segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Colapso no Underground


Vou falar sobre um assunto que é meio chato, mas eu tenho uma opinião bem formada com relação a ele: “ O Mp3”. Acho que quem lê as merdas que escrevo ou quem me conhece, sabe que eu preservo um lado completamente romântico do underground de outrora... eu sei que os tempos são outros, que o mundo é outro, que as mudanças são pra lá de evidentes e que quem vive de passado é museu, mas a questão aqui não é nostalgia. A tecnologia da informação, a velocidade desta informação, a facilidade em se conseguir álbuns...tudo isso, é extremamente tentador, cômodo e barato, existe um lado muito bom nisso e um lado tenebroso, isso se tratando do velho querido e barulhento underground. Seria muito bom se na prática as coisas fossem como apregoam por aí, mas a realidade é completamente diferente. Vou tentar analisar todos os lados e todas as variantes, eu não fiz pesquisa nem uma, muito menos copiei isso de algum canto... to escrevendo porque to afim e pronto.


1 - Pessoas que tem condições e simplesmente baixam, porque são acomodados e pra eles um hd repleto de arquivos ja basta, pois o underground não é atraente, eles escutam a musica e pronto, não ligam pra cultura em si.


2 – Pessoas que não trabalham, não tem renda ou são lascados mesmo e usam isso como pretexto para não pegarem uma tape se quer e passam o tempo coçando os testículos ou mamilos esperando porra nem uma... mas na hora de ir ver uma banda gringa fodona e cara, todo mundo arruma grana.


3 - Pessoas que baixam porque são fudidas financeiramente, mas quando dá e uma grana sobra, elas compram uma demo ou um ep ou um cd, escrevem pras bandas...


4 – Pessoas que são meio a meio, que baixam e adquirem material... são consumidores de música e gostam de

la como um todo.


5 – Pessoas que baixam apenas raridades e discos de estilos que não são seus favoritos, mas mesmo assim tentam conseguir o material original depois, mas são viciados em discos e na porra toda.


6 – Radicais que não baixam nada e esculhambam os baixadores... esses são consumidores ferrenhos, e o

deiam a cena descartável criada com a tecnologia.


Não dou a mínima pras pessoas que baixam tudo, não dou a mínima pras pessoas que colocam tudo pra baixar ( detalhe que na maioria desses blogs que tem links, as pessoas não tem nem os plays originais que upam) não dou a mínima pros que odeiam os baixadores... Acho que cada um sabe o que quer e sabe onde o calo aperta.


O Problema é que se você escuta a música simplesmente pela música, você não é diferente em nada de um pagodeiro, funkeiro, forroseiro e qualquer outro eiro (metaleiro tb hahaha). O underground pra mim é acima de tudo combativo e eu gosto de acreditar que as pessoas que chegaram nele foi porque acharam todas as outras alternativas uma merda. Mas se você está nessa simplesmente para balançar sua cabeça e usar drogas...não é diferente de um cara que vai num baile rebolar a bunda e usar drogas. Gosto de acreditar que toda a contra-informação, todo o conceito, a arte ou como diria meu amigo Cesar Cyco anti-arte não são irrelevantes e simplesmente não podem se tornar arquivos, tão somente arquivos.


Onde eu entro nesse barco... digamos que eu sou o numero 5 da lista que inventei lá em cima, digamos que o mp3 é algo de extrema ajuda, mas é só um arquivo qualquer... um tape ou um cd-r tem muito mais cara de som do que um arquivo, isso é uma opinião pessoal... não pensem que eu não baixo arquivos... eu baixo sim, só que existem arquivos e arquivos... e mesmo depois de baixar eu queimo num cd e faço a capa, não consigo ouvir musica no pc, não me acostumo, por isso meu som fica ao lado, para se tornar prático, prático como baixar um disco. E antes que pensem, eu não tenho grana sobrando, muito pelo contrário, tenho família, dois demônios pra dar comida, só criei um sistema de vivência para e com o underground, quando todos viajam pra ver um showzão, eu fuço catálogos de distros, alguns pagam 100 conto de banda larga, eu pegaria esses 100 conto e transformaria em 12 7”ep’s; quando as pessoas almoçam por aí eu levo frutas de casa para poder economizar pq 5 reais por dia são 25 por semana, ja da um cd ou 2 eps... e tem as velhas trocas, cds nacionais comprados ha uma certa quantidade saem baratos e é só mandar pros cantos certos... e quando eu não trabalhava nem tinha porra nem uma eu conseguia discos de todas as formas... gravava tapes e vendia e comprava mais discos e depois veio cd-rs e gravava e vendia e assim vai indo... e minha coleção esta onde esta, e não é simples mente pela quantidad e, pelo vício, pela compulsão, acredito que cada disco tem um sentimento, cada disco tem uma arte, cada disco tem um conceito, cada disco tem seu momento... e gosto de aproveitar isso tudo, degusto cada detalhe com parcimônia e é assim que eu vejo minha coleção.


Sabe quantos desses links de splits de bandas (que usam o termo noise qualquer coisa, mas que de noise mesmo não tem nada) que lançam musica como um cabrito faz cocô eu cliquei... só em um... e foi pra ouvir uma banda específica chamada Corpos Mortos no Lixo... que alias é uma merda, acho esse lance de se fazer som e lançar apenas na net algo legal, uma outra cara... só que isso pode funcionar pra algumas coisas, mas pra outras NUNCA vai dar certo... como seria se o Lp 10” do Denak fosse lançado pra se ouvir num link de “algumshare”... não seria o Denak... não seria grindcore.


Acho muito bom o lance: “musica livre”... “compartilhar”... “fuck copyrights”... mas isso tudo... de verdade, já estava sendo feito por selos, bandas, distros, zines... INDEPENDENTES, e uma coisa que era pra derrubar barreiras colocou um muro de concreto maior do que o da China.


