardada devidas proporções é claro) igual ao Emetic Cult, forma de cantar, tocar, de imitar o Carcass sem soar uma cópia, de fazer splatter grindcore na sua essência, com todo o clima, toda a roupagem... é uma perfeição. O lado deles pra este split tem 3 sons, um que já tinha saído no Apology... um inédito e um cover de Corporation Pull In que ficou uma beleza. O Haemorrhage é “A BANDA” entra ano, sai ano, e não muda formação, o Lugubrios vomita do mesmo jeito, só que muito mais nojento, a Ana fica mais sexy e mais segura na forma de tocar, o Luisma cria músicas fudidas, letras deliciosas e desenhos soberbos e os meninos da cozinha preparam vísceras como nunca, ô banda fudida da porra. Do outro lado temos o grandioso Dead Infection, também não vou ficar enrolando nada, talvez meu romantismo para com a banda não esteja lá tão grande devido as enormes mudanças de formação e etc. Mas convenhamos né meu rei, Dead Infection é Dead Infection, aqui, em Eternia, em Thundera (queria ver a cheetara tocando grindcore)... Independente de quem esteja tocando, o Cyjan ainda ta lá. Eles mantiveram a linha, encontraram uma sonoridade foda, nada novo, muito pelo contrário, só juntaram pedaços de todas as épocas. Eles atacam com 6 sons, alguns mais death metal, outros totalmente goregrind, enfim... como disse, o Dead Infection é um legado, e isso não se desfaz tão facilmente. Ambas as gravações são foda, ambas as artes são foda, ambas as bandas são foda...mermão, eu dei uma maneirada na birita, mas não agüentei, este material mereceu uns goles de cerveja, isso sim é o paraíso e quero ver jesuis vir me dizer que não é. http://www.myspace.com/fatassgrind

* Blue Holocaust / Embryonic Cryptopathia – split ep – Goatgrind Records

E o Sr. Pierre vem declarando guerra contra o mundo neste material do excelente Blue Holocaust. Sujo, podre e escroto, 8 desgraças, one man band goregrind na sua melhor forma, porra como esse francês sabe fazer as coisas. Numa primeira ouvida você pode se assustar, e não entender nada, mas se seus ouvidos forem acostumados a todas formas de barulho, seu deleite vai ser certo. O lado do BxH, é conceitual, é todo inspirado no clássico de 1979 Buio Omega, do Joe D’amato, tem até uma dedicatória, pra quem não sabe o Blue Holocaust sempre ovacionou os velhos Giallos e toda a escola italiana (ou não) de horror da época áurea. A outra banda segue a mesma linha, goregrind podre e mal cuidado, mas extremamente interessante, novamente repito, isso é reto, cru e assombroso, nada mais clean aqui. O lado deles tem 6 sons, duas gravções diferentes, mas ambas são podres até o fim dos tempos, os som é até parecido com o do Blue Holocaust, a diferença é que o ExC é uma banda com baterista, baixista e essas coisas hehe. A arte é muito foda, a capa do BxH pra variar é LINDA, também gostei bastante da capa do ExC, simples mas bem sacada, material de primeira, goregrind ao sugo. http://www.goatgrind.tk/

* Mental Funeral / Generichrist – split 7” ep – Horror Pain Gore / Rivot Rag

Começando pelo Mental Funeral das u$a, sim, esse nome é por causa do Sr. Reifert. E o som da banda (que é só um cara que toca tudo, Mike Juliano) é lógico que seria parecido com Autopsy, e ainda tem um cover, advinha de quem? “Twisted Mass of Burnt Decay” ficou foda demais. Não tenho muito a falar porque o ep tem apenas dois sons, um que parece com Autopsy e um que é cover do Autopsy, etnão se você gosta de Autopsy como eu, caia dentro, ah mas o som não é tipo um plágio e tal, mas as influências são latentes né, o Mental Funeral toca death metal como antes só isso, e o Autopsy é referência, gostei pra caramba. A Outra banda também é americana, e toca um death metal meio descompensado, é estranho, achei estranho, as músicas sem um encaixe bacana, parece meio fragmentado, mas tem riffs e idéias boas, só que os vocais são meio ruins, se fosse um guturalzão potente soava mais interessantes, eles parecem que querem tocar um death thrash, só que é ruim, se decidissem por uma coisa só acho que vingava, achei chato, eles também tocam dois sons, um muito chato e o outro que é mais ou menos, se tivesse outro vocal empolgava. Ah detalhe interessante, quem fez o desenho tosco e divertido da capa foi o próprio Chris refifert, achei legal. Este ep tem apenas 300 cópas, mas já vi em um monte de canto, peguei esse aqui pelo Brasil inclusive, o vinil é violeta meio rajado e o material da capa é bem bacana também, toda color e papelão, quero ouvir mais coisas do Mental Funeral, já o Generichrist, eu dispenso.
http://hpgd.comoj.com/

* AntiSeen / Brodys Militia – Split 7”ep – Haunted Hotel records

O anti Seen é uma bada véééia pacas, mada um rock n roll meio punk , ou seria ao contrario... enfim a banda tem inúmeros materiais lançados em vários formatos diferentes, nunca acompanhei, ouvi esporadicamente em alguns splits, na verdade nem gosto muito do som, talvez se eu parasse pra ouvir com calma os discos mesmo, eu mudasse de ideia, mas como não farei isso, continuo achando sem graça. Este split tem uma intro e uma outro gravados em studio e 2 sons ao vivo sendo um cover para o Black Flag. A outra banda já cai mais no meu gosto, manda um hc mais rápido, pesado e sujo, só que neste material eles estão bem calmos. De qualquer forma temos 4 sons, 2 porradões e outros 2 mais rockões, no final das contas é legal de se ouvir. Na verdade verdadeira o que eu mais gostei foi a ilustração das duas capas feitas pelo Bill Hauser, totalmente inspiradas no clássico absoluto da cultura do colapso: Planet of the Apes (um dos melhores de todos os tempos pra sempre). A capa é toda color, em um couchê bem espesso, bem legal. Sonoramente... só se for pra completar coleção como eu, ou se você for fã de ambas ou de algumas das bandas.
http://www.hauntedhotelrecs.com/

