1 – Não estou fazendo campanha nem uma contra o mp3, shares, blogs de downloads e essas coisas, só acho que está tudo morno, parado, sem essência, e sem vida... e isso se deve SIM a facilidade encontrada, a descartabilidade da música, da idéia e da atitude.
2 – Apologia ao capitalismo né. Se 15 mangos num disco duma banda de grindcore é capitalismo, seu computador legal e a grana que você PAGA para a banda larga é o supra sumo da igualdade social, a cervejinha que você bebe com certeza solidifica as estruturas do anarquismo organizado, o leite de soja, a proteína de soja, os legumes e verduras que você COMPRA, com certeza farão seu cérebro funcionar melhor na hora de segurar sua arma, a tattoo que você PAGOU vai ajudar na revolução contra a industria e claro que seu Mad Rats COMPRADO vai ajudar muito no visual no dia que você fará sua revolução e destronará os imperadores dos cifrões. Mas não compre um 7” ep, pois você estará ajudando a rede capitalista imunda que massacra a raça humana...
3 – Foda-se essas bandas que só postam links, não gosto e pronto. Se acham que eu estou sendo autoritário (usaram essa palavra sim), tente imaginar por outro lado. Você e sua banda estão castrando meu direito de ter a demo da sua banda em cd-r ou tape com capinha, ou seja, estão se limitando apenas ao público virtual da cena virtual do universo virtual... então foda-se.
4 - Eu JAMAIS critiquei a porra da tecnologia, eu falo e não canso de falar das pessoas que se tornaram preguiçosas e acomodadas por causa dessa tecnologia. A tecnologia / internet é algo maravilhoso, veio somar, ajudar e não substituir e enterrar outras coisas.
- Não é porque eu faço um e-zine, leio webzines, que eu vou deixar de ler zines de papel ou fazer um.
- Não é porque eu tenho um Myspace ou site que eu vou deixar de fazer um release e um fly de papel e espalhar eles por aí.
- Não é porque eu posso postar um disco ou demo da minha banda em algum share ou compartilhar por aí, que eu deixarei de produzir uma demo oficial com capinha, o fly dessa demo, madar ela pra zines, fazer trocas com outras bandas, distros, selos e fazer o underground respirar.
- Não é porque eu posso baixar um disco ou pegar umas musicas em algum p2p, que eu vou deixar de pegar um ep, lp, cd, demo, zine, filme...
E seria muito mais honesto da parte dos que criticam, identificarem a si e suas bandas, pois se você ta na chuva é pra se molhar, se deu a cara pra bater, então agüenta a porrada mermão.
*************************************************************************************
6 músicas
1 –General Surgery – Sneezing Pus
2 – Androphagous – The Endless Blockade
3 – Crowbar - Vacuum
4 – Noise a Go Go – Twist my Brain
5 – Necrovation – Dark Reverie
6 – Concrete Hammer – Under Attäck
6 coisas que atentaram minha visão
1 – Obskure - Christian Sovereign ( Este clip é no mínimo estranho, pelo menos para quem teve algum contato com alguns dos envolvidos e conhece a banda de longa data. Ah e eu prefiro ver uma peça de teatro ou um filme do que ver um clip, se é que você me entende)
http://www.youtube.com/watch?v=qERc5zqNQG4
2 – They Live (fazia muito tempo que não via esse filme, quem me deu ele digitalizado foi o camarada Ivo, até então só tinha visto em vhs. Velho não me lembrava o quão fudido é esse filme, a idéia em si é muito boa)
http://www.youtube.com/watch?v=7Lwlx3GnLGs
3 – Harold and Kumar – Escape from Guantanamo Bay (finalmente consegui assistir a continuação. Comédia drogueira cheia de criticismo.)
http://www.youtube.com/watch?v=y_NOc6yH5JY
4 – Necrovation Live (uma das melhores bandas de death metal da recente safra sueca)
http://www.youtube.com/watch?v=HXzKj2O5J6Q
5 – Diablo final (sempre é bom pra descontrair)
http://www.youtube.com/watch?v=KC9ajvJ8jM4&feature=related
6 – Eles comem sua carne (clássico... sem mais)
http://www.youtube.com/watch?v=LgjX4v-7-Jo
6 coisas odiosas
1 – Maldita internet via rádio
2 – Olhar pro lado em um show e constatar que 90% das pessoas lá são desconhecidas.
3 – A especulação na compra e venda de Lp’s, o comércio puro e simples tomou conta, o business é o comandante e o deus dinheiro é o que importa.
4 – Politicagem, politicagem, politicagem...