Só que eu respiro, eu como, eu vivo essa coisa toda chamada Underground... e eu estou vendo esse mesmo underground entrando em colapso, estou vendo o espírito combativo sendo degradado, estou vendo as pessoas que fazem parte do underground matando o próprio underground. Muitos podem não se ligar... mas eu ja sou um velho leitor de catálogos de distros daqui e de fora, ha muito tempo eu vasculho itens que me interessam, e de uns anos pra cá eu tenho notado uma severa diminuição de itens nas distros nacionais. Tudo funcionava assim: Um selo lançava um disco, e trocava uma boa quantidade deste disco com selos espalhados pelo mundo, logo você teria a oportunidade de conseguir itens gringos a preços legais e com uma facilidade maior. Só que de uns anos pra cá, as coisas mudaram, o mal uso da tecnologia enterrou alguns selos, outros estão quase parados... e até selos gringos que lançavam uma boa quantidade de discos por ano, reduziram gritantemente. Aí é que esta o problema, pra alguém que investe tempo, dinheiro, paciência e mais um monte de coisa pra poder lançar um disco com 1000 cópias, essa situação está foda, os selos nacionais estagnaram seus lançamentos, pelo menos se fizermos uma comparação de 10 anos atrás, onde as coisas funcionavam e os preços eram bem baixos inclusive dos itens gringos. E quem gosta de participar e ter os itens originais, seja por qual motivo for, está fadado a gastar mais, ou a nem conseguir um álbum que antigamente era até fácil... rapidamente você vai pensar, poxa é só baixar... é... eu queria que fosse simples assim, mas não é, e isso influencia diret amente em todo o contexto, pois alguns mencionam a dificuldade dos custos de se pegar cds e lps gringos... concordo plenamente, mas antes estes matérias chegavam aqui porque os selos daqui produziam cd’s e lps constantemente. Mas diz aí, quantos ainda gastam algum trocado pra catar um Ep, Lp ou cd? Acho que se alguém for pensar contaria nos dedos, então a coisa não funciona, a coisa para... e não mera questão de capital, de grana.


E antes que alguém venha falar merda... Tente imaginar de outra forma, já pensou se seu vizinho de trás roubasse sua conexão, e você ficaria sem net pq alguém está pirateando sua rede ... e aí? Ele não tem os mesmos direitos que você? Ele estaria sendo esperto, assim como você, e ele também não tem grana assim como você. É a vida, não tem que reclamar, tem que agir, provavelmente você agiria, e é isso que eu faço.


Confesso que amo a idéia de poder ter um Ep do Agoraphobia gravado em 91 que só tinha em tape num cd-r com capinha (o Yuri que me passou esse link haha), mas um cd, lp ou ep de uma banda contemporânea, que toca um estilo barulhento e desgostoso, que só tem 1000 cópias por aí, que está sendo vendido a preços muito bons se compararmos os valores da moeda... não baixo mesmo, e não é só pelo fato de gostar de ter o disco original, é saber que eu faço parte de uma contra-cultura, uma espécie de célula cancerígena que tenta minar os alicerces desse aglomerado de valores fajutos e que todas essas bandas que vocês adoram e baixam tentam destruir(independente de falar de sangue, guerra, política, religião, horror e o raio que o parta). Baixar o ultimo do Slayer ou do Napalm Death é uma coisa... baixar ocd da banda que você ta vendo na banquinha do show por 10, 15 mangos é outra. Não quero mudar nada com essas palavras é mais um desabafo... e sem hipocrisia, porque eu baixo arquivos sim, só que eu busco coisas que nunca mais vou ver na vida ou só tinha em tape que gravei, quando se esperava 1 mês pra conseguir uma gravação de uma banda de grindcore ou death metal gringa, um tape do VNA tinha mais valor do que 20 GB de arquivos... eram outros tempos, outras caras, outros sentimentos.


Então é só esperar o colapso... assim como o planeta esta morrendo o underground tb esta, bandas não serão lançadas, porque selos não terão o porque de fazer isso, trocas não serão feitas porque ninguém vai pegar nada, zines não terão o que fazer na cena, shows não serão necessários... todos nas suas casas, usando arquivos, consumindo coisas sem alma...


Lembrem-se... o underground seja metal ou hc...é muito mais do que apenas divertimento e músicas feias...


Mp3, internet, Tecnologia, Blogs, P2p’s... a culpa não é deles... a culpa é SUA!


Não escrevi isso para alfinetar ninguém, muito menosé uma indireta, até porque eu amo a tecnologia ea Internet, e neste momento estou usando desta ferramenta para dividir um pedacinho do câncer ... essas palavras expressam apenas um sentimento remoto perante um terror irremediável: O Colapso no Underground!!!


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6 Músicas


1 - Homomilitia - Multinationals


2 - Cerebral Turbulence - Corrupt Shit


3 - Attack of the Mad Axeman - 666 vs 626


4 - Bombstrike - Patent Pa Godhet


5 - Butcher ABC - Bolt Slaughter


6 - Intoxication - Cerebral Parasite


6 Coisas que atentaram minha visão


1 - Metalic Butcher zine - 4


2 - Aviso Final zine - 24


3 - Agathocles ao vivo noOEF 2008

http://www.youtube.com/watch?v=TGh_jIk_ZW0


4 - Impaled Nazarene ao vivo no OEF 2008

http://www.youtube.com/watch?v=uyx_nRhZM0w&feature=related


5 - Mortician Live 1990

http://www.youtube.com/watch?v=vhB7s9RAlRo&feature=related


6 - Carnage Live 1989

http://www.youtube.com/watch?v=UYZhjBmPVCc


6 Coisas odiosas


1 - O capital e tudo que gira em torno dele.


