quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Caminho das Varejeiras...


6 Músicas


1 – Eyehategod – Depress (to viciado nisso... muito de verdade, e acho que vou morrer de overdose)


2 – Witchfinder General - Death Penalty (as coisas lentas também fazem parte da vida... principalmente quando está rolando uma guerra cerebral)


3 – Coffins - Black End (o japão é foda até quando exporta coisas lentas de desesperadoras)


4 – Decrepitaph – Worship the dead ( Caralho... death metal de verdade, muito bom, alem da imaginação)


5 – The Stupids – Wipe Out (Não conhecia... não tenho nada original... mas o som é fudido demais)


6 – The Police – Every breath you take... (eu gosto disso... e gosto do que esse som me faz lembrar, ja vi muita gente cantando ele, mas da ultima vez foi quase um cataclismo)


6 coisas que atentaram minha visão


1 – Vozãããããão descendo a chibata na leoa... eita que foi bunito... Uhhh é Cearamooor!

http://www.youtube.com/watch?v=nrFKQUYmSCs


2 – Resident Evil – Degeneration ( bacana demais... não tem nada haver com as merdas que saíram pro cinema, vale a pena... só em ver os protestantes vestidos de zumbis vale a pena)

http://www.youtube.com/watch?v=ROrTDY5wTjg


3 – Sonhar sonhos estranhos com pessoas queridas num intervalo de tempo de 4 horas. O sonho parece um filme, da pra se lembrar de tudo.


4 – Super High Me (beeem divertido... ver fumando 1 é um espetáculo)

http://www.youtube.com/watch?v=poDz74yuinE


5 – Stefhany – The poderosa ( bixo... é algo realmente singular, único e tão ruim que se eu fosse você pulava esta parte... o massa é que é escrito com ste “FH” any mesmo)

http://www.youtube.com/watch?v=0bHQbtInJQc


6 – Algumas fotos veeeelhas que o Alessandro do Cursed Excruciation (zine fudido demais... tentem pegar alguma cópia) me manda... mermãããão tem cada coisa...ele deveria colocar uma seção no zine dele: Quem te viu... quem te vê. Ia fazer sucesso.


6 coisas odiosas


1 – Esbarrar sempre na precisão do dinheiro.


2 – Não poder ver as coisas de perto que um certo “francisco” vê.


3 – Internet a rádio


4 – As 3456 bandas de thrash crossover bandana patchs bottons e o caraio que borbulham na cena.


5 – Não poder fazer “compras” depois das 8:30 porque ja ta tudo fechado.


6 – As eternas cobranças intermináveis duradouras elficas e mais altas coisas que num acabam...


olha o cabelo ta desarrumado e grande... (ainda bem que tenho boné).

olha a barba, ta parecendo um eremita... (o presidente é barbudo)

com essa camisa não da pra ir no mercantil (então vou na mercearia ...era uma blusa do Sublime Cadaveric Decomposition)...

não cansa de ficar vendo desenho animado e filme de terror até amanhecer? (canso.. por isso não consigo parar de ver, adoro ficar cansado)


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Queria que fosse enterrado vivo:


Algumas criaturas do “bem” que insistem em tentar transformar o Underground numa coisa legal, querem que o rock seja bacana e que um dia apareça no Faustão. (ohhh looco meu, olha aí, brincadeira, mas do que nunca essa banda de thrashdeathblackmetaloldschoolanos80quecantaemportuguês está arrepiando a platéia do domingão, olha aeeee oh loco meu)


Mermãããão ISSO NÃO EXISTE, o Underground é “ruim” e pronto... tem muita droga, quem num usa droga usa molotov, gente que fala de satanás, gente que quer fazer revolução armada, que quer explodir o estado, que quer queimar igreja, que fala de doença, morte, guerra, mazela, subvenção, transgressão, desgraça, fim do mundo, MALDADE... é isso e pronto.


Quer posar de rockeiro legal... então seja um Fresno vc tb... pq o Underground mesmo, aquele que a galera faz um monte de coisa sem depender das tentações midiáticas é malvado e ruim até o osso.

Positive people, prolife’s, emocionados e burocratas do rock... não percam tempo. A porra do mundo ta igual uma pústula, quando estourar corra pra você não morrer afogado no pus.


ahhh e quem achar ruim... pega um disco em casa e vê a porra da capa, a porra da letra, e a porra do som... se tu disser que isso é uma coisa boa... se converta, vc está perdido no mundo do deus e nem sabe.


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Queria compartilhar esse beck:


Com o gerador (a) de dúvidas... com o fazedor (a) de inquietações... com o funcionário (a) da feitiçaria... com o escravo (a) da lentidão... com o senhor (a) da desarmonia dos movimentos...


Ultimamente consegui Exumar alguns traços de alegria.