5 – Campanha do Ceará Sporting Clube na série B
6 – Ver de perto o preconceito de várias formas e tamanhos
* Dead / Haemorrhage – Split Lp – Apathic View Rec
Começarei falando do Haemorrage, por uma questão óbvia. Bicho na boa, não sei de onde esses filhos da truta conseguem extrair, dissecar, exumar a porra desses sons, mermão, os caras são MUITO bons, sem sacanagem, a banda já ta na ativa tempo pra caralho, e NUNCA fez uma coisa ruim ou meia boca, talvez alguns trampos diferentes, mas jamais ruins. Este split vem com 5 sons inéditos, o material começa com uma intro bem legal onde se escuta um som dos “embalos de sábado a noite” que eu não lembro o nome, como se estivesse rolando uma festinha saca, daí um cara (suponho que seja um cara pela capa do disco) abre a porta e liga a serra elétrica... e começa a desgraça. A primeira faixa “Chainsaw Necrotomy” já traz todos os saborosos ingredientes que fazem a música destes espanhois ser uma das que eu mais escuto, mais gosto e mais me empolgo, o velho, barulhento e charmoso splatter grindcore sendo esparramado nojentamente de uma forma que só eles (e novamente cito o General Surgery) conseguem fazer em tempos atuais, aquele clima denso, compassado, sendo constantemente atropelado por cruas e simples partes do grind/hardcore (escutem Preventive Disembowelment e entendam), os vocais dobrados, aqueles solos perdidos... enfim, é o tipo de música pra se ouvir em qualquer ocasião, seja bebendo ou fumando, com amigos, na rua, em casa... maravilha alem do que eu possa descrever. Ahhh e eles ainda tocam um clássico, mas que não é do splatter nem do grindcore, “No trade with death...No trade with arms... Dispense the war... Learn from the past – Ausgebombt, Ausgebombt, Ausgebombt, Ausgebombt” fiquei arrepiado haha. Antes de terminar, queria falar do baterista, o Sr. Daniel Rojas Lopez, numa outra resenha (mais precisamente do álbum Apology for Pathology) eu desmereci suas habilidades pra tocar grindcore, bom depois deste split está provado, que a produção do som da batera naquele disco é que é uma porcaria, pois neste split o baterista citado, mói seu instrumento como antes. Nada mais a falar, o Haemorrhage é maravilhoso. No outro lado, temos uma banda relativamente “cult”, mas vou ter que ser sincero, não acompanho o Dead, não sei quantos matérias esses alemães tem lançado, enfim, a banda nunca me despertou interesse, esse é o terceiro material da banda que pego, e é o terceiro split, e juro que os outros 2 eu também peguei pelas outras bandas, no caso o splits com Gut e Regurgitate. Mas, tenho uma ressalva, se nestes outros splits que eu tenho, a banda soasse como soa aqui, eu provavelmente me interessaria, até porque não tenho boas recordações dos splits citados acima, não se tratando do Dead, mas neste split com o Haemorrhage eu me surpreendi, o death meio grind está mais pomposo, mais lascivo, de uma audição mais agradável, se é que da pra me entender. Mas eu gostei sim, bem mais do que as coisas que já tinha ouvido, eles tocam 4 sons sendo um cover para uma banda americana de speed metal véééia, o saudoso Black Task, eles tocam um cover de um som chamado Sex and Destruction, eu infelizmente não conheço a versão original, pois numa gravação em tape de um disco do black task que eu tenho aqui não tem esse som, e eu ainda fui conferir haha. A arte está foda, principalmente a do lado do Haemorrhage, a versão em Lp está fabulossa, vinil 180g, gate fold e numerada a mão em 400 cópias, a versão em cd também está legal, e as capas do Dead são diferentes, em cd saiu pela Rotten Roll Rex, e ainda é fácil de conseguir poraqui no Brasil, logo que peguei o cd consegui o lp com o arsenal destrutivo do Camacho e sua Black hole, mas o cd, deve ter aos montes por aí, e fique certo que ele vale cada centavo.
http://www.myspace.com/rottenrollrex
* Anatomy – Libido Medico – Self Release
Não é só nos EUA que músicos com técnica apurada e fans de Carcass da fase mais incrementada se unem pra tomar uns goro, fumar uns haxixe e fazer um som. Se você gosta da escola americana de bandas como Exhumed ou Impaled ou Ghoul... provavelmente vai se amarrar no Anatomy, pois é, tudo muito técnico, mas com uma rifferama fudida, com alguns momentos mais velha guarda que empolgariam até sua vó com reumatismo. Este material aqui é uma espécie de promo / demo... só que a qualidade apresentada é de encher os olhos, o encarte é muito bem impresso, com uma qualidade fudida, a gravação está um arregaço, a produção em si está muito caprichada e as músicas são matadoras. Nunca tinha ouvido falar no Anatomy, que dizer, nesse não, pois tem ou tinha um Anatomy australiano que foi bem ativo nos anos 90, mas este Anatomy aqui vem da Itália, e mandam muito bem na sua proposta, acho que pela banda ser européia, ela consegue somar algumas outras influências, e imprime uma sonoridade muito foda, mesmo que você escute e se lembre do Exhumed ou do Impaled instantaneamente. Esta demo, tem 10 sons, todos muito legais, eu realmente gostei, produção fudida, tanto sonoramente quanto visualmente... ah e eu nem falei que os caras falam de coisas nojentonas... mas já dava pra sacar desde o princípio né mermão. Eles estão com um disco recente, que ainda não ouvi, mas depois da ótima impressão que este Libido Medico me causou, já estou em busca, Mama Mia que banda fudida.
