quarta-feira, 19 de maio de 2010

Este dia sempre chega...

Primeiro post do ano... as vezes não me acostumo, é como se pra mim isso fosse a primeira edição do ano, uma edição de um zine qualquer, ostente o conteúdo que ostentar. A maior diferença é que eu não tenho que diagramar nada (apesar de dar um trabalho dos diabos, pelo tamanho das postagens, quantidade de imagens, uma certa limitação virtual pra tentar deixar com um visual legal e isso tudo), nem gastar nada, nem me aborrecer com nada, nem atrasar muito (mentiroso!!!!!)... enfim, escrever em um espaço virtual, que eventualmente se tornou num e-zine, webzine, blog zine ou qualquer porra do tipo, é 1000 vezes mais cômodo.

Sabe qual é o único problema: o tesão JAMAIS será igual. Mesmo o processo de criação sendo muito semelhante, os discos (que não são virtuais), resenhas, ideias, loucuras, conceitos, viagens... mas ver aquilo tudo num papel, num formato livre, onde se pode carregar pra qualquer lugar e ler, e emprestar, e bater cópia, e rasgar uma página e fazer um canudo pra dar um tiro, e queimar se tiver afim.... ninguém pode emprestar um espaço virtual, ninguém pode anotar um numero de uma gatinha ou de um cara boa pinta num espaço virtual, mas no momento, eu só disponho dele.

Querendo ou não, internet hoje é mais fácil do que droga, tem pc mais barato do que roupa, tem cyber/lanhouse em tudo que é esquina, e a divulgação alcança proporções muito maiores, digo até espantosas se tratando de um conteúdo tão restrito e direcionado como o do Vom.It.Youself, fico contente (feliz é meio forçado) quando realmente alguém pode aproveitar ao sugo todas as analogias, piadas, críticas, dicas, lembranças, loucuras, lombras, alfinetadas...sei que esse número é realmente resumido, até porque ninguém pensa igual, nem conhece e gosta das mesmas coisas, mas é meio confortante ver que não existe apenas um nerd junkie grindeiro no universo.

Então mermão, já que minha vida sofreu a maior guinada de todos os tempos, já que não tenho previsão de voltar com o Demência zine tão cedo, e que minha única arma para espancar certas coisas e acariciar muitas outras é esse espaço virtual... vou vomitar tudo que eu puder, ser digno dos maiores xingamentos, cuspir todo o veneno, gargalhar todo o cinismo, compartilhar toda a fumaça tóxica, mostrar o caminho da desesperança e finalmente ficar iludindo os leitores até o dia tão esperado colapso, pois ele é iminente e é a única salvação, lembrem-se disso.

2010, quase meio do ano... vida nova... papo furado, na verdade a vida (a minha) vai ser diferente, bem diferente, e espero que os traços de felicidade que normalmente percorrem nossas esquinas, façam plantão pelas minhas... mesmo que os zumbis se levantem e as bolas de fogo caiam.

Continuem respirando, as esperanças, utopias, ideologias e ingenuidades variam de cabeça pra cabeça... minha arma (e meu prazer) é o underground e tudo que o circunda, uso muitas coisas como escudo, não sei qual é a sua arma muito menos seu escudo... mas a resistência (seja como você a interprete) sempre fará parte da minha estrutura celular, ela é meu combustível... e o mais triste disso é saber que o mundo como conhecemos hoje só se transformará de verdade e ficará livre no dia que o colapso acabar com todos os reflexos de todos os espelhos, independente da nossa tão amada, querida e romântica resistência...

Então vagabundagem, façam o que suas porcas e doces mentes permitirem, abusem da arte, da contra-cultura, do prazer, do conhecimento....protestem, produzam, contra-ataquem, desorganizem, destruam, batam, apanhem, trepem, incomodem, plantem erva daninha, façam muito barulho, assistam desenhos animados, leiam hq’s. joguem vídeo game, atirem, usem a munição que desejarem, as armas que puderem... matem, matem, matem... ou simplesmente passem o tempo tomando sorvete, fumando 1 e vendo os Goonies ou o Enigma da Pirâmide ou De Volta para o Futuro!!!

Cheers

Up the Grindcore Lovers and Weed Smokers...

P.S - Estava vendo o myspace do Archagathus, só pra checar a porrada de lançamentos que eles tem (hummm acho que o Agathocles é uma má influência neste aspecto)... daí eu vi umas coisas estranhas, não estranhas, mas um pouco exageradas... parece que todo mundo quer imitar todo mundo, parece que aquele lance de imitar logo's está se tornando uma coisa “cool” demais, sei de todas as bandas Dis de antigamente, ou de agora... mas o lance que me atentou é que o grindcore nunca foi tão visado neste aspecto, mas só nesta visita no site do Archagathus, eu vi 3 logos imitando o de outras bandas, ROT (Rust), Agathocles(L.T Dan) e Carcass(Arroyo)... fico me perguntando se a linha que difere a homenagem da falta de criatividade não é tão frágil, claro que muita gente já fez isso, muitos nomes antigos já foram “clonados” sonoramente, esteticamente e até nos seus logos, mas a MINHA opinião é a seguinte: Em um material específico isso funcionaria até demais, numa espécie de homenagem por completo, até simulando uma capa ou o nome de algum disco, mas adotar o logo de uma outra banda pelo simples fato dela ter um certo status de cult, acho realmente uma falta de criatividade imensa. Desperta a curiosidade, claro que sim, mas quando se vai ouvir... a decepção é certa na maioria das vezes. Temos casos bem específicos, não to dizendo que isso é uma regra, só que se algumas bandas fossem boas isso jamais viria a ser exposto aqui, não dessa forma. Peguemos o War Victims da Suécia por exemplo, é somente mais uma das 3567 bandas que imitam o logo do Discharge... mas como diria meu amigo crustie de longa data Jorge Matagato... o War Victims é foda, ainda não escutei com propriedade, mas ele é o cara certo pra falar. Então ninguém percebe que o logo é somente mais um clone, o único problema é que neste um zilhão de bandas a esmagadora maioria, chama mais atenção pelo logo clonado do que pelo som mostrado.

6 músicas

1 – Ancient – Liliths Embrace (http://www.youtube.com/watch?v=gWGgSsHTdHk&feature=related ) esse som é perfeito, gosto de verdade, mas esse vídeo é extremamente divertido... quando eu digo que o black metal na sua essência é puro teatro ninguém acredita... duvido alguém ir pintado de urso panda pagar uma conta no Bradesco meio dia e 37... ou colocar o spike, corrente e uma tocha de fundo e lavar o carro... ou passear com o cachorro segurando uma espada, um machado ou uma carabina (e não venham me dizer que guerreiros do metal negro não tem bichos de estimação... eu sei que tem) então, pra mim é tudo teatro, pose ou qualquer coisa assim... mas não acho ruim não, faz parte, é uma questão cultural já, se empiriquitar todo, e isso já vem muito antes de qualquer filho do Bathory... corpse paints rulez, mazelagem com armas medievais rulez... couro, cabelo na cara, sobretudo no nordeste e armas de fogo rulez, rulez rulez... mas que é ironicamente engraçado ahhhh se é.

2 – Fall of Efrafa ( http://www.youtube.com/watch?v=wLZVNf6gQL0&feature=related ) nem só de velocidade e violência vive o homem.

3 – Celtic Frost – Circle of the Tyrants... taí o Obituray tocando isso em 1990, assim eu homenageio as 2 bandas que eu amo ( http://www.youtube.com/watch?v=v3AkDheosmg )

4 – Tyrant (swe) – Go Ahead Raise the Dead ( http://www.youtube.com/watch?v=KohxsVtuXDw ) viva o death metal sueco de todas as épocas.

5 – Flagelo – Ódio ( http://www.myspace.com/flagelothrash )... ahhh e antes de pensarem em modinha retro e o caralho... eles já faziam isso quando todo mundo tocava thrash ??? com bermudinha e gorro. Bons tempos os do Cine Paladium, um cinema pornô no centro de Fortaleza que aos domingos rolavam uns shows, foi uma das primeiras vezes que vi o Flagelo na metade dos 90.

6 – Dead Infection – Flying Shit in the Other Space (http://www.youtube.com/watch?v=mY-yl_s7930 ) O Jaro tem voz de javali... ele é o melhor de todos os tempos do DxI

6 coisas que atentaram minha visão

1 - Fogos de artifício, estrelas, luzes, brilhos, gotas, sons... e muito mais mesmo estando de olhos fechados...uma espécie de overdose de endorfina.

2 – Die Welle ( A Onda) ( filmaço... enredo meio adolescente, mas muito foda) http://www.youtube.com/watch?v=eMVMIHoyFXg

3 – Trainspointtig (visto de outro jeito...) http://www.youtube.com/watch?v=XDcMpIoXxp0

4 – Coleção Grandes obras do pensamento universal – Editora Escala (muita coisa boa, edições simples, mas bonitinhas e um preço que cabe no bolso de qualquer um, ótimo para presentear ou completar a sua coleção) http://www.escala.com.br/grupos.asp?grupoid=57&categoriaid=218&te=0&oe=2

5 – O Marduk ao vivo parece o fim do mundo (world funeral hehe)... eles poderiam tocar no dia do Colapso. Show fudido da porra, depois que eu vi o Marduk o black metal até onde eu conhecia perdeu a graça, podem dizer que é black ideologia, black atitude, black way of life, black qualquer coisa, menos black METAL. Ahh também foi legal o lance da tensão, mó clima gangue, warriors, honra, vingança, adolescente... pensava que ia rolar um The King of Fighters turbo mode on hackeado. Mas tudo acabou bem, exceto pela minha visão com relação ao black METAL. (http://www.youtube.com/watch?v=w8q-8hNK-NM )

6 – Ver as pessoas que praticamente criaram uma cena em Fortaleza ainda se mantendo na resistência... meio na obscuridade, mas na resistência sempre.