* Iron Butter / 2 Minuta Dreka – Split 7” ep – Grindblock records / UPR records

Êêêta saudade.... pegar um split ep que uma banda coloca nada mais nada menos que 16 sons de uma lado só, e essa banda é de verdade, não é de computador, 16 distúrbios noisecore como antigamente, da época que você fazia careta quando a agulha caia no vinil, pra entender o que tava sendo executado precisava de tempo e malícia auditiva, pois é o Iron Butter faz exatamente isso, maltrata, incomoda e esculhamba o que alguns chamam de música. A outra banda é bem poupular nos dias de hoje, e não tiro os méritos não, sei que esse aproach porn dentro do gore virou uma modinha chata e deveras sem graça, e que milhares de bandas tentando ser nojentas e sujas e podres apareceram, mas elas parecem bandas de brinquedo, aí o brinquedo quebra e a banda some. Já esta banda que vem da terra do Cripple Bastards tem uma pegada fudida demais, me lembra o velho Gut dos eps, quando era sujo, pesado, dançante sim, mas cativante como uma milf de meia calça. Neste material eles tocam apenas 2 sons, bem legais por sinal. No final das contas acho o 2Minuta Dreka uma banda bem interessante pra sua proposta. Este ep tem a capa p/b, parece xerocada, então me lembra sim as coisas antigas, as vezes este tipo de material precisa deste tipo de capa.
http://www.myspace.com/grindblockrecords

* Anal Penetration / Gronibard – split 7”ep – Bones Brigade Records Começando o split temos o Holandês (isso mesmo só um cara faz tudo aqui). Acho que este é o primeiro material que pego deles. O som é legal pacas, goregrind retão, sem ser quebrado, a programação da bateria é fudida, o som em si está massa. O lado deles tem 4 sons, um em inglês (a letra é uma bosta por sinal...)um em francês (acho que eles cantaram assim pra fazer uma média com a outra banda que é muito mais legal hehe) que não entendo e dois que não tem letra. Legal sim o som do AxP, mas num mundo tão repleto de coisas iguais e iguais e iguais, o arroz com feijão tem que ter um tempero delicioso pra agradar o nego na sua totalidade. Do outro lado temos os loucos, divertidos, sádicos e fanfarrões do Gronibard. Só que desta vez os caras fizeram algo diferente, quer dizer nem tanto, eles só deixaram o groove mais de lado e colocaram 12 sons de apenas um lado do split, então já da pra imaginar a desgraceira grind/ noise / grooviado (poquinho). A gravação está podraça, mas muito foda, nunca ouvi nada do Gronibard ruim, nem na fase mais dançante, alegre e colorida ( eles adoram tocar pelados, ou vestidos de putas, noivas e coisas assim). Se você gosta dos materiais antigos, talvez este lhe soe estranho, mas isso se você for só um “new generation of goregalore groovy dance látex clean cool”, se gostar das velharia, vai se amarrar. Este disquinho foi lançado pela veterana bones brigade, a capa é em papelão durinho, toda color, legal pacas, bom split ep. http://www.bonesbrigaderecords.com/

* Fuck the Facts / Leng Tche – split 7” ep – Power it Up / Relapse

Rapaz, fazia um tempo que não ouvia nada novo do FTF, na verdade nunca acompanhei a banda o que eu tenho são por causa das outras bandas dos splits. E minha opinião é a mesma, gosto de algumas coisas e de outras não, ou seja, é uma banda meia boca, tem gente que ama, que adora, que viaja, eu não, pra completar a putaria, eles agora tão com uma vibe metal core... vá tomar no meio do seu cu Fuck the Facts, se bem que eles são fieis né, eles nunca tocaram nada que fosse old ou que fosse mais reto... eles sempre inventaram (pelo menos as poucas coisas que tenho) e colocaram coisas modernosas e frescas na sua música, e neste split não é diferente. Eles tocam 4 sons... umas melodias, uns blast umas coisas estranhas e a mulher gritando feito uma doida, sim a vocalista ainda é mesma, e é bem bonita por sinal. O som desses canadenses não é pra mim, mas tenho que reconhecer, eu entendo perfeitamente que eles são bons nisso, da pra sacar que tudo é muito bem feito, produção, execução, escolha de timbres e efeitos, só não me entra. A Outra banda eu gosto mais, os belgas do Leng Tche, apareceram do nada, lançaram um split, depois 3 albuns seguidos e eu deixei de acompanhar, pensei até que a banda tinha acabado. Depois consegui este split ep. A banda mudou de formação várias vezes, inclusive de vocalista (o ninja saiu). Não ouvi o ultimo disco deles pela Relapse de 2007, mas eu gostei deste material aqui, o lance é aquele grindcore com coisas do death metal, só que tudo rapidão e cortante, gostei da voz do negão que é o vocalista aqui, o Sr Kasongo, ele é versátil e agressivo. Gostei das duas músicas que fazem parte deste split. A produção como sempre está uma beleza (se tratando de Leng Tche), é bem limpo e acabado, mas me agrada porque é pesado e encorpado, mas não se nota traço nem um de algo mais barulhento. O ep em si está lindo, a capa, a arte de dentro, o vinilzinho é clear, uma lindeza esse material.
http://www.power-it-up.de/

* Repulsione / Archetype Of Nothing – split 7” ep - vários

O Repulsione vem da Itália e manda um grind meio powerviolence (eles dizem isso eu não acho), rápido e certeiro, neste split eles mandam 5 sons, já ouvi coisas melhores deles, achei as músicas aqui fraquinhas, mas é assim mesmo né. Eles tocam 5 sons, sendo um cover para o cult Rupture, material legal, mas eu esperava mais, até porque outras coisas que eu tenho do Repulsione são muito mais empolgantes, tocar rápido todo mundo toca, tem que ter a malícia pra deixar a audição um tesão, e aqui faltou um pouco eu acho. A outra banda eu nunca tinha ouvido falar, o AON esporra um grindcore escroto, muito barulhento, os vocais são um tormento, incomodam, parede sonora incomoda, a gravação é fudida, mas parece que é propositalmente bizorada e ruidosa, eu achei fudido, gostei bem mais do AON aqui do que o Repulsione, mas eu indico o AON apenas pros que já tenham tido otites por causa do grindcore. A capa é legal toda p/b, em papelão, boa impressão e isso tudo. Legal sim, mas nem tanto.
http://www.myspace.com/grindblockrecords