http://www.myspace.com/anatomyitaly
* FesterFuck / Meth Tooth – split mcd 3”
Cdzinho 3” bem legal este aqui. De cara eu não conheci nem uma banda, nem pelos logos, muito menos pelos nomes. Iniciando temos o Festerfuck, que toca 7 sons, que variam entre o death e aquele som mais grooviado que algumas bandas alemãs fizeram, mas eu não me atrevo a chamar isso de grind, até porque não é. A música aqui é até legal, alguns momentos bem agressivos, gravação podraça, mas tudo bem audível, mas o charme maior aqui é justamente a gravação primitiva, pois contrasta bem com as músicas. Gostei desta banda, melhor do que muita coisa renomada por aí. Dando continuidade temos o Meth Tooth que investe bem mais no death metal, inicialmente da até pra pensar que é apenas mais uma banda de garotos virtuosos querendo colocar mais notas do que alma numa música, mas não é bem assim. A banda é técnica, mas nada chato, nem complicado demais, brutal detah metal fudido e avassalador, eles tocam 4 sons totalizando 11 porradas no mcd. Bom material de ambas as bandas, estilos diferentes, mas agradará em cheio apreciadores de música brutal. Arte simples, mas bem bacaninha, com tudo que se precisa, bom split em um formato legal, visual legal de duas novas bandas americanas.
http://www.myspace.com/festerfuck
* Retaliation – Exhuming the Past – 14 Years of Nothing cd – Selfmadegod
Tirem as crianças da sala, os puros da janela e os garot@s felizes e legais da calçada, tenho em mãos um verdadeiro arsenal em forma de música, talvez esteja exagerando em chamar a coisa que o Retaliation faz de “música”, mas a verdade é que aqui temos quase toda a discografia desta fudida banda sueca, incluindo demos, eps e lps. Tenta imaginar um cd com 85 faixas, só que as faixas 84 e 85, são as demos e ambas contem mais de 30 sons, pois é, no total mais de 100 explosões sonoras, que farão um estrago irreparável a sua audição. O primeiro material encontrado aqui é o raro split 7” com o Gut de 94 que tem 9 sons, o segundo é um 4 way que saiu tb em 94 com outras fudidas bandas: Nasum, CSSO e Vivissection, são 7 sons desse material. Em seguida temos o maravilhoso split 7” ep com Exhumed, é sem dúvida o material que eu mais gosto, sempre achei o vinil perfeito, e agora comparando com outros sons com certeza os 11 que fazem parte deste split são os melhores. Depois temos 2 sons da famosa compilação Realy Fast. Em seguida 4 sons do split 7 “ ep com os australianos do The Kill que também são foda. O próximo material com certeza é o segundo melhor, The Execution é um mcd de 99, tem 22 sons e eu adoro demais, ele saiu em vinil um tempo depois, infelizmente não tenho ele em lp, se não me engano o vinil saiu pela Fast and Furious que é o selo do carinha do Blood i Bleed, mas estou na eterna procura. Violence spread its drape é o primeiro disco completo da banda, são exatamente 28 sons, o Lp saiu pela Putrid Filth Conspiracy em 2002 e ele também é uma afronta. Não perca a conta meus camarada, até agora temos 83 sons. Como disse antes a faixa 84 é a primeira demo chamada “Acid Genital Spew” de 93, e ela contem 13 sons. E pra finalizar com chave de ouro, a faixa 85 é a segunda demo de 94 chamada “Devastating Doctrine Dismemberment” e foi relançada como um 7” ep em 2001 com o nome de Boredom and Frustration, e ela contem somente 19 sons. E aí, vai encarar? Mermão só digo o seguinte, o Retaliation é sem dúvida um dos maiores representantes do Grindcore sueco, pelo menos é um dos que eu mais gosto, e olha que eles tem estrada e são menos lembrados do que muitos nomes que se perderam pelo caminho, talvez por eles nunca serem limpinhos, nem baterem fotos legais pros encartes, ou se quer se preocuparem com produções muito bacanas. Lembrando que neste MARAVILHOSO cd, encontramos sons da época mais gore da banda com vocais com pitch e todo aquele clima mais denso, mas jamais a banda deixa de ser agressiva, seja nas demos ou nos Lps. Sem sombra de dúvida o Retaliation é uma banda muito querida, gosto dos sons e da forma como a banda trata as coisas, as artes, as idéias e principalmente a virulência musical que me traz arrepios de alegria. Acho que este cd deveria está na sua coleção, se você gosta de grindcore, com certeza deveria.
http://www.myspace.com/selfmadegodrecords
* Outset – Living the Outset – Demo cd-r – Gallery Prod.
Quando ouvi previamente essa demo eu fiquei assustado com a qualidade da gravação, acho que é por que a primeira faixa, chamada: “I Don’t Wanna Die”, começa com uma pegada hc/crust de tremer tudo.Depois ouvindo mais calmamente, continuei assustado com a porra da gravação, densa e absurdamente pesada. Este é o segundo trampo do Outset, e não deve nada ao seu antecessor, muito pelo contrário, gostei até mais desse aqui. O som está cada vez mais empolgante, misturando de uma forma muito coesa e destruidora o simples e o complexo, temos partes muito simples, totalmente voltadas pro grindcore sendo estocadas por riffs e andamentos do death metal. Gostei mesmo dessa demo, a única coisa ruim aqui é que são apenas 4 sons. O material gráfico é bem bacana, capa legal, arte legal, e a demo vem nessas capinhas de papelão feitas em gráfica. Já tive oportunidade de ver a banda ao vivo, na ocasião estava muito torpe e não aproveitei direito, espero uma próxima oportunidade.