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Ultimamente tenho conseguido dormir por fatores alheios a tudo, macumba talvez, não sei, mas o que vou contar tem haver com isso. Minha casa fica numa rua chamada 24 de Agosto ou mais popularmente chamada de A Rua do Cemitério, ééé tenho o privilégio de ver algumas sepulturas imponentes da minha calçada.


Ultimamente eu percebi uma invasão de moscas, muitas, não essas normais, moscas da carne, as varejeiras. Não podia fazer um baião irado com banana, que em poucos instantes umas 5 apareciam. Catapimba – pensei eu com minha colher com cabo de madeira, alguma coisa deve estar morta por aí, algum animal, ou quem sabe algum ser humano (torci eu pra ser a segunda opção). Os dias se passaram e as malditas sempre vinham bater o ponto comigo na hora do hango, e eu não sei porque isso estava me tirando uma coisa que nunca tive... o sono. Até que um dia a vizinha perguntou.


- Me diz uma coisa, ta aparecendo varejeira aí na tua casa – perguntou ela.


- Porra mermão, ta sim, aos montes – respondi eu feliz por compartilhar um assunto legal com a vizinha.


- Eu ja tentei investigar, ja olhei nos lixos, mas está tudo em ordem... a coleta está sendo feita normalmente, eu não sei de onde elas estão vindo. – concluiu a vizinha.


- Ae vou tentar descobrir de onde elas estão vindo e te aviso pra gente dar um basta nisso – falei me despedindo e arrumando a mochila nas costas.


- Tá bom então. Como vão as crianças – perguntou ela.


- Estão uns demônios lindos...– respondi eu


- É né – disse ela entrando e com cara de desgostosa.


Bom desde então comecei a ponderar sobre esses artrópodes, se eles estavam lá, de algum lugar eles estavam vindo.

Passados alguns dias... estava passeando com meu filho e a beatriz (nossa cadelinha) estávamos indo no caminho do cemitério, na mesma rua tem apenas uma construção e pra variar é uma igreja evangélica, é uma espécie de casa bem grande e bonita e ao lado o templo. Estávamos na maciota, caminhando e cantando e pogando a canção até que notei uma enormidade de insetos voadores nas proximidades, e muitos se concentravam perto do muro lateral do cemitério, o mesmo que da pra ver da calçada lá de casa.


O cemitério daqui não é tão pequeno para o porte da cidade, mas é feinho, somente algumas sepulturas mais bonitonas, e o cara que toma conta é chato pacas. A construção fica solta em um grande terreno... é como se tivesse um campo de futebol e os caras construíssem o cemitério nele, aí é um descampado pelas áreas que o circulam. De qualquer forma a cena que eu vi me fez pensar nas varejeiras, e talvez ali fosse o enxame principal das malditas comedoras de carne.


Aí... em um domingo de chuva muiiiito forte, fui andando despreocupadamente pela rua, com o intuito de encontrar alguma coisa e avisar a galera da vigilância sanitária. Estava chovendo horrores, só eu, meu guarda-chuva Jedi e meus fieis amigos phones de ouvido que vomitavam “Bloodcraving” do aterrador Mortician. Estava meio cabreiro por estar indo na direção do cemitério, sei lá, só eu no meio da rua, indo ver coisa no cemitério, a galera daqui ia estranhar... ahhh mas ta chovendo pra caralho, ninguém vai ver, pensei eu.


Cheguei nas mediações do muro lateral, isso eu já tinha adentrado no terreno ao lado do cemitério uns 20 metros. Apenas uns arbustos rasteiros e uma casinha de alvenaria, como se fosse uma casinha de máquinas miniatura. Quando passei pela casinha... nossa mermão, parecia que os portões do IML de fortaleza na época que só tinha 2 geradores funcionando estavam abertos. Um cheiro repulsivo de carniça, (daqueles mesmo de te fazer ficar salivando com a náusea saca. Porra... que merda é essa bixo... (nessa hora rolava Fog of death) me abaixei pra tentar ver alguma coisa pela portinha que tinha um cadeado bem grande, não vi nada, mas senti o cheiro de carne morta estuprando meus orifícios nasais e me fazendo brigar intensamente com minha Ânsia de Vomito (cade o João Véi???). Olhei pelas proximidades, e nada vi nem notei... porra seu estúpido, claro que numa chuva dessas num ia ter mosca que ficasse aqui pra trocar uma idéia – pensei eu lamentando. Quando eu tinha decidido ir embora eu ouvi uma gargalhada abafada, e com um eco. Sabe aquela sensação que de estar sendo assaltado... pois é eu senti aquilo 10 vezes pior.


- Caraaalho mermããão, que porra é essa, quem ta aí – minha voz ecoou seca pelo terreno.