* Patisseri / Deranged Insane / Archagathus – 3 way split cd – Discos Al Pacino

Primeiramente gostaria de agradecer ao James facada por me dar este cd. Segundo, que 3 way bom da porra, 3 bandas boas pra caralho, vamos a elas. Começando temos os franceses do Patisserie, esta banda nunca tinha cruzado meu caminho antes, mas sempre este dia chega, as vezes eu odeio e as vezes eu adoro, neste caso, a segunda opção é válida. A banda manda 8 sons de um goregrind meio death metal, bem trampado, mas muito violento e instigante, não soa nem um pouco chato, muito pelo contrário, me lembrou um brutal truth da época mais estranha misturado com Carcass, alias eles tocam um som chamado Creak of Corsculiation, que é meio plagiado, mas é fudido, o PÂTISSERIE no geral é uma banda muito foda, tem um som cheio de coisinhas e frescurinhas é verdade, mas é bom pra caralho, independente da linha seguida. A outra banda vem de terras nacionais, os japas do Deranged Insane (são japas brazucas hehe) mandam o seu característico grindcore ruidoso e barulhento como nos primórdios, só que desta vez achei a banda mais bem acabada se é que você me entende, antes eles tinha um traço muito grande de noisecore, este material está mais trampado, tem até bumbo duplo em algumas partes, mas a essência do grindcore ainda ta lá, eles tocam 5 sons, bem legais e brutais. A ultima banda é a minha preferida, alias é minha preferida do grindcore contemporâneo. Os canadenses do Archagathus tocam aquele grindcore que todo mundo já ouviu, que é mais batido do que bunda de mulher que gosta de BDSM, que é mais simples do que ver pardal abalroando no muro, que é mais podre do que banheiro de churrascaria de rodovia, que é mais violento do que isso (http://video.google.com/videoplay?docid=9114150256843905429#)... mas que fazem meus dias muito mais felizes... se eles são só mais uma banda que toca o grindcore véi, que o Agathocles ajudou a fomentar, mermão ainda bem, de verdade. Eles tocam 8 sons maravilhosos, perfeitos, lindos (lindos não né, lindos são meus filhos), mas de uma energia e uma força que eu fico arrepiado em tentar descrever. Bandas como o Pâtisserie são legais... mas pra mim não chegam nem na sujeira da unha de bandas como o Archagathus, isso é meu gosto pessoal claro. O mais foda deste 3 way é que você pode escutar uma banda de goregrind bem técnica, depois uma banda de grind lascado e depois uma que anuncia o dia do colapso. Sem viadagem, EU AMO O SOM DO ARCHAGATHUS, e saiu o disco novo, esperar o lp chegar nas minhas mãos. A arte é simples, mas bem legal toda color, com umas ilustrações muito boas, recomendo alem do imaginário.
http://www.myspace.com/discosalpacino

* DER – Quando a esperança desaba Lp – Nerve Altar

Acho DER uma das bandas mais legais desse grindcore modernoso. Este disco tem 16 faixas ultra rápidas, sujas e cortantes, aquele lance rapidinho demais em tudo, meio bizorado e zuadento. Na verdade eu escuto sons como “A queda do seu dogma”, e penso logo numa banda de death metal, mas depois vem as partes mais hc, tudo se mistura e a massa sonora arrebenta com tudo que tem pela frente, ow disco fudido da porra. O mais foda é que é tudo curto e sujo, o lp é rotação 45, nem um pouco parecido com as merdas do soundlab, as músicas são realmente boas, bem acima da média, então o que eles tocam, mais precisamente se falando em rótulos não serve pra nada, é brutal e fudido e pronto, na verdade MUITO BRUTAL E MUITO FUDIDO. Gostei demais, muitão mesmo, parece que passada a onda chata pos Nasum, as bandas que praticavam aquele som influenciado DIRETAMENTE (quem dizer que não, ta mentindo ou nunca ouviu nada e não sabe de nada, então foda-se seu prego) por aquele grindcore metalizado estão encontrando seu caminho e os discos que estão chegando estão bem melhores do que os materiais antigos. Esta versão em Lp, tem a tradução das letras pro inglês, alias as letras são muito boas, a arte ficou magnífica na capa do bolachão, quem tem o cd não faz noção da perda que isso causa, falando em cd ele saiu nacional por vários selos um tempo atrás, então é bem fácil de conseguir (ou era), corra atrás, este material está muito muito bom, aff maria. http://www.myspace.com/nervealtar

* Blockheads / Mumakill – Split 7”ep – Relapse Records

O lado 1 abre com
uma das bandas francesas mais antigas quando o assunto é barulheira. O Blockheads lançou a primeira demo em 1993, de lá pra cá muita coisa boa foi jogada por aí para maltratar ouvidos incautos, só que a banda nunca foi muito popular, nunca laçou uma enormidade de splits, nunca fez muita coisa neste sentido. Os materiais lançados são sempre bons, eles tocam uma mescla de grindcore e death metal, com muito mais apego pelo grindcore. Neste split eles mandam 3 sons, legais, mas sem tanto poder de fogo como de outros materiais, achei que eles tiraram o pé e aumentaram o peso, espero que este seja apenas um material isolado. Do Outro lado temos o Mumakill, banda oriunda da suíça que manda um death grind bem escroto, mas bem trampado, porradaria impera, mas tudo bem acabado e caprichado. Este split é legal, mas os sons específicos das bandas aqui não me cativaram muito. A produção em si está caprichadassa, tanto sonora, com uma gravação massa de das duas bandas quanto a parte gráfica, um material de primeira. Cada banda aqui toca 3 sons, indico pra quem gosta de brutalidade, mas sem tanta empolgação. http://www.relapse.com/