http://www.myspace.com/outsetbr
* Jigsore Terror / Suppository – split picture 7” ep – Power It Up
Mermão, eu fiquei muito entusiasmado quando esse ep chegou, porra, 2 bandassas, um picture lindão... mas o som...hummmm, que lastima, eu realmente não sei porque diabos 2 bandas fudidas saem num picture ep com gravações ao vivo, feitas no conhecido Giants of Grind músicas já conhecidas. Sei das facilidades do primeiro mundo para se prensar disquinhos, mas porra velho, imagina ae... faz muito tempo desde o debut do Jigsore Terror, já imaginou uma aparição com uns sons novos, logo num split ep picture??? Ia ser fabuloso. O Suppository... bom eu preferia sons novos tb, mas ta valendo, fiquei mais chateado pelo JxT porque criei muita expectativa. Como disse ep bem bonito, mas sonoramente meia boca.
http://www.myspace.com/poweritupofficial
* Stickoxydal - Obstetrical Collection –Bizarre Leprous
Sem a menor vergonha eu digo, eu nunca tinha ouvido essa banda na minha vida, mas por outro lado eu afirmo, mas que pena que demorei pra conhecê-la. Na verdade a única coisa que eu tenho é este cd, eles tem outras coisas lançadas, se são diferentes disso aqui eu não sei, mas que este Obstetrical Collection é muito bom... ah se é. Lembro de ter visto essa banda no catálogo da Bizarre Lemprous, mas nunca tive interesse, algum tempo depois, eu vi o logo da banda e me chamou atenção (esse logo é diferente do disco anterior) e eu tive a chance de pegar ele, então vamos ao cd. Inicialmente eu fiquei prestando atenção na arte, fazia tempo que não via algo tão original e que me chamasse atenção, nada aqui é convencional, nada aqui tem cara de photoshop, nada aqui tem sangue (pelo menos não da forma que normalmente aparece), alguém pode ver e dizer, mas que bosta isso aqui, até porque temos apenas uns desenhos rabiscados, e umas coisas meio doidas, coisa de arte moderna haha, mas eu achei legal, gosto muito do convencional, mas as vezes o diferente chama atenção. O som é bem melhor do que eu imaginava, me lembrou o CBT quando não era chato, as músicas são muito pesadas e grooviadas, alguns andamentos velozes e aquele lance todo do chamado “Low-Fi”, não acho que seja goregrind, mas já estou me acostumando com esse termo de uma forma genérica, na verdade se eu chamasse metade das coisas que chamam por aí de goregrind, isso iria me poupar muito tempo na hora de escrever resenhas. Temos 28 sons, bem legais, repleto de partes pra pogar, um vocal ultra gutural, um rasgado e um com pitch, mas como disse o som é bem grooviado com partes death metal, e me lembrou bastante o CBT do início, com mais alguma coisa da atual safra do “goregrind”, mas o que mais me agrada é que aparecem partes completamente diferentes como na faixa “Bleeding Hole” que tem um clima hc, inclusive no vocal. A gravação ficou fudida, um peso absurdo, afinação baixa, mas muito definido, quem masterizou foi o carinha do Jig-Ai. Pois é mermão, andava meio sem saco pra esse tipo de som mais cadenciado, mas essa banda da Bielorussia me devolveu o prazer em coisas mais paradas e dançantes, talvez porque eles sabem fazer o lance, eu fiquei um bom tempo olhando o encarte e ouvindo este cd, ouvi ele umas 3 vezes seguidas, gostei pacas.
http://www.myspace.com/bizarreleprousproductionsus
* Violent Gorge / Mundo Cadáver / Mother Pig / RASH - 4 way split tape
Já estava paquerando essa tape há algum tempo, e fiquei feliz quando fui presenteado pelo Isaac do atualmente morto Mundo Cadáver. Iniciando temos o Violent Gorge do Canadá, se não me engano o carinha que toca aqui é o responsável por estas tapes legais. Eles mandam 6 sons de um fudido grindcore feito nos velhos moldes, com partes mais compassadas, mas de uma agressividade extrema. Eles tocam 6 sons sendo 2 covers, um pra uma das melhores bandas de grindcore japonesas o DxIxE, e outro pro Malignant Tumour, tudo ficou fodão demais. A outra banda deste lado é o Mundo Cadáver, aqui da terrinha, eles tocam 9 sons daquele grindcore com cara de velho, sendo um cover do Agathocles, os 8 sons da banda são inéditos, pelo menos eu não conhecia e gostei pacas. Do outro lado temos uma banda da região da Bósnia, o Motherpig, eles mandam um hc meio grind meio crust e meio rock n roll haha, eu gostei pra caralho do som, do vocal principalmente, ele canta meio urrado e falado, daí da pra entender as palavras na língua deles lá, assim, da pra entender que ele ta cantando né, eu não entendi porra nem uma do que significa. Pra finalizar uma banda que não faço a menor ideia de onde seja, mas eles mandam um som legal, barulhentão e meio hc grind noise, repleto de microfonias, gritos, berros, parece uma banda japonesa pela sonoridade, na parte deles da capinha não tem porra nem uma, só o nome Rash pichado em um muro, e embaixo escrito Persistent Irritation, deve ser o nome de alguma música né, foi a banda que eu mais gostei aqui, procurei alguma coisa sobre eles na net e não vi porra em uma também, se alguém soube de algum material deles rolando porá aí, da o toque. No geral grande 4 way split tape, com bandas bem legais, todas com gravações ao vivo de ensaio, então o clima é aquele barulhento, mas muito foda, típica sonoridade do grindcore. A capinha é toda em p/b no velho esquema de colagens, impressa em um papel mais encorpado, a fitinha é rosinha, uma lindeza, grande pedida, essa tape como disse acima foi lançado por um cara do Violent Gorge que tem um selo chamado Agressive valley, mas o endereço de mais 2 selos aparecem aqui: La Hora de la Besta e Zombie Fetus, essa união está lançando grandes split tapes por aí, logo mais palavras sobre alguns.