6 coisas odiosas

1 – Saudade dos meus filhos

2 – O fim da Sound pollution ( http://www.sound-pollution.com/ ) e mais uma porrada de selos que estão fechando suas portas ou diminuindo drasticamente seus lançamentos... é isso ae... entenda como quiser.

Diálogo de uns grindeiros há alguns anos antes:

- Chico Napalm – Porra velho vem aqui em casa hoje pra gente fumar 1, trás o ep do Rotting Flesh, aquele Lp 10” do Tumor que acabou de sair e mais umas tapes.

- João Carcass – Vou Sim mermão, cara recebi uma tape duma banda nova chamada Warsore, é infernal, levo aí também.

Diálogo de uns ???????? (grindeiros nunca) nos dias de hoje:

- Tião Cyberpornannihilation E ae meu camarada, vem aqui em casa hoje pra gente tomar uns goró, traz teu Ipod, e coloca umas 100 bandas nele pra gente ouvir superficialmente e não se lembrar de nada no final.

- Zé Gorecybergrindterror – Podeixar, vou levar muitas coisas raras, de selos nacionais e importados e umas demos de umas bandas novas que eu pego de um mané que compra e ripo pra mim.

(por favor...isso é uma brincadeira genérica e exagerada, se alguém sentir-se ofendido... ótimo, não dou a mínima)

3 – Depressão + refluxo + insônia + Icos ( http://www.youtube.com/watch?v=DuUR2PmiUfs ) + falta de erva medicinal

4 – A Conquista do Bostaleza em cima do meu querido porem arquejante Ceará Sporting Clube.

5 – Manifestos de Internet – Cada um faz e manda o que quiser né, mas poxa mermão, ta parecendo menino de 10 anos enredando as coisas pra professora, no metal extremo tem mais policial do que no “estado”. Ahhh eu estudei no Marista, fiz primeira comunhão, vi um clip do Mortification na death is just the beginning, e trabalhei numa ONG chamada Der Klain Nazarene... vão dizer que eu sou discípulo da madre Tereza ou algo assim, vão se fuder. A galera devia ir matar seminaristas, noviças, diáconos, pastores, queimar igrejas e eletrocutar os white shit e não ficar nessa ondinha de detetive... se for pra falar, chega na cara e fala... e de preferência só, porque esse lance de gangueiro ta foda, gangues do black metal, black metal warriors...ops, Guerreiros do Profano Metal Negro.

6 – A incompetência, falta de vontade ou qualquer coisa parecida das editoras nacionais (mais precisamente da HQM) para com os leitores/clientes/seguidores de HQ’s... não tem como não gostar / baixar scans, se eu fosse depender “deles” para poder colocar na estante, ou conhecer o decorrer das tramas eu morreria antes.

Queria Compartilhar esse Beck com:

Todos que de alguma forma ainda preservam o aspecto contra-cultural na parte mais artística da coisa, um disco sem capa é uma maconha sem THC.

Todos que usam a tecnologia para facilitar a vida dos viciados no underground, quer upar discos que ótimo, mas upa pelo menos junto com o encarte pra gente (os que gostam de ouvir som olhando o encarte sentado na poltrona tomando café e fumando) imprimir e colocar na estante, eu jamais colocaria a porra de um hd na estante, então não custa nada colocar o encarte completo né.

Todos que estão usando a tecnologia para relançar coisas em formatos MUITO bons, em todos os aspectos, se não fossem eles eu não teria acesso a materiais bem feitos, principalmente na parte gráfica, pois escutar um som como Smegma ou VNA olhando um encarte ou uma arte decente é bom demais (ta eu sei que minhas fitas sem nome me supriram durante anos). Ahhh quem lançou foi a Sonoros Records do camarada Rodrigo Romanin, que há um tempo vem fazendo isso ( http://www.myspace.com/sonorosrecords ). Outro que ta na mesma vibe é o camarada de longa data Glésio Torres que trocava umas tapes comigo um tempão atrás, ele já me mostrou umas capas, vai vir muita coisa desgraçada. E quem mais fizer isso, lançar coisas, preservar o lance das capinhas, da parte física e usando a tecnologia pra isso ou fazendo com recortes, colagens... enfim façam capas e encartes...

Esse baseado death metal parecido com o Left Hand Path vai para todos vocês... lancem coisas, upem coisas, produzam coisas... mas coloquem encartes, capas, contra capas, letras e o caralho mais que puderem...lembrem -se que a música é só uma extensão de todo um contexto artístico (ou dis-artístico), cada material lançado ou produzido tem um conceito por trás: ideias, imagens, letras, falta de letras, capa, tudo, tudo é uma coisa só que se personifica nasica.

Queria que fosse enterrado vivo:

Os mesmos líderes de sempre, os que fazem a nossa Matrix ser tão tentadora e fálica, os que nos enganam e nos fazem pagar e aplaudir pela nossa própria ignorância e desgraça.

Os que riem da nossa rebeldia, os que se divertem com as células do terror... os que armaram o circo, os que protagonizam este espetáculo que já vem dando certo por gerações incontáveis.

Me chamem de conformado, de derrotado, de passivo... quer realmente fazer uma revolução... quer realmente livrar o planeta das mazelas... então se mata, nós somos o vírus, nós que propagamos o que não presta, nós somos a munição dos criadores da ordem...o suicídio coletivo é a verdadeira revolução... o colapso é iminente.

Não vou me matar, pelo menos hoje não, prefiro amaldiçoar os donos do mundo...


Nesta edição, meu amigo James baixista/vocal do Facada... apreciem... ou não.
Disco bom é aquele que você diz: CARALHO, sem nem perceber vc já está dizendo: CARALHO...então vamos a eles:

DEATH METAL

The Key – Nocturnus
Esse disco é muito foda, tem uma das melhores duplas de guitarristas que já escutei. O batera não é lá essas coisas, mas é o Mike Browning que já tocou no Morbid Angel, daí fico meio assim de falar mal dele, até por que ele faz os vocais tbm, mas ele faz a função dele e combina perfeitamente com o estilo da banda. Muitos riffs elaborados sem ser chato e com um punch escroto que dá vontade de escutar de novo. Ainda tem um tecladista que SABE mesmo fazer clima e fazer uns barulhos Sci-fi nos sons. Fiquei tão feliz quando eu aluguei ele na antiga King Video na Santos Dummond (pq lá tinha MUITOS discos importados p/ alugar...) e realmente não acreditava que tava escutando aquilo em casa. Um dos melhores discos de death metal, com certeza.

Legion – Deicide
O melhor disco do Deicide, um dos melhores de todos os tempos. Esse disco é totalmente diferente dos outros discos deles. Acho que definiu muito o estilo na época que foi lançado: técnica, rapidez e brutalidade. Me impressionou bastante e não parava de escutar essa porra (SATAN SPAWNNN THE CACO DAEMOONNNN). Sou fã do Deicide, e adoro muitos os outros discos, mas esse disco tem um lance especial...é um disco do Deicide que eles nunca mais repetiram, como uma fenda no tempo, saca? E realmente, NUNCA escutei eles tocando esss sons ao vivo, acho que o Glenn Benton não se garante...aheuhuahuhe

Indecent and Obscene – Dismember
Eu sempre dizia que o melhor disco do Dismember era o Like an eveflowing stream (que já é uma porrada), mas esse...esse é foda...é só DEATH METAL. Não tem um som paia, já começa logo do jeito que deve ser o DM: gritando e chibata comendo, palhetadas e palhetadas. Não tem clima, é DM sueco da melhor qualidade, é o tipo de disco que não dá p/ dizer qual música é melhor, ele tem que ser digerido inteiro, a experiência completa do usuário. Não dá pra tirar uma música, tem que ser ouvido de cabo a rabo.

Cross the Styx – Sinister
A discografia do Sinister é bem extensa, mas juro que só gosto desse e do 2o., Hate. Mas pow...esse Cross the Styx é um clássico melhor do que a discografia inteira deles: Sabe aqueles CAN CAN CAN de guitarra que vc curte ouvir, aquele peso fudido, grosseiro...poizé: tem de sobra. Os guitarristas abusaram de riff foda nesse disco, o vocalista é animal (kd esse bixo hein? na época o vi c/ uma camisa do nirvana e dizia que ele era viado...aehuhaue), uma das melhores gravações que acho, disco perfeito e talvez com os melhores títulos de sons que já peguei. É esquisito, mas adoro esses nome de música de death metal c/ 2 nomes, parece mais inteligente: Spiritual Immolation, Compulsory Resignation, Perennial Mourning...até a intro é foda: Carnificina Scelesta.