2 - Chuvas insistentes e constantes


3 - A politicagem interiorana


4 - Derrota alvinegra


5 - Passagens emais passagens ao bel prazer usadas pelos governantes eleitos.


6 - A faltade essência contemporânea


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* Impetigo - Live Total Zombie Gore Holocaust


Esta banda é uma das mais queridas, talvez eu a colocasse entre as 5 mais dentro desse estilo, talvez eu considere alguns materiais lançados por estes caras, irrefutáveis, ao ponto de considerar a musica feita por eles em determinada época a mais criativa e original excretada por uma banda desse nipe. A grande verdade é que esta banda de Illinois se tornou referência, se tornou influência, se tornou cult...e não é a toa. O Impetigo conseguiu desde sempre circundar o underground de uma forma obscura e extremamente cativante, eles foram de certa forma um dos pioneiros nesse negócio de misturar terror com barulho, eles fizeram capas monstruosas, colocaram intros de filmes de horror na época onde barulhos soturnos imperavam, eles ao contrario de uma grande parcela de bandas do final dos anos 80 não ficaram famosos. O tempo passou, a banda se manteve obscura pra grande maioria, mas sempre foi cultuada, e sua música disseminada nas velhas trocas de tapes, até porque eles só lançaram dois álbuns e alguns ep’s. Algum tempo depois o Impetigo emergiu de uma forma muito forte, tendo demos e eps, sendo relançados em belos pictures 7 ep’s, Lp’s e cd’s... fora os dois álbuns tendo várias versões em vinil e em cd com capas distintas das versões da Wild Rags. E então de uns anos pra cá o Impetigo virou uma febre... muita gente que nem sabia o que esses doidos fizeram no início da década p

assada, ficaram fans, a banda saiu relativamente da obscuridade e conseguiu um lugar ao sol, isso depois de 20 anos... mas na verdade estes desgraçados gostam mesmo é de ficar enterrados em suas cryptas, basta ver que os relançamentos saíram por selos independentes menores (fora a Morbid Rec.) os caras sempre aparecem de alguma forma na cena... seja tocando numa gravação de uma banda qualquer, ou fazendo uma capa escrota , ou escrevendo uma letra ou vomitando palavras... o tempo passou, mas a essência que o Impetigo criou ainda está intacta, eles ainda respiram o Underground como a 20 anos atrás, e isso é o que importa. Este cd é uma gravação de um show comemorativo de 20 anos de estrada, foi gravado em 2007 e é um dos melhores discos ao vivo que tive o prazer de ouvir na minha vida. Pra começar os caras fizeram questão de tocar um set list enorme, com todos os clássicos, ele não cortaram NADA nos intervalos dos sons, todas as falas, xingamentos, agradecimentos, erros, risadas... entre as musicas está lá, é como se esse cd fosse feito para os Impetigomaniacos que não puderam ir para essa apresentação. O cd ou melhor o show começa com Maggots seguida de uma das mais empolgantes músicas já feitas pela banda: Dis-Organ-Ized... de imediato eu fiquei de queixo caído com a gravação, as guitarras, som de bateria, baixo, vocais...tudo muito, mas muito bem equalizado, deixando este cd ainda mais atraente... claro que estamos falando de Impetigo, então pode colocar eles tocando até nomelhor equipamento do mundo que vai soar barulhento. Não vou falar cada detalhe para não perder a graça... pois as coisas que o Stevo fala entre as faixas são foda, e realmente eu me senti lá... não sei se é porque eu sempre escuto depois de fumar um, mas que a sensação é fudida isso é. Todas as execuções são fodas, o clima é absurdamente maravilhoso, bandas velhas são citadas, bandas novas são citadas... e quem canta o clássico Boneyard é o veterano Kan Lee do Saudoso Massacre. Eu fiquei realmente emocionado, estou falando como um apreciador de longa data, que ficou muito tempo ouvindo o Ultimo Mondo Canibale e o Horror of The zombies apenas em tapes da marca Basf (alguém lembra), me senti parte de uma coisa única, uma coisa que é quase inexistente hoje em dia, onde os tempos são outros e a musica está praticamente descartável. No encarte encontramos um longo texto escrito pelo Stevo onde ele fala do começo, da cena no final dos 80, na cooperação, nos selos pequenos mas segundo ele transparentes e sinceros e como tudo funcionava da forma mais DIY possível e sem ter nada das facilidades e comodidades que temos hoje em dia. A arte deste cd está FODA, a capa é uma das melhores que vi nos últimos tempos... o Putrid é o cara. Este disco foi uma das melhores coisas que eu consegui nos últimos anos, realmente estou falando com um fan de um estilo, um fan de música e um fan de discos.


Gostaria deencerrar esta resenha usando palavras escritas pelo Stevo, que se encontram no encarte.


The heart and the soul of the Underground is still lives. The heart is our collective embrace of a subculture we created, defined, used and abused... and it continues to beat to a march that can never be broken, never be stifled. The soul is our refusal to subject our point of view to one that cold ever align itself with the mainstream. Stay True... Stay Heavy... and Stay Sick.