http://www.myspace.com/mundocadaver
* Tu Carne – Culto a la Muerte – Bizarre Leprous
Este é o terceiro disco do Tu Carne, se você gosta dos materiais antigos, com certeza vai adorar este aqui. A banda continua mandando muito bem, eles tocam uma linha de som que acho bem original, pelo menos se eu for analisar a cena splatter gore contemporânea, o som aqui é aquele lance mais pesado e grooviado do que rápido, mesmo que as partes rápidas sejam constantes, mas o foda é que eles conseguem ser muito bons cara, sabem fazer a porra da música soar envolvente, os vocais são excelentes, eles sabem usar o pitch shifter como poucos, e gosto muito de como eles abordam os temas nas letras, quase sempre contando historinhas envolvendo coisas bizarras e assustadoras, principalmente porque se você for acompanhar no encarte da pra entender tudo que é cantado pelo vocal com pitch, o que é extremamente raro. Esse disco tem 15 sons, alguns mais diretos com uma cara bem grind como “Este Mundo...” outros completamente cadenciados como “Descarnada”, mas tudo muito pesado, com uma produção muito foda, sempre gostei das gravações do Tu Carne, e sempre gostei de como eles sabem fazer bem essa mescla de grind com coisas mais “dançantes”, e este Culto a La Muerte comprova bem isso. Então é isso, grande material este aqui, música pra ouvir vendo encarte, fumando 1 e viajando nas letras e imagens, alias o encarte aqui está bem legal, com todas as letras e alguma fotos macabras de assombração, cemitérios e fantasmas reinam aqui haha. Ótima pedida, pode pegar sem medo, recomendo alem da conta, gosto muito desta banda e de como eles criaram todo um esquema próprio pra tratar o splatter gore.
http://www.myspace.com/bizarreleprousproductionsus
* Mesrine / Epitome – Split 7” ep – Everydayhate / LHOTR
Estava bem curioso para ouvir este ep, não pelo ótimo Mesrine, até porque já acompanho a banda a muito tempo, mas estava deveras curioso pelo Epitome, uma banda polonesa que tocava um death metal escroto, complexo e técnico ao extremo, então vamos começar pelo lado do Epitome. Pra quem já ouviu alguma coisa desses poloneses, não vai achar esse material muito diferente, na verdade nem sei o que eles tem lançado, eu tenho apenas uma demo chamada Auto e’ROT icism, e um cd que metade é a demo citada e a outra metade são uns sons novos, que são completamente diferentes da demo, um lance mais grind, mas este cd é de 2003 e a demo é de 98. Neste split ep, eles mesclam um pouco as duas caras, o death metal intrincado e meio chato e o grindcore simples e cru, não preciso nem mencionar qual a que me agrada mais né. Eles aqui tocam 3 sons, um é muito foda, curtinho, uma pegada grindcore fudida, os outros 2 são mais encorpados e trabalhados, mas não achei ruins não, muito pelo contrário Gostei de poder ouvir o Epitome novamente. Do outro lado, temos o Conhecido Mesrine, os sons deles aqui para este ep são da fase do I Choose Murder, então pode esperar brutalidade grindeira made in Canadá, eles tocam 3 sons também, mas é uma fudição sem fim. Bom split ep, com uma arte muito bem feita, material gráfico de primeira, alem de muito bem sacada.
http://www.myspace.com/edhgrind
* Violent Headache / Totalickers – Split 7” Ep vários
Este ep merece mais atenção do que normalmente mereceria. O Violent Headache é uma verdadeira lenda do grindcore mundial, uma banda que sempre lançou fudidos discos, mas sempre se manteve na obscuridade, nunca teve seu nome demasiadamente elevado, mas tem muito respaldo da galera mais ligada em barulheira. Este split marca a volta da banda depois de um bom tempo sem gravar nada novo. O VxH aqui apresenta 4 sons, com um direcionamento mais crust, e achei isso bem evidente, mas o som é indiscutivelmente fudido, sujeira, músicas empolgantes, energia bruta, urros, gritos, berros e uma produção que deixou a sonoridade muito foda. Eles lançaram um split cd com o Necromorph mas ainda não peguei, também saíram umas coisas em cd que conta com materiais muiiiito velhos, espero conseguir também. Do outro lado temos uma banda que sinceramente não sei dizer se é nova, se tem outros materiais lançados nem nada assim, mas pra este split ep, eles mandam muito bem. Só pelo nome da banda já dá pra imaginar a sonzera né, com uma homenagem a 2 grandes nomes (Shit Likers e Totälittar) essa banda também vinda de terras espanholas manda um crust fudido, cuspindo letras políticas por 2 vocais lascados tendo como alicerce uma estrutura sonora muito desgraçada calcada na escola sueca de se fazer hc, com a única diferença de ser cantado em espanhol claro. Epzinho muito foda que me agradou demais, peguei pelo Violnet Headache, mas o Totalickers é uma banda que me agradou muito, agora é torcer para meu caminho cruzar com outros materiais do Totalickers. Arte legal, toda em p/b, básica mas convincente, do tipo que eu gosto, tradicional mas charmosa haha.