Symphonies of Sickness – Carcass
Todos sabem do meu amor incondicional pelo Carcass, principalmente pelo seu 1o. disco ( http://www.fotolog.com.br/666discos666/7878332 ), mas como eles tem um disco p/ cada estilo, esse disco é um dos melhores do death metal. O Bill Steer é um visionário e criou vários estilos que você ouve hoje em dia e pensa: Uau, esses caras são foda. FODA é o Bill Steer (sabe quem foi a 1a. pessoa a baixar a afinão pra ficar mais pesado?). Do Reek pro Symphonies os bichos "evoluíram" como músicos e lançaram outro clássico (mas a magia do Reek tá lá...). Em um dos documentários que acompanham os relançamentos da relapse, eles falam que o Reek é um disco de Death Metal, mas como os bicho tão véi e não sacam do que acontece, vou dar um desconto. O Symphonies também é daqueles discos que não tem um ponto alto, o ponto alto é o disco todo. Da capa, das letras...tudo. A gravação grosseira, produção do Colin Richardson e as músicas...ahhh as músicas...é como um lindo dia de sol no necrotério. É rápido, tem riff que faz você fazer cara feia, fazer chifre, riff que vc volta p/ escutar de novo de tão massa...É bom escutar ele, de novo, de novo e descobrir coisas que vc fica naquela: será que tem isso mesmo? (sabia que tem um tecladinho na swarming vulgar mass of infected virulency, vomit?). Fora as letras que influenciaram toda essa cambada gore que tá aí. Foda que só 5 disco é de lascar, ficou faltando mais um bocado de coisa p/ colocar de cortar meu coração, principalmente pelo Spiritual Healing do Death que me ensinou muita coisa...mas é isso aí.

DEMO | Sanctifier
Melhor demo de Death Metal de TODAS.

BLACK METAL

Opus Nocturne – Marduk
Sempre que eu ouvia os black metal naquela época não gostava tanto, talvez pela gravação diferente ao que eu era acostumado. Mas quando ouvi esse disco, Satan abriu as portas pra mim. Era a coisa que eu procurava e o que o Black Metal prometia: blasfêmia, rapidez e maldade. O batera nesse disco ESPANA. Nunca tinha ouvido um cara como ele nessa época (as "pratadas" que ele dá nos sons são animais). Só ouvindo p/ saber a ignorância. Logo depois eles mandaram o Panzer Division, que eu acho melhor gravado, mais conciso inclusive, mas esse tem aquele gostinho da 1a. impressão, de ficar impressionado e de querer chegar em casa p/ escutar. Recomendo. P.S.: a intro é de arrepiar os cabelo...

Tol Cormpt Norz Norz Norz - Impaled Nazarene
Até me pergunto se esse disco é de Black Metal, pq tem uma estética diferente, tem algo de grindcore, um pouco de death metal...mas, na sua essência...é SIM \,,/ Esse disco é odioso. TUDO. As intro são foda, muito bem gravado. Os finlandeses lançaram o Ugra Karma na sequência que acho muito foda tbm e tem a melhor música deles na minha opinião (Kaly Yuga), mas esse disco é FELOMENAL inteiro. É muito original (junto com o Gods of War do Blasphemy) e tem uma atmosfera estranha, esquisita, que talvez apenas nesse disco eles conseguiram dar. Não escuto esse disco perto da minha mãe nem a pau. In Nomine SATANA.

De Myste
riis dom sathanas | Mayhem
Achava massa essa briga do Mayhem e do Burzum. Mais pelo mistério que isso envolvia, essas escuridão que é a falta de informação. Escutei Burzum primeiro, mas o Mayhem é bem melhor. Esse disco é muito original na sua proposta e ditou o que a galera começou a fazer depois. Ele como os outros discos de black metal que coloco aqui, tem aquela atmosfera RUIM que todo bom disco de BM tem que ter: desesperança, raiva...uma nuvem negra que paira sobre você quando escuta. É isso que eu sinto MUITO qdo escuto esse disco. O vocal me pareceu estranho no começo, mas depois vi que era a junção perfeita. Gravação boa, riffs lentos com bateria muito rápida.

Vempire | Cradle of Filth
Muita gente vai dizer: égua Cradle of Filth, mas esse epzinho deles é uma das melhores coisas. o CoF fundamentou as bases do BM Sinfônico, que é uma merda de tão chato que ficou depois. E hoje o CoF é uma bosta mesmo, mas nesse disco eles conseguiram fazer um disco foda. Talvez por ser apenas um Ep, não é chato de escutar. O batera é o Nicholas Barker, o que já é um adianto da porra. As músicas são realmente muito boas, apesar de não ser um Black Metal Sangue puro (hehehhe...), o escutei bastante.

Det Som Engang Var | Burzum
Acho massa como o BM pode ter diferentes variações. E esse disco é uma delas (assim como o Mayhem) tem uma atmosfera estranha, a gravação é estranha, os vocais são estranhos, mas é um ótimo disco. Tá tá...o cara lá é um doido, filhodaputa nazi do caralho, mas eu não posso negar que escutei MUITO essa porra. E gostei (e gosto) bastante. Tem as coisa ruim que você e eu adoramos. E ainda coloquei ele aqui, p/ ainda rolar essa treta entre o Mayhem...aheuhuaue

Gods of War | Blasphemy
São só 5 discos, mas eu não poderia deixar de colocar aqu
i o Blasphemy, apesar de TODA discussão por que ele na sua essência musicalística é um disco de Grindcore. É um disco animal. completo. Acho que grosseiro seria a palavra ideal p/ defini-lo. Não poderia deixar o bixin de fora. Até por que quando escutei, me assustei bastante com ele. Era uma coisa nova, estranha, enquanto todas as bandas que escutava estavam pipocando saindo em revistas e zines...nunca tive muita informação sobre eles, então era aquela névoa do não saber que me assustava bastante. Na verdade, muitos discos da Osmose, me assustavam bastante...hehehe. Ficou faltando o Worship Him, que gosto MUITO, mas tô com preguiça de escrever agora.

DOOM METAL

Forest of E
quilibrium | Cathedral
A galera escuta Electric Wizard
e o new doom mas muitas vezes esquece desse disco, que pra mim é o que a galera faz hoje. Equilibrium é uma das coisas mais macabras que já escutei, fora Serpent Eve, A Funeral Request entre outras maravilhas arrastadas.

Lost Paradise | Paradise Lost
O Doom inglês era muito foda. Essas bandas "novas"rolando, cad
a uma melhor que a outra. Houve um tempo que eu achava o Gothic o melhor deles, mas acho que fui involuindo e enjoei daqueles vocais femininos e tal, ouvindo o Lost Paradise com mais calma, ele é BEM mais pesado, com riffs bem marcantes e os vocais femininos são bem poucos e bem colocado. Ele não é lento como o Cathedral, mas sabe colocar medo, desilusão e desesperança de outra forma.

The angel and the dark river | My Dying Bride
Maio um inglês, o MDB. Juro que nunca fui muito fã dos discos antigos deles, mas quando escutei esse, que é o primeiro com vocal limpo, me espantei. Parecia uma banda de doom, c/ guitarras suecas graves e um vocal chorão (mas o cara canta e saber fazer o negócio). E as músicas com que te deixam pra baixo memso...aheuhuae. E quando o doom consegue isso, prometeu sua função. A 1a. (Cry of mankind) é um clássico.

The Relapse Collection | Morgion
Essa banda nunca foi tão conhecida, mas o tanto que ela não é conhecida ela tem de boa. E acho que os cara do MDB, quiseram meio que imitar o estilo de guitarras deles. Não curto muito coletâneas, mas essa daí traz só as melhores mesmo, mas vale a pena ouvir o clássico deles: Solinari. Doom maldoso, com aqueles duetinho de guitarra que você fica arrepiado e por incrível que pareça, americano.

Serenades | Anathema
Eu curto
muito Anathema, de todas as fases. Acho eles uma banda muito foda que mudou bastante, mas nunca perderam a qualidade. É difícil dizer qual o melhor mesmo deles. Esse disco é o típico Doom do começo. MUITO pesado, arrastado, melodias massa. É só escutar Sweet Tears (nome brega da porra) e Sleeples, com aquela levadinha meio The Cure. O Último p/ completar o quarteto inglês!

THRASH/CROSSOVER
P
.S.: não vou colocar o Slayer aqui, pq é igual ao Clóvis Bornay, hours concours.

Beneath the Remains | Sepultura
Esse disco paticamente arruinou minha vida. Foi daí que comecei a ver o lado rápido da vida. Disco perfeito, Sepultura no auge: um riff melhor que o outro, o igor detonando, mereciam mesmo fazer o sucesso que fez, tudo influenciou para que desse certo. E ainda ter um disco produzido pelo Scott burns. É uma pena ver o Sepultura hoje, depois de escutar esse Beneath the Remains...Who has won?Brasil | Ratos de PorãoMelhor disco do RDP de todos. São músicas foda, rápidas, a mistura perfeita do punk/hardcore/thrash. O João com as palhetadas animais. Só crássico. Recomendo...

Ignorance | Sacred Reich
Pra mim, o melhor do Sacred Reich e um dos melhores do thrash. Depois os bicho viajaram demais, curto muito o vocal do cara e o baera é muito foda.

Dimension Hatross | Voivod
Tá certo, lávem aquela ladainha: Voivod é do war and pain e do roooaaarrrrr...Mas esse disco d
o Voivod, pra mim, é o melhor deles. E é thrash. É esquisito, mas é thrash. Voivod é uma banda MUITO original e nesse disco eles só confirmaram mais isso, nem ficaram lentos, nem chatos...é um disco que só tem música foda.