Stevo may / 2008


* Asedio - s/t - Varios


O Asedio é uma banda nova, possui um único disco e conta em sua line up com algumas figurinhas da cena espanhola, gente do Ekkaia e Nashgul tocam aqui. O som da banda é um fudido dark crust, com mais cara de crust do que de dark, músicas rápidas, típicos solinhos entre os riffs, claro que sempre aparecem riffs mais trampados, com melodias mais envolventes, sendo que as músicas na sua grande maioria são sempre rápidas daí eles nem ficam tão acentuados, muitas partes mais metálicas são notadas também, alguns riffs bem palhetado , no geral eu gostei bastante do trampo de guitarras. Os vocais são urrados e carregam um pouco de reverb, e me lembrou um pouco uma banda de death metal do começo dos 90, ah e a banda canta em espanhol pra variar. Eu gostei do Asedio, a Espanha é um grande berço pra esse tipo de som, o única coisa que me incomoda é que quase todas as bandas novas só tocam esse crust mais denso e viado, e como em toda cena, algumas bandas são bem legais e outra são uma bosta, então tem MUITA bosta rolando por aí, mas o Asedio faz parte das que são legais. Disco bacana pacas, algumas partes são realmente “bonitas” , se você gosta do neo crust esse play é um bom representante da nova safra.


* Abscess - Horror hammer - Peaceville


É sempre um prazer falar de um disco que eu gosto, ainda mais se tratando de uma banda como o Abscess, não vou fazer rodeios, pois todos ou a grande maioria deve conhecer os senhores envolvidos aqui. O Abscess sempre foi uma banda meio obscura, lançou ótimos álbuns e esse Horrorhammer é seu ultimo full, e é uma maravilha. Bom pra quem não conhece, a fórmula é basicamente a mesma de antes, death metal cru com uns toque de hc punk, mas com cara de death metal mesmo, simples, sujo e fudido, mas o foda é que a banda apesar de seguir uma certa linha, não se prende a nada direito, do nada você escuta um riff meio sabbath e fica viajando, existem vocais de todos os tipos aqui. Eu sempre fui um grande apreciador do Abscess, não tem nem um disco deles que eu ache ruim, e esse aqui é tão bom ou melhor que os outros. Este cd tem 12 faixas pra lá de instigantes, riffs simples, andamentos rápidos e uma alma pra lá de suja. Algumas curiosidades, este play foi gravado no Prairie Sun Studios na Califórnia, pois é, mesmo lugar onde o MARAVILHOSO Seven Churches foi gravado. Este cd foi lançado pela Tyrant Syndicate Prod, que na verdade é uma sub divisão da Peaceville e quem toma conta são os Darkthrone... é esse mesmo que você ta pensando. No mais cd fudido, arte em tons de cinza com desenhos do Sr Ddread, tudo ficou bom pacas, a ilustração da capa é uma atração a parte. Já tem mais uns splits rolando do Abscess por aí, mas é mais difícil do que a sobrevivência do underground.


* Gride / Licanthrophy - Split 7” Ep - Insane Society rec


Bela união nesse split. As duas bandas vem de uma das mais prolíferas cenas européias, e se falando de República Tcheca, é realmente difícil uma banda soar ruim. Começando com o Gride que toca 5 sons. A musica aqui é a mesma de outros materiais, aquele hc rapidão, com riffs mais cortantes, um vocal rasgado, velocidade pra dar e vender, uma gravação que me agradou de mais e umas intros faladas em tcheco que eu não entendo porra nem uma, e eles tb cantam em tcheco e da pradecifrar ele cantando porque o timbre é um falado meio gritado. Parece que acabou de sair um disco deles, eu não sei ao certo, nem sei quem lançou, mas espero que um dia ele chegue em minhas mãos. O Lycantrophy é um pouco mais grosseiro, após uma intro super animada onde uma música meio engraçada é apresentada, eles mostram seu hc / grind desgraçado ao extremo, com os tradicionais duetos mistos onde a moça lá que não vou me atrever a falar o nome grita feito uma louca e o baixista completa com berros. Eles tocam 6 sons aqui, todos muito legais, um arregaço, eles também cantam em theco, só que não da pra perceber no meio dos gritos. A arte como todas da Insane society é uma maravilha, capinha dura color de alto nível, grande lançamento, grande split, mas o Lycantrophy me agradou bem mais do que o Gride.


* EDBP / Thanatologist - split cd - E.U 91


Pra começar gostaria de decifrar esse nome Entropic Degrade Behind Phylogeny... que porra é essa? De qualquer forma eles abrem esse split, a banda foi uma grata surpresa... ah e eles não tocam goregrind, ou nada com gore. O disco começa com uma intro chamada Maternal, e é uma intro muito boa, com um ruído industrial com umas falas robotizadas, algo realmente bem feitoe perturbador. E então o som começa, puta grindnoisecore, eu fiquei extremamente feliz, pois o EDBP prima pela sujeira, brutalidade, simplicidade, microfonias, gravação podre... caralho, eu fiquei de cara. Ótima banda que eu nunca tinha ouvido falar, até porque eles nunca lançaram nada, mas é uma destruição barulhenta sem fim, altamente recomendado para os apreciadores das microfonias, urros, gravações podres e afins... salve o velho grind com cara de noise de verdade. Dando continuação, temos o Thanatologist... bom essa banda é velha, mas nunca lançou nada, e eu fiquei mais uma vez mais feliz do que meu filho quando ganha pirulito, puta que pariu, vai tocar um splatter com a velha essência assim lá no começo dos anos 90... mermãão, se você gosta de Carcass (antes da fase melódica), o Thanatologist é o Carcass italiano... tudo tem aquela cara, só que com a velha sujeira, aquele velho clima, os vocais dobrados, solos dissonantes... tudo aquilo que o Carcass inventou está aqui, e de uma forma excelente. Este material era pra ter saído em um ep em 96, mas nunca foi lançado, aí pareceu o lunático do Giulio the Bastard... que é vocalista do Cripple Bastards... e lançou a porra deste split cd com esses 4 sons do Thanatologist, mais 14 sons do EDBP que tem membros do Thanatologist hahaha... mermão pra resumir, fazia muito tempo que não pegava um material tãoempolgante vindo de terras italianas. Grind old skull Vs. Splatter old skull... esse split cd é maravilhoso, fiquei espantado. A edição também é uma maravilha, versão em digipack, um belo encarte.. e capas pra lá de bizarras, propostas diferentes, mas igualmente bizarras. Se você gosta de grindcore ou splatter...eu acho que você deveria fazer um esforço pra conseguir este play, pois meus ouvidos se encheram de ternura depois que ele rodou aqui.