* Inhume – Molding the Deformed cd – War Anthem Records

Este é o 4º disco desta banda holandesa. Pra quem já conhece o som deles, não espere nada novo, então abra o sorrisão de orelha a orelha, pois a mesma brutalidade infinita dos discos antigos irão triturar sua racionalidade aqui. Este material tem 14 faixas, parece que cada uma é mais rápida e violenta do que a outra, só que com um certo temperinho, algumas faixas tem um lance mais cadenciado como a “Pandemic”, mas logo depois descambam pra violência nua e crua. Os vocalistas ficam alternando entre um gutural fudido e outro gutural mais fudido ainda, e perdidamente uns berros. A produção deste disco está tão boa quanto as dos outros, se ouve tudo perfeitamente, é impressionante a execução das músicas, uma brutalidade tão imensa que da é medo, peso e sujeira se unem a uma gravação fudida, deixando tudo muito claro, mesmo com toda a sujeira e peso. Pra quem não sabe tem gente do Inhume que tocam em outras bandas como Bile, Malignant, e Skullhog, time de peso. A arte está muito bem feita, a capa é linda, uma das mais bonitas que vi ultimamente, a ideia em geral me agradou demais também, o encarte está lindão, com todas as letras e tudo muito caprichado e bem feito, arte de primeira linha, da gosto de se ter o material. Grande pedida, para amantes de death grind direto, veloz e brutal, sem técnicas exageradas nem simplicidade declarada, um meio termo excelente, banda fudida essa aqui. http://www.war-anthem.de/cms/

* Sakatat / Cut Your Throat – Split 7” ep – vários

Mianossióra que djábo é isso? Estes Turcos retardados fazem parte do dream team (teve uma época que o Larry Bird e o Magic Johnson eram “os caras” pra mim hehe) do grindcore velho contemporâneo. Tudo que eu consigo do Sakatat enche minha boca d’água e meus ouvidos de pus, neste split mais uma avalanche do mais devastador GRINDCORE, nos moldes primordiais, claro que isso é o charme, só que a competência da banda é que me agrada, tocar de “qualquer” jeito “qualquer” um pode, fazer um som fudido e BOM de verdade, independente de ser old ou new, poucos conseguem, e o Sakatat, ta nesse barco. Aqui são 7 bigornadas nas sua fuça, 7 dinamites que explodirão você de dentro pra fora mais rápido do que possa imaginar, estou impressionado, eles ainda mandam um cover para o máster mega amado SxOxB, preciso de um lp com umas 25 músicas do Sakatat urgente, ah e o fato deles terem sons como “Sona Giden Yol” ou “Gün Bugündür” não alteram o resultado final, mas eu não entendo porra nem uma do que eles falam. Eita porra, quando eu penso que o mundo vai ter um descanso, chega o Cut Your Throat e aperta o botão vermelho, daí já da pra imaginar, grindfuckinkcore de tremer sua moral. Caralho, essa banda grega é boa em bicho, e é uma banda nova, tem só mais um outro split ep rodando por aí (com grindcrusher, me intesa brutalmente, quem tiver entre e contato), O lado deles tem 6 meteoros de pegazresus que mutilarão sua armadura oricular, grindcore do jeito velho, e muito bom, muito acima da média. Eles dizem uma coisa que eu achei fudido, Grindcore against Grindcore...entenda como quiser. A arte está impecável, o material de primeira, lindo mesmo, um dos melhores 7” eps de 2010, como isso é bom, e o melhor é que eu consigo me emocionar da mesma forma, passem os anos que passarem, a velha escola... é a única escola, o resto é só curso de férias. http://www.myspace.com/sakatat

* Jack / Yattai – Split cd – Humanos Mortos

Já tinha ouv
ido falar no Jack um tempo atrás, se não me engano, iria sair um split 7 ep com a banda Diagnose de Fortaleza, pela na época produtiva e matadora No Fashion Hc records. O Material não saiu e eu nunca ouvi o som desta banda da Hungria, aí saiu este split cd, e recebi ele do camarada Vinícius da Humanos Mortos. O Jack manda um crust grind na linha mais tradicional, com alguns requintes como 2 bumbos. A gravação esta muito foda, o peso é absurdo, as músicas em si são muito boas, empolgantes e violentas, riffs certeiros e cozinha precisa, mas tudo bem gravado, meio trampado, nada muito lascado se é que você me entende. Eles mandam 7 sons, sendo uma intro (eu tentei por dias decifrar de onde era a porra dessa intro, mas não consegui, acho que é de alguma coisa do Monty Python, mas meus neurônios falharam novamente), gostei bastante dos sons deles aqui, espero conseguir logo mais alguma coisa. A Outra banda vem da França e manda um som mais trampado e moderno, um grindcore meio dissonante, eles também mandam 7 sons. A produção também está na medida, mas eu não gostei muito da banda não, achei o som chato pra caralho, alguns sons são até legais, mas tem uns mermão que da é agonia. O Jack é infinitamente superior, paga o cd. A arte está muito boa, lindíssima gostei demais, parabéns pra quem a fez. No geral, um split cd legal, o Jack é uma banda fudida, excelente, mas o Yattay não é pra mim, galera que gosta dessas coisas mais experimentais e modernas, vão fundo.
http://www.myspace.com/humanosmortosprod

* Rising Terror / Xaros – split cd – vários

O Rising Terror
é uma banda Francesa e é bem chatinha, grind meio death e muito chato, cheio de quebradinha, de frescurinha, de coisinhas, ah mermão, na boa, se quer inventar que invente direito, eles tocam o típico som do coito interrompido, partes legais interrompidas constantemente por coisas sem precisão, ow banda ruim da porra, eles ainda tocam um som do Nasum que é do helvete, daí da pra você imaginar a cara dessa banda. Já a outra, essa sim, o Xaros foi o motivo deu catar este cd. GRINDCORE pra aniquilar qualquer tentativa mais elaborada de fazer música fudida. O Xaros também é da França, só que toca uma linha de grindcore muito mais podre, raivosa, barulhenta e é mais empolgante do que ganhar do seu oponente de perfect só com hadouken e shoryuken. O som é o velho e apaixonante grind 3 nota, só que muito, mas muito foda, os riffs são daqueles que arrepiam até o cabelo da língua. Caralho eu to olhando aqui pro cd player e rangendo os dentes de tanta energia que essa banda passa. Porra, é muito bom ver que pra quem sabe fazer, não importa que uma música só tenha um riff e uns urros, se for bem encaixado, aí o gozo é certo. Eles mandam 13 sons, muito bons, de verdade, caralho a música “Aganist Racial prejudice” tem um riff que até minha filha balançou a cabeça involuntariamente, ainda tem um cover do ótimo Magrudergrind. È isso velhinho, o Rising Terror não me agradou em nada, já o Xaros me agrada demais em tudo, o seu Archagathus que tome cuidado. A arte está legal pra caralho, bem feita no esquema camadas 1000, mas é legal, bem bonita, sem soar amadora nem artificial o que é o problema da maioria. Peguei um outro split cd do Xaros, mas só entra na outra edição, e também saiu o lp, estou morrendo atrás e não acho, quem ver por aí, me comunique, eu preciso disso.
http://www.myspace.com/dallasgrindcore

* Fleischwald – Global Intoxication cd-r – Human Discount Rec.