SOD | Speak english or Die e Nuclear Assault | Handle with care
Vou botar os 2 aqui pq escutei eles quase na mesma época e os ouvi MUITO. Tirava um, colocava o outro. são 2 discos essenciais p/ qualquer pessoa. Coincidência ou não, os 2 tem o Danny Lilker, o famoso dente pequeno. Se for beber e conversar c/ os amigos, pode colocá-los na sequência e ser feliz. =)

HEAVY METAL
Não saco muito de Heavy Metal, então vou colocar os que ouvi mais:

Powerslave e Live after death | Iron Maiden
Pra mim o melhor disco do Heavy metal e o melhor ao vivo de toda história. Não curto muito disco "Live" mas esse é MARAVILHOSO.

Painkiller | Judas Pries
t
CLÁSSICOZÃO.

Vol. 4 e Masters of Reality | Black Sabbath
2 DISCOS MARAVILHOSOS. Tem discos que mudam tudo depois deles e acredito que até hoje a galera imita esses 2. Tenta imitar TUDO, desde os riffs, até a gravação. No Vol. 4 tem riffs de todos os estilos, acredito que até um hardcore tem (escuta under the sun e comprova).

Overkill | Motorhead
Desse não vou dizer NADA.


Moving Pictures | Rush
Adoro e
sse disco. É muito clássico, as músicas (e os músicos são foda demais). Só tem som bom, é o caso do disco completo.

HC / PUNK / CRUST / GRINDCORE

From enslavement to obliteration | Napalm Death
Esse disco...bem esse disco...diz tudo. Escuta e vê o que é brutalidade.


Almighty God | Rot
Quando escutei esse vinilzinho que eu comprei na Opus, não tinha conhecimento do que aquilo significava. Na época, mandei uma carta pro Marcelo e disse que o Vocal dele era paia, nunca que ele me respondeu, mas...me deu um tapazão p/ saber que aquilo existia.Horrified | Repulsion FODA, Napalm chupa até o talo esse disco.

World Downfall | Terrorizer
AAVVEE MAARRIIAAA...Melhor disco
gravado pra SEMPRE.

Igreja Quadrangular do triângulo redondo | DFC
Adoro esse disco. Bom de cabo a rabo.

ROIR | Bad Brains
Disco perfeito de cabo a rabo.


Retro-bution | ENT
Disco foda tbm.

Purity Dilution | Defecation
Projeto dos cara do Napalm. Muito foda.

Victim in Pain | Agnostic Front
MELHOR e ÚNICO disco do Agnostic. Mas
eles se garantiram MUITO nesse...hehehehehe

Acid Eaters | Ramones
Gosto demais desse disco de covers do Ramones

DRI | DRI
Poizé, melhor acabar por aqui mesmo. Valeu!


* Facada – O Joio – Vários

Nada como falar sobre este cd depois de você ter lido a lista de discos feita pelo James Calhorda Lacraiation of Evil. Seguinte, é muito fácil falar que o Facada é uma banda massa... por vários motivos, vou me concentrar mais neste cd novo. Vamos por partes: Quem me conhece sabe que o James é um grande amigo, seria cômodo pra mim falar bem da banda aqui, mas vou tentar fazer uma análise mais completa, mais detalhada... mesmo sabendo que uma galera vai dizer que somos brothers grindeiros drogados, e isso pode pesar em alguma coisa, to nem aí, foda-se. Quando o facada começou, pensei por diversas vezes que era a banda de um homem só, no caso o Ari que está em Berlim, o Dangelo eu já conhecia de longa data (na época que ele andava com camisa do Pestilence), mas fazia muito tempo que ele tocava coisas chatas, pelo menos pra mim (ainda toca... o cara tem que comer né) o James eu não conhecia bem. Escutei a demo e fiquei de cara, produção, músicas em si, quer queira ou não mesmo tendo pé atrás, tem coisas mermão que você só não gosta se for surdo. Depois saiu o Indigesto e mais uma vez fiquei de cara, só depois me tornei mais amigo do James e tal, eu até disse que achava que ele era um Zé mane, claro que este mito caiu quando eu soube que ele era o cara que andava com a camisa “ I Reek of Putrefaction” que eu via na metade dos 90 pelos shows. Até que O Joio Começou a ser gravado, e eu estava por dentro de todo o lance, dos problemas, aborrecimentos, demora, atrasos e essas merdas todas que só quem grava naquelecanto” tem. Até que um dia ele teve a brilhante idéia de mandar o disco pra ser mixado na Suécia pelo cara do Gadget, massa, até aí tudo bem, não é a primeira banda nem a ultima a fazer isso, só que o disco em questão superou demais minhas expectativas com relação a produção em si, as músicas se encaixaram perfeitamente na sonoridade, parece que uma coisa foi feita pra outra. Já tentei comparar o Facada com algumas bandas, mas não da muito certo... então eu cheguei a uma conclusão, o Facada soa como o Terrorizer (da época do World claro) contando com membros suecos que viveram a cena death metalica do final dos 80, que iam passar férias constantes em Birmingham e vieram morar no Brasil pra fumar maconha. Se eu fosse falar mais diretamente, o som é basicamente death metal e grindcore misturados, só que as escolas que eles misturam é que são foda. Tá eu sei que pra um ouvinte despercebido ou mais relapso com relação a história de alguns estilos ou bandas, ele (o ouvinte) jamais vai perceber ou degustar certas coisas que este cd tem a oferecer, eu reconheço que a maioria não é chata como eu, e só escuta o som e acha foda, vê a qualidade dos músicos, bebe, fuma um e pronto. Mas eu seria um egoísta com minha nerdice undergroundiana se eu não percebesse como algumas coisas se parecem com Pride Assassin, outras Before the Creation of Time, outras com Enslaved by propaganda... e por aí vai, só que tudo isso temperado com a boa e velha maconha cearense. Voltando a falar da produção, Ficou realmente MUITO boa, não veio cristalina, nem pasteurizada, muito menos parecida com as bandas suecas que parecem bandas de black metal de tão agudas e limpas com o próprio Gadget, o som ta cheio, parece uma bola de ferro sólida que não sofre dano, que não se desmancha, que não pode ser amassada. Eu ainda não fiz uma comparação com outros materiais da banda, mas nem é preciso, acho que cada material tem uma identidade, tem uma época, claro que comparações são inevitáveis, mas elas só valem a pena quando som é ruim ou a banda muda da maconha pro crack. Posso falar apenas uma coisa, eu gostei mais desse cd do que do outro, acho ele mais próprio, acho que o novo e o velho grindcore se grudam aqui usando o death metal como cola, gostei realmente dassicas, mesmo algumas realmente sendo difíceis, pra uma banda de grindcore pelo menos, ah tem uma versão fodona para Satanist do saudoso Filthy Christians, e ficou fodona mesmo. O Joio é sem sombra de dúvida um discão, não me interessa se é death metal ou new grind ou death metal curto ou qualquer coisa, pelo simples fato de ser MUITO bom, e quando isso acontece mermão, não tem pra onde correr, pode ser até Maria betânia com Gore Beyond Necropsy ou Nei Matogrosso (Matogrosso...será que ele tem pentelhos de o) com Deche-Charge que é bom, então velho é só aproveitar o que tão te oferecendo. Vamos falar da capa, este cd tem uma arte lindíssima, acho que ela ganhou muito sendo impressa no tipo de papel que foi, ganhou um tom de coloração que raramente eu vi, o encarte ta lindo e caprichado, realmente vale a pena ter o original (tudo vale a pena ter o original...mp3 suxxxx hahahha). Pra finalizar, ótimo disco este aqui, falo com propriedade de quem CONHECE e AMA o estilo ou mais precisamente os estilos aqui tocados, a espera foi grande, mas ta na mão, então pra quem gosta de musica porrada, death metal, grindcore, Rich Bitch, Oscar Garcia e as capas do Dan Seagrave... cora filhodaputa corra. Ahhh outra coisa... espero com todas as minhas forças (que são realmente resumidas, limitadas e quase e esquecidas) que isso saia em vinil, já que o Indigesto ta la na “Gravdaora Polonesa da Polônia” desde o dia que o Digby resolveu mudar as entranhas da música. Este cd foi lançado numa bela parceria dos selos: Kasamata/Humanos mortos; Gallery prod; Independência Rec; Death Tool... por falta de opção é que você não vai pegar, já soube que ele está sendo vendido nas Americans, nas casas Bahia e no Extra... mas se eu fosse você ia na loja do Matagato e comprava huahauhahuha.