http://www.myspace.com/violentheadache
* Disforme – Mais um número – two beers or not two beers records
Nunca tinha ouvido esta banda antes, e ela nem é tão nova, só nunca cruzou meu caminho, até que um belo dia estava eu na Nocaute discos em Fortaleza trocando um idéia com grandes camaradas, chegou o Marcão vocalista do Ressonância Mórfica com uns cds, daí eu fui ouvir, e dentre eles tinha o Disforme. Bixo fiquei de cara com a porra do som, a cada faixa eu ia me empolgando mais, e finalmente bateu aquela coisa, putz tenho que escutar isso em casa, fumando 1, olhando o encarte e viajando na ideia. Então peguei o cd, ajudei os caras que estavam em tour e ganhei um puta sonzão pra ouvir em casa. Mermão, que banda foda do caralho velho, crust desgraçado, uma menina que grita muito, uma estrutura sonora coesa e aniquiladora. O som é basicamente crust, mas da pra notar uns lances mais thrash, temos 18 sons, é até difícil destacar algum, mas escute a faixa “Por que?” e tente não se sentir contagiado, pior que na seqüência tem uma das mais legais, com um riffão desgraçado demais, e ainda tem participação da dona Drikaos, “Justiça Injustiça” é o nome do som. As outras faixas são tão boas quanto, o cd não perde o pique, e isso é muito bom pois a audição se torna rápida e prazerosa. As letras são críticas, com temas diversos e até agora estou meio abismado com a potência da vocalista, me deu curiosidade de ver a banda ao vivo. Ahh o cd ainda tem outras participações especiais alem da Adriana, como do meu camarada CDC e do carinha do Simbiose. Grande material este aqui, banda foda, que pratica um crust assassino que apesar das variantes prima pelo lado mais brutal do hc.
http://www.myspace.com/twobeersornottwobeersrecords
* Shatter Dead – Conspiracy Murder Misanthropy Deterioration – demo cd-r 3
Destruição sonora, atentado ao campo harmônico, inimigos da técnica ou sei lá que porra de nome eu dou pra essa demo. Mermão, são 18 tiros certeiros, como se cada um abrisse um orifício diferente dentro da sua cabeça, puta que pariu, que desgraceira do caralho. Sons curtos, sujos, barulhentos infectados com o velho porém letal vírus do grindnoise, eu gostei demais, fiquei paralisado durante 6 minutos e 19 segundos, exatamente o tempo total das 18 execuções. Pra quem não sabe o Shatter Dead é formado por gente que era do Exutory, outra fudida banda. Bixo sem mais enrolação, este mcd 3” é indicado apenas para os verdadeiros amantes da conspiração a favor do assassinato sonoro, para os iniciados no mundo da misantropia e da deterioração musical, se você gosta de outras coisas, nem olhe para esta banda pois ela irá acabar com sua esperança, alegria e mundo colorido. A arte é simples mas muito bem feita, apenas uma dupla folhinha do tamanho do mcd 3”, sem muita coisa, mas com o essencial pra ficar massa. Gostei desse material alem da conta, e a banda já ta com uma porrada de coisa pra sair, alem de outros materiais já disponíveis que logo resenharei aqui, então esperemos.
http://www.myspace.com/shatterdead
* Decomposed God – Bestiality – Gallery Prod.
Confesso que o debut do Decomposed God, que foi lançado acho quem em 2000 me deixou bem desapontado, não pelas músicas ou qualidade das mesmas, mas pela produção em si, a capa é ruim, o vocal é demasiadamente estranho, sei lá, achei um cd bem fraco, até porque a clássica demo “The Key of Immortality” do distante ano de 93, foi um dos baluartes do death metal da minha adolescência, achava, alias acho essa demo uma das mais fudidas já lançadas por uma banda nordestina, e nessa época ainda era só Decomposed sem o God. E eis que tive a oportunidade de ouvir este segundo cd chamado “Bestiality”. Inicialmente a capa já chama atenção, quando coloquei o cd pra rolar, eu abri um sorrisão de orelha a orelha, na primeira faixa chamada “ Decomposed God” a banda mostra a face do death metal, sem intro, apenas uma massa sonora sendo despejada brutalmente sem dó nem piedade. Tenho que admitir que ando meio afastado da cena death metálica nacional, até porque depois de alguns acontecimentos na década passada, eu perdi o tesão pelo que estava sendo feito por aqui, tudo muito extremo, muito difícil... mas de uns tempos pra cá, parece que o death metal está voltando a ter cara de death metal mesmo, e fico muito feliz, em poder fazer essa ressalva ouvindo um disco bem legal como este “Bestiality”, de uma banda que já ta na ativa há muito tempo, tocando o bom, velho e sem mais nem um adjetivo/rótulo... death metal, até porque quando se falava disso antigamente já estava sub entendido que era pesado, blasfemo, gutural, rápido e violento, pronto. Grata surpresa este segundo disco dos veteranos do Decomposed God, rápido quando tem que ser, arrastado nas horas certas, mórbido, denso e cativante, já escutei ele várias vezes, é um disco realmente acima da média. A produção está muito foda, e foi toda feita pelo guitarrista Marco Duarte, não preciso nem falar que os vocais aqui ficaram MUITO superiores ao disco anterior né, se bem que é outro vocalista, outro estilo, mas tudo combinou perfeitamente. A arte também está legal, só não gostei do tamanho das letras no encarte,sou meio cego para ver letras pequeninas demais haha, as fotos ficaram enormes, e as letras bem pequenas, quem fez foi o cara da Burnart que é bem conhecido nesse meio. Pra fechar, grande cd que mescla o peso, a morbidez, a técnica e a simplicidade transformando todos esses elementos num fudido disco de death metal que transborda em essência, aquela lá que está mais difícil do que político honesto. Se você gosta de death metal... sem se preocupar se é brutal, extreme, unholy, technical e o caralho... pegue este cd.