Put
a que o pariu!!! Vá se lascar mermão! Quando agente pensa que já ouviu de tudo aparece um filho da puta lá da Itália, que não tem nada pra fazer, ai inventa de tocar grindcore sozinho, isso mesmo “ahhh eu adoro o F.E.T.O e o Razor Sharp Daggers, então eu vou tocar tudo e montar uma banda sozinho!” Graças a Crom (hail crom, se vc não gostar disso vá pro inferno) que ele fez isso, então meus amigos, grindcore na sua essência mais escrota está aqui. Este material tem 22 faixas, algumas muito boas outras nem tanto, mas é inegável a qualidade do som do Fleishwald, simples e retão, mas muito bem feito, até quando as 3 notas vão e vem (o que é maioria nas músicas) da pra ouvir tudo com muita clareza, mas não é limpinho, só é bem produzido, não soa barulhento, se é que você me entende, mas por outro lado é muito bom cara, empolgante pra caralho, chega a ser visceral de tão empolgante. Está pra sair um cd oficial eu acho, espero que saia logo, deixo aqui uma frase do camarada que faz esse negócio todo aqui: It is grind-core self-made by a real grind-core-fan. Mergulhe de cabeça sem medo e sem capacete.
http://www.myspace.com/humandiscountrecs

* Rancid Flesh / P N H – Split cd – Rotten Foettus

Rapaz, eu fiquei de cara com a banda do meu camarada Laerte, porra, me impressionou de verdade. O Rancid Flesh é formado por ele que faz os vocais e pelo Adriano que já tocou e toca em várias bandas da cena brutal natalense, ou seja o Rancid Flesh é um duo interestadual, e que união destruidora mermão. O RxF toca 10 sons aqui, pode arreganhar seus ouvidos pra destruição em forma de goregrind arrombar tudo que é pedaço do teu tímpano nojento e sujo. Gore GRIND, a velha pegada, a velha simplicidade, só que tudo com o aproach do splatter, o som Pathologcholocaust é um absurdo de bom o riff grind demorou uns 3 dias pra sair da minha cabeça cheia de fumaça, a faixa “Engorged with cancerous phlegm” começa com o baixo e batera, gosto demais da conta, da vontade de moshar. Sem mais, goregrind na forma mais virulenta e brutal, que fará os amantes do estilo se contorcerem de alegria, gravação fudida, suja e pesada, programação da bateria perfeita e pra fechar um cover do masterclássico “ Embalmed in Suphuric Acid” do For god your soul... for me your flesh, espetáculo. A outra banda é o PNH ou melhor, Pancreatite Necro Hemorrhagica, já tinha ouvido a demo da banda e gostei bastante, depois vi este split, porra fiquei empolgado pra caralho. O som do PNH, é revestido por uma couraça brutal e aterrorizante, imunda e desgostosa, a essência do splatter esta aqui até o osso. Eles também mandam 10 sons, é isso mesmo, mais goregrind até causar a sua morte seu maldito, não tem pra onde correr, este split cd está uma bomba de trocentos megatons, 2 ótimas bandas da atual safra do goregrind nacional. O PNH ainda manda um cover no mínimo inesperado, mas que eu adoro de muuiiiiiito tempo.... Vai meu sentir a garra de toda essa energia, e poder arrancar o seu próprio olho, isso é Olho seco, Seco, Seco, Seco... ficou muito bom, escutei unas 10 vezes, eita que eu já cantei muito essa porra bêbão. Pra finalizar, a arte está na medida, simples, mas na medida, sem muitos atrativos, não compromete a grandiosidade de ambas as bandas. Grande material este aqui, de duas bandas nacionais, lançado por um selo nacional, então não deixe catar sua cópia, você não se arrependerá.
http://www.rottenfoetus.com.br/index2.htm

* ISOYF / Foetopsy – split 7” ep – Goat Grind Rec

E a gangue mais sem caráter do underground nacional comete mais uma barbárie em forma de música. Os criminosos do Ispríto Santo torturam sua capacidade auditiva com 4 demonstrações de como se tocar deathgrind reto e fudido, empolgante, matador, assustador. Fico muito feliz em ver uma banda evoluindo para trás se é que você me entende, em vez de limpeza eles ficam mais sujos, em vez de soarem mais idôneos, eles ficam cada vez mais canalhas, em vez de técnica apurada, eles abusam da técnica para produzir violência, em vez do Dr Pig explorar sua capacidade vocal, ele arrota, urra, vomita e fica falando palavrões no dialeto suíno. O IxSxOxYxF é sem dúvida uma das minhas bandas preferidas se tratando de deathgrindgore, a produção mais uma vez caiu como um penis adentrando uma suculenta vulva umedecida, o som está pesadão e sujo, como tem que ser, tudo na medida. Gostei demais pra variar, os apreciadores do doentio e bizarro mundo da podridão agradecem, e eu me incluo nisso. Dando continuidade, os americanos do Foetopsy tocam 9 sons, eu nunca fui muito chegado, na verdade nunca ouvi direito, sei que tem alguns materiais lançados, mas nunca escutei com propriedade pra externar uma opinião. Neste split eles investem num goregrind com batera programada, meio quebrado, mas muito foda, com uma variação vocal que acho fudida, só não gostei da programação de bateria, artificial ao extremo, nem tanto pelo som, mais na velocidade explorada em alguns momentos, como nunca escutei os outros materiais não tem como eu fazer uma comparação, mas eu gostei deste material deles. A capinha veio caprichada, toda color, em papelão formato envelope, com encarte color, tudo muito massa. È isso, mais uma vez duas bandas legais, um ep muito foda, mas os I Shit on Your Face é deveras mais empolgante e violento.
http://www.goatgrind.tk/