www.myspace.com/facadanagoela

* Super Fun Happy Slide – The Undislodgable Nugget Scenario - Bizarre Leprous

O mundo ta se acabando? será que meu ouvindo ainda funciona? que porra é essa? será que minhas caixas de som estão com problema? provavelmente algumas pessoas fariam essas perguntas ao ouvirem este debut album, outras achariam uma merda e se quer se prestariam a pensar sobre... mas alguns poucos, acham esse tipo de coisa, banda, musica, gravação, barulhos, ruídos uma das melhores coisas já inventadas pela maldita e super legal raça humana. O Super Fun Happy Slide (ainda me pergunto onde esses caras encontraram essa porra de nome) vem da terra dos cangurus, e de qualquer forma eles admitem uma certa influência dos seus conterrâneos do fabuloso Warsore, alem do velho Napalm e do velho LDOH alem de dizer que Slayer é foda. Bom, o que esperar de uma banda dessas, o que esperar de uma banda que logra sua admiração ao gore e ao grind velhos... mermão, eu acho que este cd é um dos melhores lançados pela Bizarre Leprous desde muito tempo. GoreGRIND, sim sim, grind mesmo, gravado advinha aonde, na porra de um ensaio, produção??? é uma banda de grindcore, não precisa de muito lembra-se? pelo menos antes se pensava assim, eu acho, enfim, a verdade é que o SFHS vem com um cd que parece uma bomba de barulho, músicas cheias de 3 notas indo e vindo, pitch fodão (lembra muito o Hans do LDOH no início), guitarras sujas, diria imundas até, gritos, urros, batera a 1000 por hora na hora certa, cadenciada e com o feeling do grind velho em outras, muito de hc musicalmente falando, e até umas escalas propositalmente iguais a alguma coisa do Slayer, enfim mermão, goreGRIND como muito tempo eu não ouvia. 19 sons amontoados de riffs curtos, vozes medonhas, barulheira ensurdecedora e infernal, direto de Melbourne que me trouxe a alegria de um adolescente descobrindo uma coisa/banda nova. Cd visualmente até legal, só a arte que é aquela coisa simples de sempre da BxL, mas a arte em si está massa, esquema de colagens e umas coisas meio bizarras. Então é isso, apreciadores do velho goregrind, sem nada de groove, nada bem gravado, nada de death metal, nada de riff oitavado, nada de coisas assim... preparem seus velhos ouvidos e sejam bem vindos, para amantes do velho RGTE, Dead infection e as coisas citadas acima... eles dizem no encarte assim: As Unholy Grave say – Play it Loud! Então vai nessa velhinho, faz raiva aos teus vizinhos como nunca.

www.bizarreleprous.cz/

* Elbow Drop – I Love Tupa Tupa Grindcore - Gore and Blood prod

O que se esperar de uma banda que se chama Elbow Drop? (Aquele ultra famoso golpe de luta livre em que o cara pula com o cotovelo em cima do seu oponente, todo mundo já fez isso, nem que tenha sido na cama, no sofá, no cachorro, no primo, no amigo, no irmão mais novo, na menina que vendia ingressos para formatura...) Existem duas maneiras de você analisar este disco: de uma forma despretensiosa e divertida ou da forma como um disco comum de uma banda de goregrind qualquer... a primeira é muito mais animadora por inúmeros motivos. Digamos que esta banda colombiana bebe da mesma fonte que bandas como Gronibard e bem de longe Birdflesh beberam, não é difícil encontrarmos por aí gente que quer fazer um som engraçado, divertido e ao mesmo tempo brutal e fudido, o foda é que na maioria das vezes soa chato e muito sem graça e nem um dos objetivos é alcançado, com o ExD é bem diferente, pois os caras conseguem sim soarem engraçados e a musica é bem legal, uma mescla de death com pouquíssimas partes grind, muitas partes pogo, e um monte de vozes, ideias legais, analogias, músicas acústicas, samplers disco music, animais, um rap, um vocalista doido e uma putaria enorme. Então tente analisar este cd ou esta banda por este lado, eu faço assim, este cd é uma “putaria” e soa bem melhor do que se eu o tivesse visto como o cd de uma banda de “goregrind” colombiana, goregrind é o caralho, mas que é divertido e fudido ao mesmo tempo isso eu garanto. 31 sons legais sim, musicas empolgantes e muitos trechos engraçados, banda bem divertida que por ser da forma que é, soa legal, uma coisa é o Gut querer ser madafuka, outra é vir uns colombiano doido, fazer um som doido, com a capa com um anão dando um golpe de Telecat da manchete, com um cd chamado I Love tupa tupa grindcore, soa muito mais true hehe, banda legal, apreciem, fiquem putos e se divirtam madafakers.

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* Krush – 37 Bullets – Complete Discography 1996-2006 – Vários

Mais um cd discografia, mas desta vez lançado em terras nacionais. O Krush é uma banda holandesa, acho que muita gente já conhece, saiu uns splits relativamente fáceis de se encontrar por aqui, eu tenho apenas dois, mas vamos ao cd. 37 bullets exprime realmente o que será encontrado aqui, 37 balas revestidas com o mais violento e bruto crustcore, com passagens que flertam com o grindcore, recolhidas de vários materiais. Primeiramente temos 9 faixas de um duplo 7” ep chamado Murder Rhythms (que é a demo), depois mais 8 sons de uma tape chamada “As we laugh in state of fear”, mais 6 de um split 7” ep com Distroy, depois tem 6 sons do split 7” ep com a banda brasileira Gritos de Alerta, ainda tem os 7 sons do split com Blood i Bleed tb da Holanda, e pra feixar as 37 balas, a faixa Dedication from Inspiration do tributo ao Heresy, Ufa! Velhinho, sem muitas delongas, se você gosta da escola mais bruta e barulhenta do hc/crust, este cd está um verdadeiro restaurante, saiu por vários selos, entre eles Cauterized, Detesto e Terrotten, vem num formato digipack, com uma arte muito simples, mas que tem as informações necessárias, eu já vi pra vender em um monte de canto, tem em lista de troca, tem em banquinha de show, tem do lado da sua casa na padaria, ou no boteco que você compra cigarros e joga sinuca, então não deixe escapar a oportunidade de pegar um cd fudido, Crust as hell...Krush as hell! Tem material novo na praça, espero conseguir minha cópia.

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* Shapes of Misery – Rise Above Opression – I Hate Humanity rec

Satan fucking shit!!! Nunca tinha ouvido falar na porra dessa banda, daí um dia vi este cd num catálogo que não me recordo, dizendo que tal banda mandava um grindão velha guarda, resolvi arriscar, e desde que este cd chegou eu agradeço minha coragem. Esta banda vem da Holanda e realmente manda um grindcore maldito totalmente abraçado com a velha linha de se tocar, músicas bem simples, curtas, e o maravilhoso, charmoso e barulhento jeito de se fazer grindcore. Algumas vezes eu lembrei de Napalm velho, outras de Agathocles... ao todo são 27 faixas, realmente boas, pelo menos pra quem gosta deste tipo de som, gravação podrona, abafada, barulhenta mas muito perceptível, as músicas em si são boas pra caramba, gostei de verdade. Parece que o Shapes of Misery tem apenas uma demo antes deste cd, de qualquer forma esse debut veio pra derrubar tudo, grindcore fudido, politizado (as vezes ingênuo demais), urrado e feio. Só tem um detalhe que me tirou o brilho... mermão, que arte fuleira da porra, o encarte nem é pequeno, só é feio, parece que foi feito por alguém que realmente não tem traquejo pra coisa, pior que nem tem quem fez nada, mas isso é o de menos, músicas como “Lifetime Desaster” são do tipo que eu amo, a arte é ruim mas o cd é realmente bom. Se você gosta de grindcore mais feioso, esporrento e com aquele jeito velho, tente, pelo menos tente ouvir essa banda, ainda tem um cover dos seus conterrâneos do saudoso My Mind Is Mine. Tem umas frases soltas dentro do encarte, umas frases “revolucionárias”... mas tem uma que eu gostei, vou deixar ela aqui: ... it’s too late, the END is near! Então aproveita o que der pra aproveitar.

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* Cliteater – Scream, Bloddy, Clit – Morbid rec

Este é o terceiro disco (eu acho) desta banda holandesa. O som é o típico goregrind holandês, gravação pesadona, suja, mas bem definida e encorpada. Nunca fui um apreciador ferrenho do Cliteater, mas este disco me chamou bastante atenção, vamos aos motivos. Primeiramente gostei da capa e da analogia com o clássico do Death, o som está mais empolgante, as músicas mais legais, tudo está combinando. Este cd tem 15 sons bem fudidos, goregrind mais moderno, grooviado e clichê, mas muito bom. Indicado para apreciadores da nova (nem tanto) safra europeia de bandas que investe num som mais denso e balanceado unido a partes mais porrada. A arte está muito caprichada, encarte bem feito, grande e muito bonito, gostei mesmo. Grande pedida este cd, mas como disse antes apenas pra quem gosta da safra mais dançante do goregrind. Ahh ainda tem um vídeo de nus, fudido inclusive.