* Blood I Bleed - High Octane Thrash - Selfmadegod


Porco deus, que cd é esse. Estes holandeses são indiscutivelmente um dos melhores representantes atuais da música rápida oriunda da Holanda, e olha que lá tem tradição. Assim que o querido My Mind is Mine morreu, o Blood I Bleed nasceu, a brutalidade e semelhança com o MMM é latente, mas o Blood I Bleed consegue soar muito mais hc / thrash do que grindcore, músicas realmente rápidas, cortantes ao extremo, curtas, bem feitas e extremamente empolgantes. Neste cd lançado pela Polonesa Selfmaedgod, temos o total de 32 faixas vindas dos seguintes materiais: Split 7” com os japas do Sound like shit, Split 7” ep com os ingleses do Under Preassure, Split 7” com outros japas do Unholy Grave, e um Full 7” ep, alem de 2 covers um dos mestres Fear of God e outro do Negative Gain. Todos esses 7”eps foram relativamente fáceis de se conseguir, eu só não tenho o com UxP, mas os outros eu peguei até a um preço abaixo do que o normal. Enfim, mais um cd discografia, para as pessoas que não colecionam mais vinil, mas essa versão saiu caprichada, com um encarte muito bonito, com 4 dobras que se abrem de dentro pra fora, em couche com uma espessura maior, com imagens dos eps e todas as informações, e a arte está muito bem feita, toda em p/b, com um único detalhe vermelho na capa. Ótimo cd para quem não teve chance de catar os ep’s originais, ou para quem como eu é um filho da puta que adora mais coisas do que deveria. Hc thrash a velocidade da luz com um pequeno flerte pelo grindcore, extremamente empolgante, riffado, energético e barulhento. Saiu uma versão em Lp pela TVG rec, mas nunca vi... mas um dia que sabe né.


* Hooded Menace - Fulfill the Curse - Razorback Rec


Este disco foi um dos que eu mais gostei do ano passado. Fiquei surpreso demais, com tudo envolvido aqui. Já tinha ouvido falar no Hooded Menace, até porque nesse tempode Internet isso é mais fácil do que fazer filho, e como sempre costumo pegar coisas da Razorback, chegou o dia do Hooded Menace. Inicialmente você já se depara com uma capa mórbida e com um desenho em preto de branco de te deixar olhando os detalhes por muitos minutos (o Putrid é o filho da puta maisf ilho da puta pra desenhar esse tipo de coisa, manda muito) e uma homenagem ao Sr. Armando de Osório e seus Mortos sem Olhosé percebida instantaneamente. Após uma macabra intro, um peso indescritível e um riff apocalíptico quase esmagaram minhas sofridas caixas de som, Death / doom extremamente sombrio, PESADO, mórbido, assustador e mais um monte de adjetivo ruim...puta que pariu, que banda boa da porra. O Hooded Menace, faz um som muito pouco convencional hj em dia, se bem que a onda retro alcança até as coisas lentas e macabras da vida. Mas tudo aqui é extremamente sombrio, o vocal é um gutural denso, com muito reverb,parece que o cara ta cantando dentro de um túnel, os timbres são sujos, muito sujos, o peso é descomunal, a estrutura dos sons é arrastada, tudo soa como um death metal lento, muito lento... sem nada de partes mais polidas, vocais limpos, ou coisas que apareceram em discos do que se convencionou a chamar doom metal na década passada. 9 faixas, mais de 40 minutos de desespero musical, temas de horror, um clima de botar medo... e uma atmosfera muito fudida. Adorei este cd, recomendo ele pra quem gosta de viajar em coisas mórbidas, lentas, assustadoras e escuras, alem é claro de apreciadores dos velhos filmes de Horror, apesar da capa e do logo da banda ser uma notável homenagem ao clássico filme espanhol dos zumbis cegos criado pelo Osório, o cd não é temático. Grande petardo, grande banda... ah e eles são finlandeses, e tem gente da cena clássica do death finlandês aqui. Mas lembre-se este cd é só pra quem gosta muito de coisas lentas e mórbidas, as músicas são compridas, mas eu gosto, se fosse uma banda rápida eu não agüentava 3 faixas, mas bandas lentas tem que ser densas e criar climas, e essa faz isso muito bem.


* Fleshcrawl - Structures of Deah - Metal Blade


Esta é sem sombra de dúvidas uma das melhores bandas de deth metal de todos os tempos na minha opinião, vamos aos fatos. A banda existedesde 1991, desde seu primeiro ep, a banda NUNCA fez um disco ruin, claro que mudanças existem até porque de lá pra cá muita coisa aconteceu, mudança de membros, maturidade e essas coisas. Mas a banda sempre primou por uma escola death metálica, basicamente sueca... pois é, é estranho, maso Fleshcrawl é a banda mais sueca vinda da Alemanha que eu conheço. Este disco tem 12 faixas, mais uma vez a banda saiu da Alemanha e foi gravar no tradicional Undeground Studio na Suécia e este play esta com a mesma sonoridade de sempre, não vou dar referências porque o Fleshcrawl já éuma. Então meu camarada se você é como eu, e acha que musicas 1 por 1 eriffs cortantes e partes mais cadenciadas é que são legais... esse disco é pra você. Claramente o Fleshcrawl evolui a cada disco, o trampo de guitarra fica cada vez mais apurado, mas o mais fudido é que eles conseguem deixar a essência intacta, evolução unida de coerência. Este é o oitavo trabalho da banda, não é meu preferido, mas comcerteza, não fica atrás de nem um dos outros 7. Partes rápidas contrastadas com cadenciadas, a velha gravação sueca de sempre, vocais muito bons, guturais e agressivos coisa rara de acontecer. A arte como sempre é um atrativo a parte, o cara que fez o desenho da capa aqui: Uwe Jarling, já trabalhou com a banda em outros plays, inclusive no primeiro álbum. É isso, gosto demais do Fleshcrawl como um todo, é muito raro uma banda manter uma linha intacta, mesmo soando diferente dos primeiros trampos. Grande banda esta aqui, e infelizmente é um pouco esquecida pela grande maioria que gosta de death metal. Mas eles continuam firmes e fortes dentro do underground.