* Dysmenorrheic Hemorrhage – A Tapeology of Grievous Traumas 2001-2003 cd – Goatgrind records

É com uma enorme satisfação que faço a resenha deste material, pois o DxH é uma das one man bands que eu mais gosto.Este cd é uma espécie de compilação de tapes e cd-r’s, tem só 79 sons, uma desgraça. Começando temos os 16 sons que saíram no split tape com Feculent Goretomb e Die Human Race que eu lancei na época da Vomitorium prod. Depois temos sons do split tape com Gynophagia, depois sons do split cd-r com Gross e pra fechar sons do split tape com Savage Man Savage Beast. Cara, o som do Dysmenorrheic Hemorrhage, é basicamente grindcore com temática gore, só que é muito bom, as músicas são muito boas, de verdade. As gravações são todas legais, apesar de diferentes e do carinha aqui, o Sr Kyle, fazer tudo e programar a batera, que por sinal é muito foda, muito mesmo. Cara, só escutando, é muito som, é muita brutalidade reunida, é muita coisa pra se ouvir. Goregrind como antigamente, mais voltado pro grindcore mesmo, sem nada de groove, nem nada mais polido e divertido, só a porradaria comendo e os arrotos brotando. A arte é simples, mas também é bem feita pacas, todas as informações e um texto legal do carinha que fazia o DxH ir pra frente. Ótimo material, bateu um puta saudosismo vendo e ouvindo isso. Certas coisas não mudam, o tempo passa o tempo voa e a poupança do splatter continua numa boa.
http://www.goatgrind.tk/

* Mesrine / Plague Rages – Split cd – Vários


Fudido este split. Começando temos os, porque não dizer veteranos do Plague Rages, já que a banda ta aí na batalha faz tanto tempo. Pra este split eles tocam 9 sons, e o ataque da velha escola do grindcore chega sem dó, sons brutos e curtos, vozes e gritos desesperados. Tenho gostado bastante dos últimos materiais que o PxR vem lançando, uma das poucas bandas que tocam esse som pais podrão e mais simples aqui pelo Brasil, espero que a banda continue essa jornada barulhenta. Eles ainda tocam uma versão para Intense Mortification do Impetigo, que ficou bem diferente, parece outro som. Dando continuidade temos essa maquina de tortura oricular canadense. O Mesrine vem com 8 sons, do seu conhecido grindcore made in canadá, que não está mais tão death metal, é como se eles tivessem querendo voltar a fazer algo que foi feito no começo da banda, aquele lance mais parecido com Dahmer e afins. De qualquer forma eu prefiro muito mais essa linhagem. A Gravação deles também ta foda. A arte ta bem feita pra caralho, quem a fez foi o cara do Praia de Vômito que manda umas coisas boas demais. Este split saiu por uma parceria de vários selos, vamos a eles, porque sem selos, não temos discos e sem discos eu morro. Rotten Foetus, Evil Mosh Crew, Black Hole, Aimless pro, The Hole, Detesto e Hatred. Por falta de opção é que você não vai pegar.

* Sacrilege – Time to Face the Reaper – Absurd Rec


Porra velho, fiquei de cara com este cd. Primeiro nunca tinha ouvido nem uma demo da banda aqui... e que banda em camaradinha. Acho que o Sacrilege não precisa ser apresentado, mas para os mais relapsos, esta banda inglesa, durante os anos 80 tocava um thrash punk...o som é muito thrash, mas ao mesmo tempo é muito hc liricamente e em muitas pegadas, e o melhor tempero, o vocal da Linda é muito foda, não tem nada de lindeza hehe. Este cd contem as 4 demos da banda, de 84, 85 e 86, as gravações são realmente muito boas cara, uma certa sujeira, mas é tudo muito bem acabado, com aquele jeitão inglês da época, uma mescla perfeita de thrash e hc, só que aqui o som é mais lento, lento se compararmos com Heresy, Ripcord ou Napalm né. Este cd foi lançado pela Absurd, e vem numa versão caprichada, com um encarte bem bacana, com muita coisa pra se ver e ler. Gostei bastante, recomendo.
http://www.absurd.com.br/


* Molestia – DNA – DT 2000

Estava procurando alguma
s tapes pra falar sobre, e quando vi o Moléstia peguei imediatamente. Pra quem não conhece ou não se lembra. Esta é uma antiga banda do Rio de Janeiro, e mandava um grindcore velha guarda com um tempero noise, muita sujeira peso e velocidade. A gravação é boa pra caramba, claro que estou falando de uma banda que gravou em 97, que investe na face mais feia e barulhenta da música, então nem pense numa coisa bonitona, muito pelo contrário, é uma ótima gravação de uma banda de grindcore de 15 anos atrás. Não lembro onde eu li que essa gravação era pra ter saído em cd mesmo, não sei porque não saiu. Essa tape foi lançada em 2000, eu acho, logo depois saiu uma versão em Cd-r, na época pelo selo/zine Carnificina grindcore, do camarada Marcelo (hoje ele tem o selo Carnificina records, que alias tem uma pá de coisa foda pra se catar). Se você gosta de ser conquistado pela podridão e pela desgraça, se você é um admirador do grindcore, se você gosta de sujeira, velocidade e um amontoado de riffs fudidos e urros escrotos, este material é pra você. Não sei mais nada sobre abanda, perdi o contato no começo da década passada, realmente não sei onde foi parar a galera. Não sei se existe a possibilidade de alguém pegar esse material hoje em dia, mas é bem mais fácil do que já foi, e vale a pena o esforço, os 28 tiros calibre grindore farão valer cada minuto perdido a pena.