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* Archagathus / Death Tool 80 - split ep – Angernoise rec

Demorou, demorou... mas este dia chegou. Vamos por partes. Não faz tanto tempo que o Archagathus lançou sua primeira demo chamada de “Mincecore”, acho que foi em 2005, de lá pra cá, as porteiras foram liberadas e os caras começaram a soltar splits e mais splits e virou uma bola de neve. Mas meu amiguinho, esta banda canadense é uma das mais prolíferas surgidas nestes 5 anos quando o assunto é grindcore, grindcore velho mesmo. A banda já lançou uma infinidade de splits em tape e vinil, eu tenho alguns, mas parece que a banda meio que encarnou realmente sua maior influência, que é o Agathocles, e isso não é nada bom. Mas vou me concentrar apenas neste material. Sem sombra de dúvida acho essa banda a melhor representante do grindcore velho nos dias de hoje, e olha que não tem mais tanta banda na crista da onda praticando aquele popular grind cristalino que era oba oba um tempo atrás, muito pelo contrário, tem muita banda tentando aquele jeitão mais sujo e sem compromisso de fazer grindcore, anos trampos gráficos da pra perceber isso. Gosta aquelas fabulosas 3 notas super bem encaixadas, que vão e voltam, formando um ciclo hipnótico de barulho??? Então o Archagathus é a sua banda, 2 vocalista doentes, que urram, berram, e arrotam, a que arrota é a menina. Grindcore ou como os mais fieis seguidores do Jan Ag defendem Mincecore dos mais feios, sujos e criativos, gravação fudida, mas audível e tudo que uma banda desse porte precisa, eu amo o Archagathus, muito mesmo e aos poucos esse amor aumenta, só fico puto porque eles tão lançando mais coisa do que o Agathocles e U Grave juntos. Da Finlândia vem o Death Toll 80k, eu já tinha ouvido essa banda num 4 way tape, desses da Agressive Valey la do canadá, achei o som foda. Mas neste ep eu fiquei de cara, a gravação ta fodona, as músicas fodonas e o som é um grindcore velho sim, mas com um certo polimento, mas é muito bom cara, bom mesmo, vou tentar conseguir mais material dessa banda, eles ainda mandam um unholy grave pra varia. A arte é massa, papelão, toda em p/b, vale a pena.

www.myspace.com/archagathus


* Machetazo – Mondo Crypta Lp – Power it Up

Ultimo disco da fábrica de horror vinda de terras espanholas (lá tem um chama pra isso). Nem vou falar mais do que o Machetazo foi outrora, até porque já faz um tempo que eles vem se dedicando exclusivamente ao death metal. Neste play, o som da banda segue a linha dos últimos trampos, um death bem feito, bem tocado, bem gravado, mas completamente desgraçado, simples e com uma potência assustadora. O baixista é um animal, sempre fico de cara com o que esse viado faz, e o mais foda é que a banda apesar de ter ótimos músicos envolvidos, eles jamais soam chatos ou difíceis, escute a faixa “Descenso al Sótano de la Morbosidad” esse som é foda velho, muito mesmo. Se você quer um disco de death metal bem meio a meio, partes realmente rápidas que podem muito bem serem vistas como algo de grind, partes mais arrastadas, partes 1 por 1, muita morbidez, alguns lances mais hc...ou seja tudo que um ótimo disco de death metal precisa. Se você gosta de Autopsy, Carcass, Impetigo e aquele death metal horror que ficou bem popular na década passada o Machetazo é um dos melhores representantes. Gosto muito da faceta da banda mais detah metal, gosto mesmo, grande disco esse aqui, death metal como poucos. A arte é linda, muito linda, o vinil é gatefold, com o desenho na vertical, ficou lindo o Lp, parabéns a Power it Up. Mas também saiu em cd por 2 selos, originalmente pela Throne rec da Espanha e posteriormente pela No Scape. Ótima pedida, escute esse play e sinta La Fiebre de la Peste.

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* Mesrine / Pretty Little Flower – Split EP - To Live a Lie Rec

Mais um ep do Mesrine, e mais uma vez os caras detonam, sendo que eles estão com uma faceta mais death metal aqui, alias a banda já vem investindo mais no death metal nos últimos trabalhos. Para este ep eles apresentam 4 sons, com uma boa qualidade de gravação, mas nada demais. A outra banda tem o curioso nome de Pretty Little Flower, nunca tive tesão de pegar os materiais do PLF, não sei porque, pois a banda é realmente fudida, e eu já sabia disso, mas tenho poucas coisas, enfim. Este material eles tem gravações ao vivo e de studio, também tocam 4 sons sendo um cover para o Splattereah. Também achei legal, mas o ep sonoramente falando é bem meia boca, 2 bandas realmente fudidas, mas sei lá parece que os caras não se importaram muito com nada. A arte é massa, toda p/b, mas no jeito, quem lançou foi a To Live a Lie que alias está lançando muita coisa fudida, espero que este selo continue durante muito tempo ativo, pois muitos outros estão desistindo.

www.myspace.com/tolivealie

* Androphagous / Toxic Revolution – Split cd – FxDxA Rekotz

Que split fudido do caralho! Do tipo que você olha pro cara que ta perto e diz vai se fuder mermão, que coisa boa da porra. Os alemães do Androphagous aparecem novamente depois de uma porrada de tempo, na verdade eu só tenho um disco deles e acho que é único, de qualquer forma eles estão neste split, e te digo uma coisa: vai se fuder mermão, que coisa boa da porra! O som da banda está muito mais influenciado pelo grindcore, sendo que mantendo completamente a veia death metalica de outrora, um mix sensacional de death metal e grindcore, porque sensacional? Porque eles conseguem tocar uma música de poucos segundos, com um riff 3 nota indo e vindo e ainda soarem como uma banda de death metal. A parte deles para este split tem 13 sons, mas porra, que estrago estes sons fizeram meu camarada. Grande aparição, fiquei muito entusiasmado com o som do Androphagous aqui, gostei mesmo, ja escutei várias vezes, eles ainda tocam um cover do “No Police State”. Dando continuidade uma banda que parece ser nova, eu pelo menos nunca tinha ouvido falar, quando eu vi o nome, o logo (com 2 traços em baixo tipo Infest) pensei em algo genérico influenciado pelo Municipal Waste (sim chutei a alternativa mais fácil), mas que nada, o som é muito mais porrada, o som é meio crossover sim, mas muito mais rápido, com cara de grindcore, na verdade muita cara de grindcore, as vezes tem uns lances bem arrastados, cadenciados com uns riffs bem foda que do nada se transformam em barulho na velocidade da luz. De qualquer forma mais uma banda nova, mas que faz um som fudido, bom de verdade, para amantes da música violenta e veloz, sons como “Noise Destruction Program” ou “I Hate Metalcore Kids” são realmente violentos e velozes. Gostei mesmo deste split duas bandas fudidas e o melhor com gravações e composições que estão muito acima da média pra maioria dos splits, arte simples, em pb mas bem feita e com tudo que precisa. Já tem material novo do TxR por aí, quem sabe na próxima edição mais alguma coisa.

www.myspace.com/fda-rekotz

* Jig–AI – Katana Orgy – Bizarre Leprous

Confesso que não achei o debut destes tchecos , o cd de 2006 assim tãããããão destruidor como muitos acharam. Este segundo disco é bem mais interessante, ta eu sei que trocando em miúdos este cd é basicamente igual ao outro, mas alguns detalhes fazem a diferença. Vamos lá, a gravação continua muito pesada, densa, mas muito boa, muito polida, tudo perfeitamente audível, algo que se customizou nas bandas ditas de goregrind já a um tempo. Os vocais são com pitch, urrados e claro o de porco né, as músicas, bom aí da pra se animar, pois os caras conseguiram reunir ótimas músicas em um trabalho só. O som é o típico goregrind tcheco inclusive, os caras tocam em outras bandas conhecidas como Ahumado Granujo e NCC, com típicas passagem grind, partes groovy, partes death metal, tudo muito denso e coeso, como uma massa de concreto. Este cd tem 20 faixas, algumas melhores do que as outras, mas todas com um pique fudido, gostei bem mais do que o outro, eles ainda tocam alguns covers clássicos, Stench of Prophet do Brutal Truth e uma das melhores dobradinhas já feitas na música feia Genital Grinder + Regurgitation of Gibblets do velho Carcass. A arte é toda temática, alias o Jig Ai é uma banda que tem a cultura japonesa (a mais bizarra) em torno de tudo, capas, título dos sons, arte do encarte... então se você gosta de hentais gore, goregrind new school, vocal de porco e essas coisas, escute músicas como: Shun – Lin, Samuray Gay Party e se delicie, eu gostei deste cd, foi uma boa aquisição, recomendo.

www.b
izarreleprous.cz/

*RetaliationThe Cost of Rendemption – No Tolerance Rec

Que diabo é isso? Será uma furadeira com defeito? Uma máquina de lavar com peças estragadas? Ou um liquidificador batendo hamsters com gelo? Não é nada disso, é só o ultimo disco do Retaliation, e minha nossa, que cd bom da porra. Pra começar eu achei a gravação parecida com a do clássico split 7” ep com Exhumed, completamente bizorada, ruidosa, microfonias e o caralho a quatro que deixa tudo muito escroto, é zuadento é agudo e podre de mais, mas eu adoro isso. São somente 28 sons, é sim, 28, todos admiráveis ao extremo, cara é bom demais ver um dos representantes mais virulentos do grind sueco lançando um disco realmente bom, com músicas realmente boas, com a velha identidade barulhenta de sempre, o Retaliation é foda desde muito tempo. Imagina uma distorção do dismember sendo que muito mais podre e tocando grindcore, você pode se aproximar do Retaliation, emende mais alguns poucos riffs mais death metálicos, agora escute urros, berros, gritos, rasgados e guturais, uma massa sonora escrota e recheada de riffs curtos, pegadas hc, e um baterista desgraçado, vc está quase lá, agora é só se preparar emocionalmente e fisicamente pra receber esta banda de braços abertos ou pra chutar ela de vez. Existem muitas músicas fudidas entre as 28 gosto muito de sons como Dead Parade, que tem uma atmosfera mais densa, mas é tudo brutal, rápido, cortante, estridente, saturado, é perfeito hehe. Totalmente indicado para os amantes do grindcore sueco e de uma forma geral, pois apesar de soar muito sueco, o Retaliation é feio demais sonoramente falando. A arte é massa, mas bem simples, como o de costume, eles nunca foram de colocar muitas coisas mesmo. Como diz a primeira faixa: “Sweden Will Burn to the Ground”, mas vc pode trocar para “My Ears will bleed to the Ground” adorei de verdade, consiga o seu.