* Dead Congregation - Graves of the Archangels - Nuclear War Now


Fiquei meio surpreso quando este cd chegou aqui há um tempo... pois ele veio meio que de surpresa, e como um brinde. Bom, quando eu vi a capa eu fiquei empolgado, o logo me fez lembrar das velhas bandas suecas: Carnage, Nihiliste afins. Então fui colocar ele pra rolar. Inicialmente, uma intro com umas guitarras que não queria acabar estava me deixando na ânsia. A segunda faixa chamada “Hostis Humani Generis” veio cuspindo fogo por todo lado, e então eu percebi que esta banda Grega não tem nada da velha escola sueca. Eles tocam um som muito mais brutal, mas completamente competente e sem ser chato o que é o mais importante. Eu gostei desta banda, não tanto comoeu pensei, mas eu gostei, porque tem um certo clima de maleficência no som, uma atmosfera ruim, death metal fudido, trampado, bem executado, mas sem nada de coisas difíceis demais ou complexas demais, riffs bem tocados e de fácil assimilação o que deixa a música mais envolvente. Este cd tem 9 faixas sendo uma intro... só tem um problema...mermããão, eu não consegui escutar ele todo, as musicas são grandes cara, e meio que enchem o saco em determinada hora. O cd é fudido sim, mas eu ando meio sem saco pra esse tipo de coisa, muito blast, pedal duplo quase direto, escutei ele de duas vezes hahaha, é foda, mas é verdade. A melhor música é uma chamada “Subjugation” que tem só 1 minuto e 11 segundos hahaha, blast quase do começo ao fim, com poucas intervenções, e ela tem um riff maligno pra caralho... é massa. Bom cd, banda legal, segue aquele unholy death metal mais brutal, fudido e bem feito sem ser chato, não sei se eles tem outros discos, esse é recente, eu achei legal.


* Reproach / ANS - split Ep - Still Holding On / Gnarly Slaughter recs.


Minha nossa! Que ep é esse. Fazia um bom tempo que não ouvia nada novo dos belgas do Reproach, e eu fiquei de boca aberta,porra, esses 8 sons gravados aqui foram feitos na medida certa... hc / thrash rasgando tudo que é película oricular. Esses caras estão cada vez mais rápidos e cada vez melhores, gostei demais dessa gravação, das musicas, de tudo... realmente fiquei impressionado,mermãão bom demais...da vontade de ficar voltando a agulha... o tempo todo, fudido. Do outro lado os americanos do ANS, eu sempre vi essa banda nas distros, em cataz de gigs... mas nunca fui atrás de conhecer, sei lá nunca tive vontade, nem pelos comentários favoráveis que sempre li, mas aí apareceu esse split com o Reproach, e como eu sou um apreciador da musica dos belgas, peguei esse ep. Bom o ANS faz um tipo de som bem empolgante, totalmente calcado em coisas como No Mercy e aquela safra mas velha do hc skate maericano, sendo que meio punk... é legal porque não é completamente rápido nem completamente parado... enfim skatecore, as vezes empolgante pacas outras nem tanto... se os momentos mais violentos fossem mais constante acho que eu gostaria mais. Eles mandam um cover para o velho Agression americano, para a faixa Locals Only... do primeiro play deles de 83... acho que é um que tem um moleque andando de skate numa piscina... total Lords of Dogtown haha. 7” ep muito foda, principalmente pelo lado do Reproach que rendeu muito mais. O ANS parece que veio meio sem vontade... enfim, ms tb é legal. Mas o Reproach ta maltratando demais aqui.


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* Dahmer / Diarrhee Mentale / Carcass Grinder - 3 way tape - Deliria Prod


Gosto muito desse formato, gosto muito desse lance de split tapes para alguns estilos, um split tape ao meu ver é muito mais charmoso do que um split cd, pelo menos se tratando de grindcore. E essa tape em especial, trás bandas extremamente desgraçadas. Dando início temos o lendário Dahmer, que aqui manda nada mais nada menos do que 15 sons, e então o grindcore canadense começou a mostrar a cara e se moldar para o mundo. Acho Dahmer uma das melhores bandas surgias nos anos 90, grindcore extremamente agressivo, denso, sujo mas coeso, barulhento mas audúvel... enfim, essa banda é uma banda muito querida, não só por deixar um legado, mas por ter lançados determinados materiais que cativariam até a diabolim do cavalo de fogo. As 9 primeiras faixas do Dahmer aqui fazem parte do cult primeiro ep lançado pela Sinpeless rec, coisa com cara velha e suja. A segunda banda são outros canadenses do Diarrhee Mentale, banda do baixista do Dahmer Seb, sendo que ele toca bateria aqui. O DxM não é muito diferente do Dahmer, com exceção dos vocais que são mais exagerados, uns berros desesperadores, ms a estruturas sonora é bem similar, inclusive a gravação. Então puta grindcore velha escola com todo aquele charme de poucas notas indo e voltando estará aqui. Eles tocam apenas 8 sons, é uma pena, pois essa banda é muito boa, acho queeles não tem mas nada lançado, mas não sei ao certo. Pra finalizar uma das mais brilhantes aparições dos japas do Carass Grinder, nada mais nada menos do que 16 sons, com uma gravação podraça mas com a cara que tem que ter, grindcore com cara de grindcore, simples assim. Temos no total 39 sons neste tape, 2 lados repletos de musicas desgraçadas ebarulhentas, uma capinha xerocada em papel color, e um dos melhores lançamentos DIY dos anos 90, com bandas que eu gosto muito, e ainda tem o ladoafetivo né, pois talvez esse seja o único registro do Diarrhee Mentale, se alguém souber de mais alguma coisa, me avisa, eu realmente não sei. Somente para os amantes do velho grindcore.