* Sublime Cadaveric Decomposition / Infected Pussy – split tape - 1997 Este é o primeiro registro dos franceses SCD, desta formação o único que ainda está na banda é o vocalista Seb. Aqui a banda toca o velho goregrind, com muita influência de grindcore e alguma coisa de death metal, mas a sonoridade é aquele splatter mais grind mesmo. Tudo é sujo e ao mesmo tempo a produção é ótima, pelo menos se formos analisar que é um split tape. Quando eu ouvi esta demo, foi amor a primeira ouvida, achei o logo um dos mais belos que tinha visto (ainda acho), tudo muito brutal e simples, vocais enlouquecidos, guturais e berros, músicas muito legais, que ficam na memória, que você escuta e abre o sorriso. Tem 5 sons gravados para este split, logo depois tem uns sons ao vivo, a gravação ao vivo não ta lá essas coisas, mas da pra ver que eles na época destruíam (devem destruir hoje também né), enfim, é só colocar o fone que da pra ouvir fazendo careta. A Outra banda, o IxP é do Sr. Necrophil, tenho uma história divertida sobre ele, acho que nunca contei pra ninguém, só pros caras interessados, mas assim que eu vi o split tape, me lembrei no ato. Esse cara, o Necrophil, tinha um selo chamado Necrophil Rec. E fazia (não sei se ainda faz) o fudido Impaired Zine. Bom um certo dia recebi uma carta dele (por conta do Feculent Goretomb), trocamos uma ideia... bom eu disse que achava o Infected Pussy bem ruim, logicamente ele ficou puto e o contato morreu. Logo depois eu vi uma resenha de um split nosso (Feculent Goretomb) no zine dele, ele esculhambou o Feculent, agora vou dar o troco haha... Sacanagem e nostalgias a parte, continuo achando esse material do Infected Pussy uma porcaria. Eles tentavam ser divertidos e tocar um noise porn fun ou algo parecido, tem guitarras acústicas, umas intros, muitos gritos dos mais variados jeitos, mas é ruim mermão, porra que coisa ruim. E eu já achava isso antes dele esculhambar o Feculent. Esta tape inclusive foi lançada pela Necrophil Rec. Mas só o SCD se salva, o Infected Pussy aqui ta uma bomba. Me disseram que o som ficou legal depois, não tive vontade de ir atrás, mas um dia quem sabe.

* Violent Headache / Psychoneurosis – Split Tape 1995

Realmente acho o formato “split tape” um dos mais legais quando o grindcore é o centro das antenções. Neste split temos 2 clássicas bandas, que eu gosto muito. Começando temos os Espanhóis do VxH, grindcore velha guarda, com sonoridade, produção, chiados, microfonias, e o terror sonoro que só a velha guarda proporciona. Eles tocam 14 sons gravados em 94, sendo 3 covers, Mierda, Doom, Cause for Alarm. Nem tem muito pra falar, estes sons ainda são da fase bem do começo, onde o carro chefe era a demo Therapy of Noise e alguns splits 7” ep’s, então só é indicado para os ouvintes que já sofreram e aprenderam a degustar tudo que a poluição sonora possa oferecer. A outra banda é bem mais desconhecida, apesar de ter um monte de split fudido. Esses poloneses, nunca produziram muita coisa (alem dos splits), alem desta tape tenho apenas mais outra tape, com o Lunatic Asylum. O Som é basicamente grindcore, só que achei o lado deles neste split tape, muito mais empolgante que o VxH. Temos 11 faixas gravadas num ensaio, e como o som é bom cara, parece que você vê a capinha, pega na fita e já espera esse tipo de sonoridade... ooowww saudade. Parece que saiu uma discografia da banda em 2007, queria demais pegar isso, mas nunca vi em canto nem um. Outra coisa, minha tape tem na capa o selo HFN da Espanha,, procurando na net eu vi uma outra capa (sem ser amarela como a minha) que tinha o selo TDT, isso não muda em nada o comentário, só um fato curioso. Cara, a receita é a mesma, gosto demais disso tudo, de todo esse clima, de como eu consegui essa tape, de ver a capa xerocada em papel amarelo, de ouvir o que o grindcore foi uma certa época, e espero que pela aversão as plastificações das cenas volte a ser.

* Grossmember – Blind Mass Consuption – MC 1998

A Polônia tem uma cena foda demais quando o assunto é barulheira. Esta tape do Grossmember, tem a audácia de ter 36 faixas, porque audácia? Porque é muito bom mermão, vai se lascar. Grindcore reto, bruto, cru, escroto, urrado, pesado, imundo e isso tudo esparramado nestas 36 delícias pustulentas. Acho que a maioria aqui já conhece a banda, mas pros mais desavisados, o Grossmember é, ou foi, uma importante banda na cena polonesa nos anos 90 e comecinho dos 2000. A banda lançou splits maravilhosos, e conseguiu lançar um full álbum pela Bizarre Leprous em 2002, logo depois aconteceu um espisódio foda, o líder da banda guitarra e vocal Jerzy morreu, e a banda morreu junto. Outra informação para os nerds grindcoreanos, o Jerzy era editor de um dos melhores zines que falavam de grindcore que eu tive o prazer de ler, o falecido porém cultuado Analphabetic Journal, chegou a ter resenha do Feculent Goretomb numa edição que não me lembro. Esta tape é um dos melhores registros da banda, ainda trazia traços do noisecore do início, mas o grindcore 3 notas e cheio de densidade é o carro chefe. Temos covers diversos, e participações no studio da nata da cena polonesa, de gente do Incarnated, Neuropathia e Squash Bowels (imagina essas bandas nessa época). Banda muito boa, sons foda e uma MC bem caprichada lançada pela Extreme Terror Prod.




* Zoltar – The L
ord – DT 1996

Sempre se fala em injustiça na música e essa coisa toda. Bom se me perguntassem se alguma banda teria sido injustiçada, com ceretza eu falaria que o Zoltar merecia uns registros a mais, se é injustiça daí já não sei, mas eu queria pelo menos um disco, ahhh como eu queria, na verdade tem até um cd , que saiu em 2002 pela Tumba, mas tem apenas 5 sons, o resto são bônus das demos, inclusive desta que falarei. Esta demo é uma das melhores que já ouvi quando o assunto são demos nacionais. Tenho quase certeza que a alguns iriam achar chato e sem graça, poderiam falar: ah é só um death metal simples, meio thrash, sem nada alem. Aí é que ta, é simples sim, death metal sim, algumas palhetadas thrash... porra, mas que palhetadas, que riifs, que andamentos, que energia, que pegada. Me lembro de Massacre imediatamente, alias me lembro de uma porrada de coisa, uma porrada de coisa velha. The Lord, tem apenas 3 sons (o que é normal pra uma demo de detah metal né), a faixa Impaler é um clássico, dessas que se você ver o show vai cantar e banguear até cair no chão bêbado. Esta demo ainda trás o primeiro logo, depois o Belga criador de logos mais famoso do mundo fez o logo deles, acho que foi ele, se tiver enganado, foi mal, mas não vou procurar a segunda demo pra conferir. Queria um Lp do Zoltar, contendo os 3 sons dessa demo claro, muito bom isso aqui, da vontade de beber, pena que eu to parado.