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* Splitter / FUBAR – Split cd – Power it Up

E um dos últimos representantes do polido, agudo e cristalino grindcore sueco pós Nasum nos presenteia com mais um material fudido. Eu gosto do som do Splitter, apesar de ter todas as características acentuadas do típico grind metalizado. Neste material eles apresentam 8 sons bem legais, velozes, cortantes e agudos... muito agudos, gritos, muitos gritos... tudo meio ruidoso, mas ainda assim bem cristalino, mas eu gosto bastante do som do Splitter, foi assim desde seu álbum antecessor, se por um lado a gravação ou produção não é lá das minhas preferidas, a qualidade das composições se sobressaem, eles mesclam bem coisas novas, escolas do new crust com o new grind, o som se torna envolvente, da até pra mostrar pra namorada hahaha, sacanagem a parte, a música é bem tocada, com umas quebradas mais lentas, com riffs mais melosos, mas tudo regado a muita violência, boa aparecida, ah eles ainda cantam na língua deles, eu não entendo nada. O FUBAR já é mais conhecido, gosto bastante desta banda oriunda da Holanda, eles já tem alguns matérias lançados e esse aqui não fica atrás. O FUBAR me chama atenção por saber mesclar bem muita coisa dentro do metal e do hc e transformar basicamente tudo em grindcore, aqui temos sons pra todos os gostos, um pouco de thrash, de hc, de crust, de death, de grind velha escola, de grind nova escola, com um tempero de criatividade, competência.. escuta a faixa Safety Switch, que riff desgraçado, que andamento fudido, da vontade de frisar a cara e ranger os dentes, muito bom de verdade. Cdzinho foda demais, o Slitter é bem legal, mas o FUBAR aqui ta destruindo tudo, todos e qualquer coisa, 11 chibatadas, aproveitem.

www.myspace.com/poweritupofficial

* Cripple Bastards – Variante a la Muerte Lp – Deep Six

Hummm, isso é muito perigoso, o que é perigoso? talvez falar de um disco do Cripple Bastards ultimamente tenha se tornado bem perigoso, principalmente se você pegou a mágica (porem barulhenta, feia e inusitada) fase Alberto the Crippler. É foda estigmatizar uma banda por um passado ou alguns discos, mas na boa meu camarada, pra quem se deliciava com o Yorus lies in Check e todos os seus splits de antes, até mesmo no “Misantropo a Senso Único” a banda ainda me agradou muito, mas aí vieram algumas mudanças, e mudanças significativas, talvez muita gente prefira o Cripple Bastards de hoje, mas bem acabado, produzido, tocado, oitavado... enfim. O disco se inicia com um noisecore infernal, fiquei arrepiado, mas depois o segundo som é... bom, é de uma banda de deathgrind moderna que é o Cripple Bastards, pois pra mim eles agora são isso. Não estou sendo radical ou burro, só estou analisando o som, pra mim eles não tem mais o pique nem a criatividade de antes, claro que o Julio ainda é um animal e continua sendo uma das melhores vozes que berram em alguma banda barulhenta, ele é versátil e feroz como poucos, mas o som, minha nossa que chatice, em alguns momentos a banda resgata alguma coisa, mas depois é atropelada por pedais duplos constantes e riffs mais metálicos, o problema não é o riff ser metálico é ser ruim mesmo. Lá no começo eu disse que é perigoso fazer uma resenha do Cripple Bastards hoje em dia, talvez o nome deles pesem em muitas coisas, ou realmente a maioria das pessoas gostam desse CxB “mais arrumado”, eu infelizmente prefiro as coisas antigas, mas não ligo não, eles lançaram o Your Lies in Check e muitos eps maravilhosos, alem de demos nauseantes, eles podem tocar até valsa no próximo Lp que não to nem aí. 24 sons neste quarto disco de uma banda que varreu o mundo com barulho na década de 90, mas que agora está mais alisando do que incomodando, eu peguei o disco porque sou teimoso, e tava barato também, mas sabe-se lá quando eu ouvirei isso novamente... ah só mais uma informação, este material foi mixado por um cara que já trabalhou com Dimmu borgir, In flames e Hammerfall... grande merda. A capa é linda um desenho realmente bonito feito pelo Mario Rossi, mas o som é muito chatinho, indicado pra galera que curte um grind mais metálico e bem feito new school, com umas coisas meio estranhas, mas mesmo assim ainda é arriscado.

www.deepsixrecords.com/

* Magrudergrind – s/t Lp – Six Weeks

Minha nossa, que disco gracioso da peste negra. Este é ultimo lp desta banda de Washington Dc, e na minha opinião, é o melhor. O lado A abre com uma intro bem legal, de um cara falando em japonês, eu realmente não sei o que ele fala, mas parece um cara meio com raiva e no final ele da um golpe falando o nome (supostamente do golpe), como os vídeo games e animes e essas coisas legais. Depois uma tortura sonora é iniciada, grindcore escroto repleto de passagens marcantes, algumas coisas thrash, mas muito rápido, intensamente rápido, meio quebrado em algumas partes, reto e simples em muitas outras, mas tudo muito bem encaixado, riffs que são realmente bons, músicas instigantes e uma produção muito fudida. Tudo é bem sujo e pesado, mas bem audível, principalmente nas partes com blast (maioria), quem mexeu no som aqui foi gente que já trabalhou com Misery index, Phobia e Pig Destroyer. A ultima música do lado A chama-se Bridge Burner e para meu espanto é lentona, arrastada e grande, mas é foda. O disco todo segue a mesma regra, tudo rápido, pesado e sujo, mas tudo feito com muita competência e bom gosto, lembre-se bom gosto para uma banda de grindcore. Um ótimo disco, banda bem legal que sempre lançou coisas fudidas, mas raramente é falada por aí, acho que este Lp que saiu ano passado vai mudar mais as coisas. A arte é muito amarela hehehe, mas é bem feita, no esquema de colagens, e umas idéias realmente bacanas, achei massa, só muito amarela. Discão esse aqui, aproveite o embalo e tente descolar outros matérias da banda, pois eles já estão na estrada desde 2002, tem uns eps, splits e cds por aí... magruderGRIND as hell.

www.myspace.com/sixdub

* Necrovation - Breed Deadness Blood – Blood Harvest

Acho que estamos em 1990, na Suécia, com alguns garotos tocando em bandas de metal, e meio que sem querer criaram um dos maiores legados do death metal do mundo. É exatamente assim que o Necrovation soa, uma banda de garotos, tocando death metal em 1990 na Suécia, então eu nem preciso perder muito meu tempo pra você ficar imaginando a surra que meu som levou desta porra de cd. Este debut realmente veio pra destruir tudo, se o death metal old school, se o jeito old school, se o caralho de asa old school for a próxima moda retro, eu quero é que se foda, mas este cd é um presente pra todo mundo que se arrepia ouvindo um death metal mais simples e reto, pesado e mórbido, brutal porque a essência o fez assim e não por causa de um baterista anormal e um guitarrista com muitas aptidões tentaram fazer. Meu amigo, não perca tempo, pode parar de ler agora, você gosta de death metal? Aquele lá de outrora, com muito reverb e essas coisas, bate estaca e riffs simples... este cd é pra você, e pra mim. Sem sombra de dúvida um ótimo disco de death metal, 9 faixas, todas muito boas, arte legal, produção fodassa. Pegue isso, você merece ser feliz e entender porque o death metal não precisa ter tantos adjetivos. Ahhh só pra te dar um gostinho, saca o nome de algumas faixas: “Putrid Evocation” e “ Dead Faiths Purulence” isso sim me soa bem old school tipo Premature Autopsy ou Malignant Epitaph. Este cd está completamente esgotado por aí, mas uma nova prensagem ta sendo feita, se liguem e corram.

www.bloodharvest.se


* V.N.A – Deafness Execution Cd-r 3”- Sonoros Records

Minha nossa, la vem bomba. Hummm, vamos aos poucos. Este material aqui é uma espécie de compilação / discografia, de uma das mais barulhentas e cultuadas bandas de Grindcore do final dos anos 80. Já faz muito tempo que consegui uma fitinha que tinha o split com Agathocles... e por muito tempo não sabia nem o que significava VNA, não lembro onde diabos foi parar essa fita, mas consegui outras tapes com outros sons, mas tudo era muito ruim, sem nome de faixas nem nada. Até que um belo dia ou noite... eu vi um fly falando deste material, que trazia tudo ou quase tudo possível de captar desta lenda Francesa. Então meus amigos e amigas depois de uma certa espera, e de muito relapso por parte deste escriba, consegui minha tão sonhada cópia com o Sr Romanin. Tome cuidado, são 47 agulhadas que entrarão na porra dos seus ouvidos e lhe trarão dor e desconforto, grindcore com cara de grindcore do final dos anos 80, músicas de segundos, reverb, guitarras podres, imundas, nojentas, um urso doente urrando e tudo mais de bom, bonito e charmoso que só aquele grindcore irresponsável, sem compromisso e sem ambição nem uma poderia oferecer. Este cd-r trás a demo Final Execution de 1989, o já falado split ep com Agathocles de 1990 e mais uma faixa de uma compilação. Insulte quem você não gosta, coloque o VNA nas alturas, vire as caixas de som praquele vizinho evangélico, deixe o barulho ecoar e assustar as pessoas do mundo convencional... promova um verdadeiro Violento Ataque Barulhento e seja feliz, pelo menos durante os segundos que os distúrbios sonoros emitidos pelo VNA estiverem maltratando o ambiente.