* Rottrevore - Iniquitous - Drowned Rec 1993


É incrível como algumas bandas não conseguem passar de um disco. Esta clássica banda americana, lançou somente uma demo, 2 ep’s e este cd, que até onde sei só foi lançado em cd mesmo, e por um selo meio obscuro, que na verdade éuma sub divisão da hard vinyl rec... não sei se isso é uma coisa ruim ou boa, mas todos os plays da Drowned que eu tenho as bandas se mantiveram na obscuridade, mas isso é outro papo. O Rottrevore, praticava um deah metal muito foda, realmente com cara de death metal, peso e violência, partes cadenciadas e outras velozes, simplicidade, um poderoso vocal gutural, morbidez pra dar e vender e uma cara que ficou quase esquecida no tempo. Este cd tem 11 faixas, legais pra caralho, me remetem ao passado imediatamente, claro que a banda é velha, mas me refiro as época mesmo, quando conheci a banda, através de uma tape de um amigo... tempos bons, saudosista, nostálgico... foda-se, sou mesmo. Ótimo debut de death metal, feito por uma banda fudida que é esquecida por uma grande parcela do underground, a única coisa ruin aqui é o encarte que só tem uma folha dupla... mas isso era normal nos primeiros lançamentos em cd, pois muitos tentavam reproduzir o que ficaria legal num lp em um cd. Fazuns anos saiu um best / off lançado pela Necroharmonic, que contem a demo e os eps... quem sabe um dia fale sobre ele.


* Beheaded - Souldead - Demo Tape 1995


Lembro quando consegui esta tape numa troca, eu fiquei impressionado pela qualidade, até então tava costumado com uma sonoridade mais indesejável vinda de demos, principalmente se tratando do estilo da banda tocada aqui. O Beheaded toca um brutal death metal, brutal mesmo, a banda conta com ótimos músicos e as execuções são perfeitas. Acho que o maior charme dessa demo é ela possuir uma produção de um álbum, mas mesmo assim ainda conseguir soar como uma demo. O som dessa banda Maltesa, é como se fosse um Suffocation, as vezes mais cru e as vezes mais lapidado. O mais foda de tudo é que hoje quando você escuta uma banda de brutal death metal, os bumbos duplos são a atração maior, as técnicas demasiadas dos músicos... e o Beheaded não tem nada disso, não exageradamente, as músicas tem estruturas complexas, mas são de fáceis degustação. Acho que os caras estavam com um padrão ideal saca, no limite, um passo alem eu acharia ruim... e foi exatamente o que aconteceu, uns anos depois fui ouvir o cd deles que saiu pela x-treme rec da Suécia em 98, achei uma bosta. Mas essa demo figuram entre uma das melhores da minha coleção, brutal death metal de alto nível, mas muito redondinho.


* Hideous Mangleus - Unearthing Grandma's Grave - Ecocentric Rec - 1991


Gosto demais dessa banda americana, e este ep é um clássico absoluto. O HxM toca um mix de grindcore velho, com death e thrash... se eu fosse tentar fazer uma comparação eu diria que eles soam neste ep mais ou menos como o SxOxB na fase mais thrash, sendo que o HxM é bem mais cru, mais grindcore, enfim. As músicas são fodas demais, gosto de tudo que esses loucos lançaram, mais precisamente este ep, onde uma das melhores músicas da história barulhenta foi lançada, é uma chamada Technological Abortion, esse som tem um dos melhores riffs 3 notas que ouvi, se bem que é igual a um monte de outro, mas depois dele, vem uns hc e uns mosh hahaha, esse som é fudido demais. Apesar deste ep ser um íten de colecionador, ele ainda tem pra vender porá aí na net, mas você pode encontrá-lo no primeiro disco da banda de 96 chamado Your Frieds are Dead (mesmo nome da demo), onde a ultima faixa é o Ep mencionado. Também saiu em 2004 pela Goregiatric uma discografia completa com uma pá de coisa bacana. Enfim por falta de opção é que vocês não vão deixar de ouvir este 7” ep do Hideous Mangleus. São 5 sons de um fudido grind meio death com toques thrash de extremo poder de fogo. Termino com uma frase que tem na ccontracapa do ep: “This is what your going to hear in hell”