Rapidamente eu vi uma luz vindo de dentro da casinha, como se alguém tivesse com uma lanterna procurando alguma coisa. Quase eu me cago de medo, pensei em várias coisas, mas a primeira foi me esconder em uns matos que tinha pertinho. Então eu me agachei na clássica posição de arriar o barro e fiquei perturbado tentando esconder o guarda-chuva e com medo de alguma assombração me pegar... sei lá mermão, o mundo ta virado, é melhor se prevenir né. Escutei vozes... femininas, e gargalhadas. Mas não eram vozes de fantasma ou de monstros (nunca ouvi uma pra saber como é... mas eu deduzi pela minha vasta experiência em porcarias), eram vozes jovens e bonitas, só davam medo por causa do eco e da chuva e o clima... eita que eu fiquei aperreado.


Escutei umas pancadas como se viessem do outro lado do muro, de dentro do cemitério, eram umas pancadas secas, como se estivessem batendo na areia molhada. Minha curiosidade estava corroendo a massa encefálica danificada, minha vontade de olhar por cima do muro era quase assassina. Então me levantei de repente, pra ver se via algo, mas nada vi, apenas a chuva estava mais branda, mas os sons do outro lado do muro não paravam.


Caralho, tirei uma coragem jamais vista do bolso. A mesma coragem que uma vez me pregou uma peça deixando a menina mais bonita da festa escapar, agora me pregava uma ao contrário, me fez subir na porra da casinha e olhar sobre o muro. Vi algo que não saberei descrever tão sabiamente, mas tente imaginar, 2 garotas, bonitas, com menos de 20 anos, com trajes de operários saindo de um buraco que parecia ter sido feito de dentro pra fora. Uma tinha cabelos lisos na altura dos ombros, usava óculos e tinha um rosto de boneca, a outra era mais alta, mais expressiva, cabelos presos, e parecia uma militar pelo jeitão grosseiro. Fiquei pálido e parecendo um picolé, a menina mais alta se levantou e saiu correndo, a outra ficou lá sentada esperando... ela de vez em quando soltava uma gargalhada... parecia ser de alegria e não de insanidade. Percebi ao longe a outra falando com o cara que toma conta do cemitério, e do mesmo jeito que ela foi correndo, voltou correndo.


- Ele disse que ta ali atrás, vamo logo – disse a mais alta como se tivesse dado uma ordem.


- Você sabe o que é, hummm tomaaaara que seja bonitinhaaaa – disse a outra de óculos com um ar infantil...


E as duas saíram pra um canto onde tem umas árvores eu as perdi de vista. Fiquei imóvel, esperando algo, ou alguém estava muito intricado e com mais medo do que as menina que o Jason corre atrás. Não demorou muito e as duas vinham voltando, só que desta vez carregando um saco... PUTA QUE PARIU, mermãão isso é um cadáver, caralho... disse eu só pra mim me tremendo igual o papa que não queria morrer. E as duas chegaram no buraco, que tinha uma dimensão razoavelmente boa, e jogaram o corpo dentro. Vi o cara que toma conta do cemitério se aproximar e com uma espécie de mato de grama sintética, ele cobriu o buraco.


Em poucos segundos escutei as vozes com eco vindo da casinha que eu estava em cima. Porra!!! agora fudeu, e eu fiquei em posição de ataque com meu guarda-chuva Jedi, esperando alguma das meninas saírem, mas as vozes foram se afastando e sumiram...


Eu desci e olhei com cuidado pela portinha... e o cadeado me encarou como se pedisse pra ser aberto... ah para meu, num vou não, nem fudendo eu vou entrar aí, mas o cadeado fez um jogo mental comigo e depois de poucos minutos eu ja espancava ele com o cabo do guarda-chuva, depois com uma pedra, depois com um pedaço de madeira velha... até que depois de perceber o cadeado brilhando feito testa de careca, eu desisti e fiquei do lado, sentado, só então eu me dei conta que tinha feito muito barulho e a qualquer momento poderia ser descoberto.


Quando ia me levantar e sair correndo, a parede que prende o ferrolho caiu, ploft, e então o cadeado não importava mais... mermão e agora porra, bixo... se eu morrer pelo menos vai ser igual num filme – disse eu só pra mim, abrindo a portinha e entrando na casinha.


Dentro da casinha não tinha nada, apenas um alçapão no meio do piso de areia, estava aberto, e me deparei com uma espécie de túnel caseiro, mas bem estruturado, com encostas e lapidações bem acabadas. Não tinha iluminação nem uma, então respirei fundo, quase vomitei com a brutalidade máxima do Odor Pungente, peguei o cel e coloquei a lanterninha mazela, e fui a passos lentos e andando agachado, pois o túnel deveria ter no máximo 1 metro e meio. Enquanto ia sendo levado pelo pavor e pela curiosidade do sórdido mundo por baixo da terra, notei coisinhas subindo em mim... aproximei a luz e eu estava em um mar de larvas de inseto, eram vermes e mais vermes nas paredes e no chão... me deu uma sensação de desespero muito grande, fiquei completamente enojado, apressei o passo, parecia um anão correndo. Até que avistei uns feixes de luz, que vinha de umas brechas numa porta de madeira, como se tivessem pegado várias partes de madeiras diferentes e fizessem uma porta artesanal.