Finalmente, chegamos ao final de mais uma edição. Valeu a paciência de ler até aqui, só vou esclarecer algumas coisas para poupar meu tempo e o seu:
1. Não respondo e-mails anônimos, mesmo que dê uma vontade fudida.
2. Não vou upar disco nenhum.
3. Não faço a menor ideia de quando vai sair outra edição, mas ela sairá.

Cuidado para não ser levado pelo morro desfigurado em água.
Cuidado para não ser roubado quando for comprar os livros / material escolar dos seus filhos (é mais fácil Jesus voltar do que você não ser roubado).
Cuidado para não ter muito cuidado, afinal de contas a vida é perigosa mesmo.

Queria colocar aqui uma letra que externa bem o que eu tanto penso, tanto falo e o porque de eu ter a esperança quebrada (qualquer dia tenho que falar do Broken Hope)
http://www.youtube.com/watch?v=X5ra5-rAoH0

Early man walked away; As modern man took control;
Their minds weren't all the same; To conquer was his goal;
So he built his great empire; And slaughtered his own kind;
Then he died a confused man; Killed himself with his own mind.
Go!
We're only gonna die from our own arrogance.
We're only gonna die from our own arrogance.
We're only gonna die from our own arrogance.
We're only gonna die from our own arrogance.
We're only gonna die from our own arrogance.
We're only gonna die from our own arrogance.

Ahhh esse disco é de 81... faça as contas aí, a esperança é a ultima que morre?? Então acho que ela vai viver mais do que a espécie humana.

E para celebrar o fim do mundo, nada como uma festa:Já agradecendo as pessoas que enchem o saco (no aspecto positivo) por causa do Feculent Goretomb, acho que as vezes nós não damos o valor merecido... mas isso não vai mudar mesmo então foda-se. De qualquer forma, obrigado as pessoas que sempre lembram, sempre perguntam e sempre falam coisas legais, valeu mesmo.

Este post foi postado depois de uma longa, turbulenta e preguiçosa jornada. Sem correções e muitos perigos como: dragões de 7 cabeças, domésticas assassinas, mosquitos mutantes, ervas mofadas, remédios vencidos, insônia as fuck, Rugal Hackeado, irritação do Sr. Melkor, contas extra terrenas, e uma série de inimigos astutos e rasteiros, mas foi postado. Escrevi isso ao som de uma porrada de coisa, porque demorou tanto, mas tanto, mas tanto... vou colocar apenas o som ouvido durante o final do post que é:

Hemdale - Rad Jackson, aí ele acabou...





e eu coloquei o Intestinal Disease – Couting the Damage.





E acabou, aí eu cansei de colocar o resto aqui....

Nos vemos em breve, ou não, mas nos veremos algum dia.O fim está próximo e não estou falando da Gig do dia 18 de fevereiro. O Colapso é Real e Iminente.

Cheers
All we need weed!
Vomit

7 comentários:

  1. Excelente... bem legal... pra falar de música extrema não precisa pagar de meninão malvadinho, curti exatamente pq vc não fez isso... direto, reto e sem falar merda... perfeito.. abs!

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  2. Massa, Vomit, aguardo as próximas atualizações.
    Abraço.

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  3. Só uma ressalva: Patisserie é do Japão de uma cidade chamada (sem putaria) Chiba...aheuhuahuheuhae

    o resto: perfeito.

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  4. Aê , digitou pouco mais digitou bunito!!!
    Fazia tempos que não lia algo que atentasse minha visão, pra ser sincero a ultima vez foi o penultimo post que voçê cometeu.

    Concordo que o nosso Grindcore de cada dia se limita a passar menssagens apenas pra nos, um protesto feito nas madrugadas longe de todos, onde não possa incomodar ninguém, sem contar com os "amigos" da cena que curtem mais o ruido/barulho e não sabem o que a letra tenta passar, e mesmo se fosse acessíivel a todos durante o dia e tals, as pessoas não entenderiam o possivel protesto.

    Como nem tudo são flores, protesto contra a sua observação da banda Vaginus no 3-way mcd, porra o som não é lá essas coisas, mas eles estão criando uma faiska do que será o Pornogrind made in Ceará, posso ta falando besteira mas, a Vaginus é um bom começo. Gostou das intros? se quiser te passo uma copia do filme "A Mafia Sexual" do locão do Sady Baby.

    Falando em filme, faltou umas resenhas de filmes, aquele que te enviei o "Hospital da corrupção e dos prazeres" seria uma boa.

    Já tô sendo metido demais.. hehehe
    valeu por:
    Ampliar a minha visão.
    Postar(lembrar) as tapes.
    Mais uma gig do Feculent Goretomb.
    E por tentar fazer isso sair impresso(Zines de papel till death)pelomenos é um começo.

    Grindabraço!!
    Triturador secão da E.D.T

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  5. Massa as observações mermão...

    Valeu por ler, escrever, concordar, dis-cordar... mas principalmente ASSINAR.

    Valeu pelas palavras de uma forma geral, sobre os filmes... eles voltarão...

    E sobre o Vaginus, espero que você esteja certo(brincadeirinhaaaa)

    Nos vemos no Fim do Mundo

    Cheers!

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  6. Sempre genial, eduardo! sempre genial!
    gostei muito do texto inicial, me lembrou aquela música do ornitorrincos: "Devemos Fazer Músicas Sertanejas Para Atingir as Massas?" hehe.

    Ao mesmo tempo, é aquela coisa né? é uma das maneiras que encontramos de resistir, de não deixar dominarem nossos pensamentos, colonizarem as nossas escolhas. A gente sabe que vai fracassar, mas pelo menos fracassaremos da maneira que escolhemos viver, né? Gosto muito desse tema, espero ler você falando mais sobre isso no futuro.

    ah e é claro, o barulho é bom demais! hehe.

    abração!
    Poney

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  7. Valeuuu pelas palavras thunder... nos vemos em abril mermão.

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