http://www.myspace.com/galleryproductions
* Lymphatic Phlegm - Malignant Cancerous Tumour in the Epithelial Tissue of the Intestine demo tape – 1997
Quando recebi esta demo fiquei muito espantado, jamais tinha ouvido alguma coisa semelhante, talvez o Catasexual Urge Motivation veio imediatamente a minha cabeça, não que o som seja realmente semelhante, mas o lance da batera eletrônica, de uma distorção muito original, uma sonoridade ímpar, esses são atributos encontrados nas duas bandas, cada uma com sua cara. Esta tape do Lymphatic Phlegm foi lançada pela falecida Lofty Storm em uma fitinha prensada, uma Mc mesmo, como se via antigamente, silkada, os dois lados... uma demo profissional. Contem 6 sons de uma sonoridade muito original, e que até hoje é a marca da banda, tem muita gente que não gosta, eu particularmente gosto até demais, tudo soa muito frio e ao mesmo tempo é meio barulhento, o baixo parece um furacão, o timbre da guitarra é algo que se um dia tiver oportunidade de tomar umas com eles vou perguntar de onde diabos ele extraiu aquilo, não se que pedal ele usa, nem qual é a guitarria dele(Rodrigo) mas mermão é uma coisa que você pode até não gostar, mas te garanto que vai reconhecer o som do Lymphatic Phlegm em qualquer canto e em qualquer hora. Essa demo é um dos materiais da banda que eu mais gosto, tem uma das melhoras músicas que é: Necrosis of a Rather Extensive Part of the Jejunum-ileum. A músicas aqui são maiores, mas tem um clima muito denso, sempre achei o Lymphatic Phlegm uma ótima banda pra se ouvir chapado, por toda originalidade e peculiaridade que os caras conseguem imprimir no som. A capinha vem com as letras, já repulsivas e com um teor explícito sobre, como diria um grande amigo “splatter técnico” agente apelidava bandas que falavam de medicina, patologia e essas coisas assim. Essa demo foi relançada não lembro quando em um split cd com o Flesh Grinder, então é mais fácil de conseguir por aí. Com certeza este tape é um clássico do splatter nacional.
* Barcass – Exzem 7” ep – 1992
Apesar do logo, da homenagem, da capa... o som do Barcass está muito mais pra Napalm Death ou Fear of God do que pra Carcass. Esta banda alemã, manda um fudido grindnoise de maltratar ouvidos incautos, neste epzinho temos 11 sons, alguns curtos, outros muito curtos mas todos barulhentos e incomodativos. A gravação é meio abafada, o vocal é um absurdo de fudido, urros com reverb, parece um urso com dor de barriga dando um ataque numa caverna, mas tudo soa muito bom, se estes sons não tivessem essa gravação, não teriam o poder de destruição que tem. Gosto demais de todo esse clima, de toda essa roupagem, de tudo que gira em torno deste ep, da sonoridade, da forma que arte é feita, indiscutivelmente meu apego por este tipo de som feito exclusivamente nessa época é algo inexplicável, eu não troco 1 Barcass por 5 Rotten Sound’s, e olha que gosto do Rotten Sound pra caralho. Ep muito bom, de uma banda meio esquecida, mas alem deste ep, lançou mais uns splits, mas esses eu nuca ouvi, nem vi, infelizmente.
* Front Terror – At Death’s Door – demo tape – 1989
Isso é um tesouro, essa tape é a primeira demo de uma das percussoras do grindcore polonês, e advinha quem era o baterista aqui, o monstro Cyjan, que logo depois foi destruir o mundo com o Dead Infection. Esta demo tem 11 sons voltados para velha escola do grindcore, que até então não era velha e se quer tinha sido inventada direito, mas a música é rápida, suja, curta, barulhenta e repleta de 3 notas indo e voltando sendo encobertas por uns urros assombrosos. A qualidade da demo é razoável, combina demais com o som tocado, tudo soa muito “grindcore” se é que você me entende, mas lembre-se que esta demo é de 89, então os parâmetros para aquela época são outros completamente diferentes. O som não tem nada de Dead Infection, pelo menos não naquela fase mais death metal do começo que durou até o Surgical... o lance é grindcore mesmo, típico da era Scum, ruidoso mas cativante, simples mas criativo, ótimo e ensurdecedor. Eles ainda lançaram uma outra demo, mas esta eu nunca ouvi, logo depois se formou o Dead Infection. Essa banda é pouco falada, ta eu sei que ela só tem demos lançadas, mas a maioria das bandas polonesas de grindcore dessa época também só tem demos lançadas, porra e pelo menos essa demo que eu tenho é um grande material, grindcore como ele é ou era.