www.myspace.com/sonorosrecords

*Confusion – Demons lition – Obliteration Records

Ta bom eu sei que você adora o Higuita, é um apreciador do falecido Sr. Escobar e bem lá no fundo você torce pelas FARC... mas nem só de drogas vive a Colômbia (sorry higuita). Este trio, é uma espécie de grindcore heroes lá em Medelim, e não é por menos. A banda começou suas atividades em 89, conseguiu lançar uns 7” ep’s e algumas demos. O som é aquele grindcore final dos 80, sujo, podre, feio, urrado, atravessado e algumas vezes ilegível, sim eu sei que 95% daqueles discos eram assim... bons tempos. Este cd compila as demos da banda até 93, alem de uma gravação mais recente, temos o total de 30 músicas... é melhor você ouvir antes de chamar isso de música, então digamos que estas 30 músicas são as vigas e colunas que sustentam um edifício de barulho. Toda vez que eu escuto isso eu falo a mesma coisa “que vocalista animal da porra” ele parece que canta latindo, mas não parece um latido, só urra tudo muito rápido, realmente parece um cachorro brigando hehe. As gravações se diferem, mas nem uma é boa mesmo, quer dizer, existem várias formas de analisar isso, mas já enjoei de falar. Velhinho... sem muitas delongas, sem muitas firulas e sem muitas notas como a música do Confusion... gosta de Sore Throat? Fear of God? Então isto é pra você. Esta versão que eu tenho é da Obliteration, a arte é legal, mas bem simples. A banda ta na ativa ainda, mas parece que os caras tão viajando noutras coisas, esperar pra ver se aparece alguma gravação nova.

www.myspace.com/obliterationrecords

* Godflesh – Streetcleaner – Earache

Mais uma banda estranha, mais uma banda que realmente não faz a cabeça da maioria... e mais uma vez me pergunto as vezes porque diabos eu gosto desse disco. Breve estória: fui numa loja pedir pra gravar um tape que nem lembro... e mais uma vez sem nada em mente pra completar a dita tape, pedi pra colocar o Godflesh, só porque eu via caras de bandas que eu gostava/gosto com a camisa nos Lps ou zines. Lá fui eu escutar este disco e... achei uma bosta. Mas aí é aquele lance, o tempo passa e você vai ouvir novamente a mesma fita, tentar ter uma outra impressão, ou quem sabe ir em busca de algo realmente novo e estranho já que o que ta acontecendo pelo underground está deveras chato.E não é que aos poucos este disco do Godflesh foi sendo assimilado e posteriormente sendo até bem querido. O Godflesh (acho esse nome massa) surgiu no final dos anos 80 em Birmingham, assinou com a Earache eeeeee... lançou um disco completamente diferente de tudo até então. Só pra constar o guitarrista, Justin Broadrink gravou umas coisas com o Napalm death bem no começo, acho que ele também gravou o lado A do Scum, mas se eu tiver errado, desculpem-me. De qualquer forma, o Godflesh, pode não ser bem quisto pela esmagadora maioria, mas de certa forma eles merecem muita atenção, eles praticamente criaram uma coisa que se tornaria o chamado “Industrial”, colocaram elementos eletrônicos com guitarras sujas e pesadas, vozes soltas, falas perdidas no meio dos ruídos...enfim, sabe qual a maior diferença entre a musica eletrônica misturada com metal que o Godflesh fazia, e a que bandas atuais fazem, com bateria programada e elementos da música dançante e tal... a música criada pelo Godflesh é muito mórbida, é muito densa... as vezes soturna, é como se as engrenagens das máquinas de uma industria se fundissem com bases pesadas e simples, criando uma atmosfera viajante pra caralho, parece uma trilha sonora, 100 vezes melhor do que as bandas de cyber alguma coisa. Vou ser bem sincero, nunca ouvi nada alem deste Cd que eu tenho, só um ep em uma outra tape e também gostei, mas eu realmente não tenho a menor noção do resto. Este é o primeiro disco e eu aprendi a gostar dele, como de algumas outras poucas bandas trilharam esse caminho difuso, mais pra frente algumas outras palavras. Grande álbum, estranho é verdade, mas se for escutado da forma certa, “certa” é forçado né, mas se a degustação for feita da melhor maneira (entenda como quiser) este disco pode se revelar de uma outra forma.

www.earache.com/info/catalog.html

* Exit 13 – Hihg Life – Relapse

Sabe aquele tipo de som que você realmente tem que ter estômago... ou melhor ouvido pra agüentar, pra assimilar, pra te trazer alegrias? O Exit-13 é exatamente assim. Essa banda americana é bem antiga, foi formada por gente da Relapse em 89, mais precisamente o vocalista aqui, o sr. Bill Yurkiewicz. A primeira vez que ouvi o som deles foi na velha, cultuada e divertida Death is Just the Beginning I, isso bem depois do ano que saiu que foi 91... acho que escutei em 93... na época nem tinha tanto discernimento (nem um na verdade), pra mim só tinha que ser rápido e com vocal gutural hehe. Deixei a banda pra lá, mas logo depois ela foi cruzando meu caminho em outras oportunidades, até que aos poucos eu fui me acostumando com o som e a proposta. Bom então como seria o som ou mais precisamente a proposta do Exit -13, na verdade, eu acho que eles só queriam tocar coisas quando estivessem doidões, mas aí é que ta, o som deles tem arranjos, quebradas, riffs, andamentos muito complexos, tudo meio louco, variação vocal... realmente é muito difícil de se escutar num primeiro contato. Bom então certa vez decidi entrar no clima, já que eles falam tanto de maconha, pensei em ouvir o som completamente chapado... e deu certo, que viajem da porra. Cara o som é basicamente Freestyle grindcore... eu acho esse rótulo uma farsa, então pra mim são apenas músicas estranhas, com influências de jazz e com alguns blasts, eu na verdade não ligo pro rótulo final, até porque a banda realmente me cativa bastante. Este cd que falarei aqui é uma versão lançada pela Relapse a alguns anos atrás, numa espécie de discografia de luxo, com um cd duplo, encarte gigante e uma pá de coisa deliciosa para se ler, ver e ouvir. Temos aqui o total de 46 faixas, retiradas dos seguintes materiais: Ethos Musick Lp, Green s Good Lp, Just a few more hits ep, Split ep w/ Hemdale, Unrequited Love... ep, Spare the wretch... ep. Não teria audácia de indicar esta banda a ninguém, pois a maioria nem iria gostar, até eu me espanto algumas vezes, pois o som é realmente quebrado e estranho, mas acho foda demais. E este cd duplo está lindo, então é isso muita erva e exit-13 nos meus domingos, diversão garantida, o sr. Dan Lilker que vos diga.

www.relapse.com/


Finalmente, depois de uma larga época de turbulências, minha vida aos poucos está se normalizando, me mudei novamente, mas agora espero me demorar o máximo por aqui, a Internet é boa... enfim, os atrasos e sumiços serão bem menores para tristeza de alguns e alegria de outros. E não ligue para os erros ortográficos.


Mas como diria o Lobotomia: Nada é como parece... então não confiem em mim, no seu vizinho, no seu professor mais legal ou no seu chefe mais bacana, lembre-se, estamos na nossa Matrix, seu pit Bull pode ser um poodle e você nem sabe.

Valeu a todo mundo que entrou em contato e mandou material pra resenha, aos poucos eles vão aparecendo, obrigado também aos anônimos que mandam palavras agradáveis onde “merda” e “filho da puta” são figurinhas assíduas.

É isso, cuidado com a chuva ácida, com água de côco barata (mesmo sendo gelada e estiver fazendo 34°) com gatos que parecem inofensivos e com crackers safados e espertos que clonam seu IP para ficar baixando filmes no Megaupload.


Vão na Av Acácia, 22 e troquem uma idéia com a Charlotte the Harlot (antes de você ter algum envolvimento sexual com ela claro)... mostrem o disco novo do Burzum... ela com certeza vai achar uma merda e dizer que as bandas norueguesas são um lixo.

Este post foi postado depois de uma uma loooonga jornada de acertos e erros, mas foi postado... e ao som de Ancient – The Canian Chronicle, só pra contrariar minha velha amiga Charlotte, mesmo concordando em partes com suas palavras.

Cheers
All we need weed
vomit

5 comentários:

  1. Sr. vomitorium!!!! palvras ácidas, criticas, pensamentos inconformados...ar fresco nos kbytes do ocenao internético..

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  2. Caralho, to com uma dor da porra na vista depois de passar todo o primeiro tempo de São paulo e Cruzeiro lendo isso tudo aqui, atualize mais essa porra, Vomit, é sempre agradável passar por aqui.
    Abraço.

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  3. Fudido o blog Vomitorium!!!! Pouca gente nota, mas o Iommi já afinava em C desde 1971!!! Abracao!!

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  4. Safada, e em B? E rápido? hein?
    Nem adianta olhar no goole bichona...aheuhuauhea

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  5. Muito bom como sempre, direito e reto na grindeiragem!

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