Uma brecha era relativamente larga uns 2 cm, e eu pude ver em cima de uma mesa de cozinha uma mulher desnuda e aparentemente morta, não deu pra perceber o local plenamente, mas parecia uma espécie de porão, as paredes eram sujas e o cheiro ainda era desgraçado. Ouvi vozes, as mesmas, e de relance vi uma das meninas passando para um lado. Cuidadosamente procurei entre as brechas alguma que me desse uma melhor visão, então pude perceber um pequeno porão, repleto de refrigeradores desligados, paredes sujas em demasia, moscas aos quilos... parecia uma cena de alguma capa de disco (nesta hora eu me engraçava com Eaten Alive By Maggots e só queria sair de lá) era nojento e repulsivo... e ERA REAL. A menina de cabelo preso chegou descendo de umas escadas e se dirigiu até a mesa, a outra veio em seguida...


- E aí, o papai disse como ele vai querer – Perguntou calmamente a de cabelo preso.


- Sim. pode fatiar as partes macias, e moer os músculos... a gordura e as vísceras nó vamos guardar pra por na

feijoada amanhã. – disse a menininha de óculos entusiasmada.


E então a de cabelo preso, com um facão ponta quadrada na mão direita, começou a deferir golpes no cadáver da jovem moça. E as pancadas eram intensas e violentas, ainda se podia notar sangue sendo jorrado, derramado aos litros, uma rajada veio bem na brecha e atingiu meu olho... fiquei cego por um instante e com muito asco daquilo tudo, mas estava paralisado por uma combinação de fatores, medo, curiosidade, assombro... tudo isso a mesmo tempo e ao contrário.


Fiquei espantado ao extremo e decidi sair dali, fui trôpego até a saída na casinha, consegui sair e fui banhado pela chuva que ainda caia em abundância. Nada mais pude pensar, só fiquei imaginado que porra tinha acontecido, quem eram elas, onde era aquele lugar, porque sinceramente não consegui definir direção no túnel. Fui correndo de volta pra casa...


Quando passava em frente a igreja evangélica... vi umas pessoas falando alto, entrei e pensei em falar tudo, mas quando entro meio esbaforido pelo portão do terreno, vejo a menina de óculos servindo uns salgadinhos e na garagem uma van com um adesivo “Frigorífico Seguidores de Jeovah” aqui os filhos de Deus tem vez. Imediatamente vomitei na frente de todos, me fiz de bêbado e disse...


- Aeee. Jesuiiii vai voltarrrr, ele é o senhoooou, ele é o senhoooouuu – e saí me fazendo de doido bêbado vagabundo das trevas.


Depois desse dia, eu falei pros meus entes queridos jamais comprarem algo em tal frigorífico... mas não disse nada a ninguém, até porque a idéia de alguns seres comerem pessoas me agradou demasiadamente.


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Este post foi uma homenagem a todos que de uma forma ou de outra nos mostram doenças contra-culturais, sejam escrevendo, filmando, tocando, desenhando... hail and vomit.


Nunca saia na chuva pra procurar moscas...

Treine golpes Jedi com seu guarda-chuva...

Escute muita zuada cheia de voz inteligível e coisas que parecem arrotos...

Não tire o k7 do Live After Death do toca fitas...

Antes de comer alguma coisa que e uma mosca pousou em cima... pense 2 vezes...

E sempre se lembre... Onde houver esperança... a raça humana vai lá e acaba com ela...


Cheers... All we need weed

Vomit

Um comentário:

  1. "Caralho, tirei uma coragem jamais vista do bolso." Mermão que tamanho é a porra to teu bolso em?? Affff essa voce superou a voce mesmo! hahaha...

    Sério mesmo, eu consegui ouvir daqui o barulhinho chato dessas mosças véia e chega me arrepiei de nojo com isso! Voce mais uma vez se garantiu! Mas dessa vez foi A Mais das Mais magavilhosas estórias mirabolantes que sua cabeça pôde descrever!

    Vou imitar o comentário de Jean! Velho me passa esse fumo ae que tu fuma pra eu ter ao menos 1/3 do que tu tem! hahaha...

    Ps: Stefhany é a diva mor do universo! Ela comanda! Só ela consegue ser feia, brega, sem noção e ainda se levar a sério! hahaha...

    Beijão

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