* Atrocity – Infected / The Art of Death – cd 2001
Antes queria escrever algumas palavras sobre esta banda de Connectcut. Primeiro não confunda esta banda com o Atrocity germânico, aquele lá que lançou 2 fudidos discos de death metal pela Roadrunner no começo dos 90 depois foi ficando mais fresco e ficou uma bosta, este Atrocity aqui, é bem diferente, muito melhor e infinitamente mais importante. Esta banda existe desde 85, lançou umas demos durante os anos 80, um ep em 89 e 2 Lp’s um em 90 e um em 92, não quero ousar tanto, mas acho que o Atrocity tem uma importância ENORME na história da música rápida e suja, talvez o fato da banda nunca ter cruzado os caminhos de alguns selos como a Earache, a deixou na obscuridade, e por incrível que pareça, poucas pessoas a conhecem, eu mesmo já a apresentei para uma pá de gente, mas acho que eles sonoramente falando são melhores do que muitos nomes famosos. Este cd que tive a sorte de pegar, contem os 2 lps da banda mais uns bônus e saiu por um selo chamado Powerage, que é uma subdivisão da Plastic Head records. Infected é o nome do primeiro Lp de 1990, contem 19 faixas, e o som mermão, porra é uma mescla sensacional de grindcore, death metal, thrash e hardcore, mas só pra dar uma visualizada tente imaginar um Repulsion tocando estas coisas que disse aí, pois soa muito semelhante e ao mesmo tempo tem uma originalidade do caralho. As músicas na sua maioria são curtas e rápidas, mas o mais fudido, é que as mesclas são incríveis, partes mais cadenciadas, outras puro grindhardcore, umas palhetadas thrash e um vocal que parece o do Repulsion. O segundo Lp The art of Death de 92 segue a mesma linha, com uma gravação um pouco mais bem acabada e também com 19 sons, este disco tem músicas espetaculares, com todos os adjetivos e qualidades que falei do disco anterior, mas já da pra notar músicas maiores, porém ainda dotadas de uma violência extrema. Colocando os 2 discos lado a lado eu prefiro o Infected, que soa mais primitivo, mais curto e mais barulhento, até porque metade do Infected é o 7” ep Hatred Birth de 89. Parece que a banda voltou e lançou um material recente, um mcd chamado Contaminated que saiu em 2007 por um selo chamado Open Grave Rec, dei uma pesquisada mas são só sons antigos, nem sei se vale a pena. Este Atrocity com certeza faz parte da elite do final dos anos 80 que inventaram, criaram ou esculhambaram algo relacionado a música rápida, uma pena a banda não ser conhecida da grande maioria, mas ta aí a dica, eu amo essa banda, não pelo que ela representa, mas pela desgraceira que ela fez.
* Ironia / Final Exit – Split 7” ep 1998
Estava olhando uns eps pra comentar aqui, e vi este split. Provavelmente a esmagadora maioria já ouviu falar do Final Exit, até porque a banda já é meio antiga, tem alguns materiais lançados, e neste split eles fazem uma homenagem ao Kiss, ou seria um atentado?, aí depende do ponto de vista né. É só imaginar alguns riffs de sons famosos como Love gun ou Dretroit rock city sendo massacrados por um desgostoso e ruidoso noisecore, com gritos, berros e o caralho, ficou engraçado. Eles tocam 4 sons, na verdade ele fazem 4 barulhos disfarçados de sons do Kiss, acho legal, coisa de Japonês doido. Na verdade quando eu escolhi este ep pra resenhar aqui, meu alvo era o Ironia, pois esta banda espanhola, não tem nada lançado alem deste split e mais uma demo anterior. O som deles é muito bom cara, me lembra demais o Gut do início, com todo aquele clima mórbido, denso, pesado e com tradicionais partes pogo, alem de uns blasts fudidos. Eles tocam 5 sons, todos muito bons, sem sacanagem, mas eu ainda destaco: “My Grandmother Always Told Me Serial Killer Stories” ele tem uma levanda muito cadenciada, mas muito marcante, duvido alguém não ficar com este som na cabeça depois de ouvi-lo. Queria muito poder ver outras coisas do Ironia, nem sei se os caras da banda tem outros projetos, mas a música feita por eles é realmente fudida. A arte é fraquinha, o papel é um couchê fininho, mas no geral é um bom ep, se fosse contar apenas pelo lado do ironia diria que ele é muito mais que bom.
*************************************************************************************
Escute com carinho a azia, as gases e a náusea... elas são suas amigas, te avisam do perigo iminente.
A demora deste post foi inevitável, uma série de fatores me fizeram demorar mais do que eu pretendia. Mas ta aí, um dia chega...
Jamais incentive seu filho a dormir tarde, nunca acredite na senhora que vende batatas na feira, escute C.S.S.O e vá dormir ao som de Prowler.
Este post foi postado, com delay, reverb e muito atraso, depois de algumas tentativas fálicas, perca de vontade para com a Internet e sem fumar nem umzinho ao som da miséria e do desespero do Warcollapse ...
Cheers... all we need weed
Vomit
Olha rapaz, sem mais palavras, tu disse tudo!!
ResponderExcluirE preciso URGENTEMENTE repassar esse post pra algumas criaturas insuportáveis, hahaha!!
Valew pelas belas palavras, grande abraço mermão!!!!!
SoMMeR
Esse homi é fuderoso!! E eu tava com saudades de ler suas baboseiras no intervalo de meus trabalhos!
ResponderExcluirVoce se garante!!
Abração!
Foda demais como sempre! abraxxxx
ResponderExcluir/Enrique