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Esse grande camarada motherfucker do Vomitorium me encarregou dessa pequena porém honesta sessão com resenhas de zines, então nada melhor do que escolher que a primeira vítima seja ele. Bom, falar o que do Demência, sem sombra de dúvidas uma das melhores produções já feitas aqui no Ceará, e olha que aqui tem muita coisa boooaaa mesmo(!). Logo de cara temos uma entrevista com a Frattelli, que é uma puta banda de Hardcore fudidaça! Para os apreciadoresdesse banquete é uma boa pedida pois a entrevista é longa, porém, jamais cansativa. Ainda temos uma conversa com o Human Meat Grinder, onde esses pervertidos põe toda sujeira em pratos limpos (?!). E para descontrair um pouco, nada melhor que um belo texto sobre o evangélio de Cri$to não acha? Então foda-se porque o Texxxto libertino contido no zine é uma mistura de devassidão e sarcasmo, tudo isso vindo dessa mente doentia e alimentada de muito beck do Eduardo, um texto capaz de fazer a mais puritana levantar sua saia (hahaha). Ainda temos uma das partes de destaque que é a entrevista com o Subcut, que pra mim é uma das melhores bandas de Grindcore do país, muito foda! E logo vem um espaço para o Diagnose, com o irmão rock-star do Jorge, que aborda um pouco de sua vida, infância (Obs: genocída de felinos), além de tratar do que realmente interessa, a Diagnose, banda já de anos e fiel as suas raízes, é sujeira até o talo. Ainda temos um bilhão de resenhas de discos, que puta merda! To com vontade de assaltar a casa do Eduardo (hehehe), ô cara pra ter tanto disco!!! Resumindo, esse zine é indicado apenas para os mais puritanos, sim, para essas pessoas mesmo... Vamos pervertê-los!!! E nem adianta rezar...


Alessandro E. N. é um rabugento, insuportável de se conviver e editor nas horas vagas...


Top 5


Headhunter D.C./Sanctifier - ...In Deathmetalic Brotherhood

Lustful - Profane

BSB.H/Stuhlzapfchen Von "N" - Ataque as Hordas do Poder

Atack Epiléptico

- Iconoclastas

No Sense - Confused Mind (Demo)


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Assim que oVomitorium me fez o convite pra escrever sobre filmes aqui no blog - além de ficar muito feliz - uma da sprimeiras coisas que veio a cabeça foi escrever sobre alguma produção velha, bagaceira e igualmente obscura. Só que dias antes do convite, uma coisa estava me deixando inquieto, muitos dos meus amigos, incluindo o Sauron, não tinham visto o que foi para mim, um dos melhores e mais divertidos filmes que vi em 2008: RAMBO IV.


Muitos podem ter achado que a idéia do Stalonne de resgatar uma das franquias que o fez mundialmente conhecido não passava da tentativa de chutar cachorro morto e ganhar uma grana fácil - ledo engano. O que nosso querido Sly cometeu foi uma prova de amor aos filmes de ação dos anos oitenta, elevando o gênero a um nível jamais visto, um filme de ação à moda antiga, mas com bastante sangueira.


A premissa é bem simples, mas simples como sinônimo de enxuta e bem resolvida, nos moldes das produções velhas do tipo. John Rambo vive na Tailândia, quase como um eremita, atormentado e isolado nas montanhas, capturando cobras venenosas sob encomenda. Umgrupo de crentes missionários está certo que Rambo é o único que pode guiá-los até a tribo Karen, assolada pelos horrores da guerra. A intenção é levar suprimentos e comida, assim como prestar auxílio médico no local. Após pestanejar bastante, Rambo aceita levá-los. Tempo depois, fica sabendo que os crentes foram sequestrados pelo exército birmanês. Nosso "herói", junto com um grupo de mercenários recém-contratados, vão então trazer os crentes de volta e chutar bundas dos soldados responsáveis pelo sequestro.


O que vemos a seguir são cenas de ação frenéticas, e o melhor de tudo, bem filmadas. Fugindo da tendência das produções atuais, sempre confundido e deixando o expectador perdido. Os horrores da guerra são mostrados nos mínimos detalhes, pode esperar para ver cabeças decapitadas, explosões e pedaços de corpos voando pra todos os lados, cadáveres empilhados, uma cabeça arrancada com uma tapa (tá bom, exagerei) e muita sangueira em profusão.


É sensacional - e chega até a chocar - ver Stallone em cena, correndo feito um doido e mutilando inimigos, isso tudo com artrite e mais de 60 anos nas costas. Superando todos os percalços que um filme desse naipe pode oferecer e, acima de tudo, atuando de maneira satisfatória.


O novo RAMBO não foi um mero retorno passageiro do diretor e ator ao gênero, pelo visto Stallone ainda tem muita lenha pra queimar se tratando de ação desenfreada. Seu novo filme THE EXPENDABLES, sobre um grupo de mercenários em missão para derrubar um ditador na América do Sul, está com as filmagens a todo o vapor, chegando a utilizar o Brasil como locação de algumas cenas. A estréia acontece em 2010. E vida longa ao velho Sly.


Ivo é médico, ex-bailarino, cristão, pai de família exemplar, amante das belas artes, militante das causas humanas e mentiroso.


Um top 5 aleatório, dessa vez do velho rabujento John Carpenter:

O Enígma do Outro Mundo

Eles Vivem

Príncipe das Sombras

Os Aventureiros do Bairro Proibido

Halloween


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Não deixem o comodismo rabiscar o que realmente importa. Lutem até o dia do colapso.


Limpem seus tapes, combatam o mofo, aniquilem as traças, superem a umidade, ou você pode ter muita dor de cabeça como eu. Ahhh e faça isso tudo ouvindo sua fita do Live after Death, mesmo eu pra completar o lado B você tenha gravado Anal Cunt.


Este post foi postado apressadamente ao som do lendário Anal Massaker, no próximo post falarei desta banda... me deu vontade.


Cheers... all we need weed

Vomit

2 comentários:

  1. E tem os que tão vendendo discos, pq só gostam de mp3 rara.
    E o blog com essa "cara de e-zine" ficou melhor ainda!!!
    Abraçosss.

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  2. Fiquei com medo de suas "previsões" do colapso no underground, e o mais foda é que isso que vem por ai é um fato! Tenho medo! Acho que vou me mudar pra algum interior que nem voce talvez as bolas de fogo cheguem lá por ultimo!

    Voce consegue sintetizar muita coisa maldita com sua belas palavras!

    Hail and Vomit mutherfucker!

    Beijão!

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